Lançado concurso público para a construção de centro de saúde em Guimarães

Concurso para a construção do centro de saúde da encosta da Penha foi lançado a 18 de outubro

O município de Guimarães lançou um concurso público com vista à construção do centro de saúde da encosta da Penha. O procedimento apresenta um valor base de 13.635.128,05 euros e o contrato será par executar em 456 dias. As propostas terão de ser apresentadas até 18 de novembro e os critérios de adjudicação serão o preço (60 %) e a valia técnica (40 %). Após o dia 18, os candidatos deverão manter as respetivas propostas por mais 120 dias.

De acordo com informação divulgada pela autarquia, o futuro edifício congregará os serviços de Unidade de Saúde Familiar, Unidade de Saúde Pública, Unidade de Cuidados de Comunidade, e Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados e Centro de Diagnóstico Integrado com Serviço de Atendimento Permanente. O edifício terá quatro pisos dotados de ventilação e iluminação naturais, e terá também áreas comuns de auditório, cafetaria e receção geral.

O edifício deverá ainda ter sistemas de produção de energia térmica, com recuperação de energia e baseados em fontes renováveis, nomeadamente sistemas fotovoltaicos.

Citado pelo portal do município, o Presidente da Câmara, Domingos Bragança, considerou o complexo uma unidade de “apoio essencial” ao Hospital Senhora da Oliveira.

Concurso para apresentação de candidaturas – Programa Doutor-AP

Encontra-se a decorrer o concurso para a apresentação de candidaturas a subsídios para a investigação, através de realização de planos de trabalho de IC&DT, com vista à obtenção do grau académico de doutor, destinado a trabalhadores da Administração Pública Portuguesa.

Para mais informações, clique aqui.

 

 

 

 

Cama hospitalar inteligente com sistema de autolimpeza

Patenteada pela Jiangsu Jinsu Medical Technology Co., Ltd, esta cama inteligente tem vários automatismos, como um sistema de autolimpeza e um de massagens

De acordo com o registo da patente, o equipamento contém a estrutura, onde uma variedade de estrados é distribuída em conjunto, deslizando para cima e para baixo.

A cama tem também um mecanismo de massagem, um mecanismo de secagem e dissipação de calor, um dispositivo de mudança automática do colchão e um de limpeza. O mecanismo de limpeza posiciona-se por baixo dos estrados, enquanto o de massagem, de secagem e dissipação de calor e de mudança de colchão estão nas duas pontas dos estrados. Já o dispositivo de limpeza posiciona-se abaixo dos estrados. Nos dois lados da estrutura vem uma coberta e um mecanismo de dispersão de água.

É uma estrutura simples que pode, de forma automática, massajar todo o corpo do paciente, ventilar e dissipar calor da pele do paciente em contacto com os estrados, evitando que a pele gere calor, suor e escaras.

O colchão pode ser automaticamente substituído e a higiene do paciente também pode ser feita de forma automática. A parte inferior do corpo pode ser automaticamente higienizada, e a água residual gerada após a higiene pode ser recolhida separadamente.

De acordo com Archita Sivakumar Fritz, profissional de tecnologia médica entrevistado pelo portal Healthnews a propósito desta inovação, há um défice muito grande de enfermeiros e cuidadores, e o rácio enfermeiro-paciente continua a aumentar nos hospitais de todo o mundo, o que torna especialmente úteis inovações deste género.

Hospital dos Açores vai receber apoio até 20 milhões de euros

Montante servirá para restabelecer a normalidade assistencial e dar continuidade à prestação de cuidados, após os danos causados pelo incêndio de 4 de maio

Após o incêndio deflagrado numa área técnica do Hospital do Divino Espírito Santo, nos Açores, o Governo declarou, a 5 de junho, a situação de calamidade na Região Autónoma pelo período de um ano.

Foi determinada a afetação de meios financeiros indispensáveis à reposição da normalidade na prestação de cuidados, tendo ficado prevista a assunção de 85 % das despesas causadas ou decorrentes do incêndio que afetou o edifício do Hospital do Divino Espírito Santo, desde que consideradas elegíveis.

Neste sentido, foi constituída uma comissão de trabalho para identificar as despesas elegíveis e monitorizar as despesas realizadas.

Agora, o Governo determinou, por resolução publicada a 2 de outubro, que até ao final do ano será transferido um valor máximo de até 20 milhões de euros “exclusivamente para o restabelecimento da normalidade assistencial e à continuidade da prestação de cuidados de saúde à população”, isto “sem prejuízo do reconhecimento de elegibilidade da inventariação e quantificação exata dos danos e prejuízos causados”.

Este valor representa um adiantamento por conta da elegibilidade da inventariação e quantificação exata dos danos e prejuízos causados.

 

ISEC tem candidaturas abertas ao novo Mestrado em Sistemas Avançados de Gestão da Saúde

O curso de Mestrado em Sistemas Avançados de Gestão da Saúde destina-se a profissionais que visam cargos de gestão com capacidade de implementação das melhores práticas internacionais, suportadas em bases tecnológicas ao nível do Estado da Arte.

A gestão hospitalar atual implica uma base de conhecimento que vai dos sistemas de informação e da sua interoperabilidade ao uso de ferramentas de Inteligência Artificial nos mais diversos sectores da atividade hospitalar.

É esta a abordagem que o curso de Mestrado em Sistemas Avançados de Gestão da Saúde proporciona, visando contribuir para a formação de uma nova geração de profissionais de referência internacional.

O curso é destinado a profissionais com pelo menos 5 anos de experiência e tem a duração de 1 ano, visando a valorização e qualificação avançada dos recursos humanos das organizações e instituições de saúde.

O plano curricular aborda os desafios e oportunidades oferecidos pela disseminação de novas tecnologias. O surgimento de equipamentos cada vez mais inteligentes e complexos, o uso massivo de dados (big data), o aparecimento de tecnologias como métodos de aprendizagem profunda (deep learning), a generalização de tecnologias de comunicação à distância (telehealth, realidade virtual e aumentada, etc.) colocam desafios e oportunidades aos administradores, engenheiros hospitalares, médicos, enfermeiros, técnicos e outros profissionais da área da saúde.

Este curso visa os conhecimentos necessários para compreender as vantagens e limitações das novas tecnologias, capacitando os profissionais para tomarem decisões fundamentadas quanto à aquisição, uso e gestão de dados e equipamentos.

Neste curso abordam-se temas como:

  • Gestão do ciclo de vida dos dados;
  • Análise de dados, usando as técnicas mais modernas de inteligência artificial;
  • Registo eletrónico de saúde, clinical pathways e modelação de processos;
  • Sistemas de apoio à decisão;
  • Governação de dados, normas aplicáveis e interoperabilidade de sistemas;
  • Gestão do ciclo de vida dos ativos físicos.

As candidaturas estão abertas até 21 de outubro 2024  AQUI

As aulas irão decorrer de novembro 2024 a maio 2025, à sexta-feira (18-22h) e ao sábado (9-13h).

Comissão de Coordenação do mestrado: Prof. Mateus Mendes, Prof. José Torres Farinha e Prof. José Luís Martinho, docentes do ISEC.

 

Informações: Panfleto e Edital do Mestrado em www.isec.pt

 

 

 

 

Dois mil utentes já passaram pela Alta Centralizada do Hospital de Braga

Sistema foi implementado em outubro de 2023 para rentabilizar as camas de internamento e já permitiu poupar mais de seis mil horas na gestão de camas de internamento

A Alta Centralizada, um sistema que, em Portugal, arrancou no Hospital de Braga, em outubro de 2023, tornou mais eficiente o processo da alta clínica dos utentes e rentabilizou o número de camas disponíveis. É essa a conclusão transmitida por aquela unidade hospitalar em comunicado, um ano após a entrada em funcionamento do serviço.

A Alta Centralizada permite receber 15 utentes em simultâneo, cuja alta clínica tenha sido atribuída, enquanto aguardam pelo transporte ou familiares e acompanhantes. Até agora, este novo espaço deu resposta a cerca de 2060 utentes, que ali permaneceram, em média, três horas. Este período permitiu antecipar a admissão de outros utentes.

Conforme noticiado na TecnoHospital nº 120, a unidade funciona entre as 11 horas da manhã e as 20 horas. Quando os utentes lá chegam já têm a alta programada para o próprio dia. Conforme o hospital esclareceu na altura, os assistentes operacionais asseguram o transporte do doente e a informação clínica é encaminhada para a unidade.

A equipa de enfermagem dedicada à Alta Centralizada articula depois com os familiares as indicações clínicas a ter em conta nos dias seguintes, no que respeita, por exemplo, à medicação, de modo a concluir o processo da alta.

“A Alta Centralizada é uma medida eficaz para enfrentar uma situação complexa e multifatorial. Permite humanizar o processo em que os utentes e profissionais estão envolvidos, proporcionando-lhes maior conforto durante sua estadia”, sublinhou, em comunicado, Gonçalo Alves, Enfermeiro Diretor da ULS Braga.

Novo Heliporto São João

O Centro Hospitalar Universitário de São João tem o novo heliporto em funcionamento e recebeu o seu primeiro doente a 10 de outubro.

O Novo Heliporto São João, apresentado em fevereiro de 2022 com previsão de conclusão em 2023, recebeu há pouco mais de uma semana a autorização emitida pela ANAC para operar voos de emergência médica.

Foi construído de raiz em plataforma elevada, seguindo requisitos muito específicos e internacionais e pretende-se que se distinga por ser um heliporto certificado. Está disponível, para operar helicópteros de emergência médica, 24 horas por dia, 365 dias por ano.

Destaca-se pela ligação célere e eficaz dos doentes desde a plataforma de aterragem até ao Serviço de Urgência do hospital, garantindo uma fluidez contínua desde a aterragem até à urgência clínica, servindo toda a região Norte do país.

O heliporto garante o acesso rápido e eficiente a cuidados altamente diferenciados

O heliporto garante o acesso rápido e eficiente a cuidados altamente diferenciados, crucial na resposta a casos de trauma grave, sépsis, neurocríticos, entre outras situações. Nestes casos, seja em idade adulta ou pediátrica, os serviços de Urgência e Medicina Intensiva do São João são referência para a zona Norte do país, pelo que é necessário reduzir os tempos de transporte e diminuir os riscos associados à transferência de doentes.

A título de exemplo, o primeiro doente emergente helitransportado, veio de Macedo de Cavaleiros, no distrito de Bragança, para uma Via Verde AVC (Acidente Vascular Cerebral), com necessidade de realizar uma trombectomia urgente. A equipa do INEM transportou o doente em apenas 35 minutos. De acordo com o INEM, foram poupados 45 minutos neste trajeto que, anteriormente era feito sem o recurso a esta plataforma com ligação direta à Urgência. Além disso, o São João está integrado no plano de Proteção Civil regional e nacional, como componente central de resposta médica em casos de catástrofes naturais, acidentes de elevada dimensão, entre outros.

O projeto de construção do Heliporto São João representa um investimento superior a 1 milhão e meio de euros e é cofinanciado pela União Europeia, através do Fundo Europeu para o Desenvolvimento Regional, com o apoio da CCDR-Norte.

Antecipar e planear: prioridades do Plano de Resposta Sazonal em Saúde

A Secretária de Estado da Saúde, Ana Povo, reuniu com as ULS e os IPO para a apresentação e preparação do Plano de Resposta Sazonal em Saúde, referente ao Inverno

O documento traça as prioridades para o período mais frio do ano, caracterizado pelo aumento de doenças infeciosas, tendo em vista a adequada resposta do SNS, nomeadamente o bom funcionamento das urgências.

Juntamente com a Direção-Geral da Saúde e a Direção Executiva do SNS, Ana Povo destacou a importância e a necessidade de se trabalhar de forma articulada na resposta a prestar à população tendo em conta os desafios que o Inverno pode comportar.

Foi um momento em que se partilhou desafios e boas soluções para momentos críticos que o inverno possa trazer, conforme destacado em comunicado do portal do SNS.

O documento elenca como objetivos específicos a redução da mortalidade e morbilidade associadas ao frio e às infeções respiratórias agudas sazonais, com foco nos grupos mais vulneráveis e de risco.

Também se pretende assegurar o acesso oportuno e com qualidade de cuidados de saúde à população, nos diferentes níveis de cuidados do SNS, em articulação com o setor social e o setor privado.

A literacia em saúde é outra prioridade, com a aposta na prevenção da doença e na promoção da saúde, com especial foco nos grupos vulneráveis e de risco e numa adequada utilização dos recursos de saúde.

Objetivos operacionais

Há também um conjunto de objetivos operacionais, que passam pela implementação de um modelo de vigilância epidemiológica das infeções, pela vigilância genómica dos vírus respiratórios, pela ventilação e climatização adequada dos espaços, ou ainda pela monitorização alargamento dos horários de funcionamento dos serviços e unidades de cuidados de saúde primários, de acordo com a disponibilidade de recursos e a procura, nomeadamente afluência aos serviços de urgência, ou perante ameaças específicas à saúde.

A implementação do plano aos seus diferentes níveis irá ser coadjuvada pela elaboração de documentos técnicos de apoio com o intuito de facilitar a sua implementação e garantir um alinhamento das diferentes ações.

O documento está disponível para consulta no site da Direção-Geral de Saúde.

Norte-americanos têm mais receita mas pior serviço que europeus

Nos Estados Unidos, a receita dos hospitais é 60 % superior à dos europeus, mas o serviço prestado é quatro vezes mais lento

A empresa de análise de dados AltIndex calcula que os norte-americanos vão despender uma média de 13 500 dólares (cerca de 12 200 euros) em 2024, o que corresponde a sete vezes mais do que os europeus e quase 30 vezes mais do que os asiáticos.

Os seguros de saúde representam a maior maquia desse valor, demonstrando que o sistema de saúde norte-americano é o mais oneroso do mundo. Este encargo não se reflete na qualidade do serviço, com tempos de espera muito superiores aos verificados na Europa.

Apesar da tecnologia avançada e da formação dos profissionais, os custos administrativos elevados, a complexidade do sistema de seguros e a falta de controlo de preços fizeram dos EUA o país com os serviços clínicos mais caros, da prescrição de medicamentos às estadias hospitalares.

Tempos de espera

Contudo, os tempos de espera deixam a desejar: segundo dados do Consumer Choice Center citados pela AltIndex, o tempo de espera médio por uma consulta de medicina geral nos EUA era de cerca de três semanas em 2023, enquanto na Europa é de cerca de cinco dias.

A Suíça tem um tempo de espera médio de apenas dois dias. Portugal não está incluído nos dados da empresa, mas dos países verificados (Itália, Reino Unido, Espanha, Suécia, França, Alemanha, Austrália e Suíça), nenhum apresenta tempos de espera superiores ao dos Estados Unidos para consultas de medicina geral.

Já para cirurgias não urgentes, o caso muda de figura, com os EUA a apresentar até a melhor performance: 28 dias de espera, face a 50 na Suécia, 63 em França ou 77 em Espanha, país com o pior resultado para este indicador.

A AltIndex prevê ainda que a faturação dos hospitais norte-americanos aumente em cerca de 20 % até ao final da década.

Como pode a Inteligência Artificial ajudar na deteção do cancro colorretal?

O recurso à Inteligência Artificial pode favorecer uma deteção mais precoce de adenomas.

De acordo com a International Agency for Research on Cancer (IARC) da Organização Mundial de Saúde (OMS), 10 575 novos casos de cancro colorretal são diagnosticados por ano, o que corresponde a 15,2 % dos diagnósticos de cancro em Portugal, fazendo desta a forma de cancro mais frequentemente diagnosticada no nosso país.

A maioria dos casos de cancro colorretal desenvolvem-se a partir de pólipos no cólon ou no reto, que têm de ser removidos.

Para detetar um cancro colorretal é necessário realizar os exames de rastreio, que são também os exames de diagnóstico da doença.

Se o motivo do exame não for a manifestação de sintomas, de acordo com as atuais recomendações da Direção Geral de Saúde (DGS), recomenda-se em primeiro lugar a realização de uma pesquisa de sangue oculto nas fezes. Caso o resultado seja positivo, segue-se a colonoscopia. É aqui que a Inteligência Artificial pode ser uma aliada.

De acordo com Miguel Mascarenhas Saraiva, médico gastrenterologista, “a colonoscopia assistida por IA representa uma mudança de paradigma na deteção do cancro colorretal em estadios iniciais, uma vez que permite uma melhor deteção dos pólipos de várias formas e tamanhos, sinalizando-os durante a realização da colonoscopia.

Com esta tecnologia, os profissionais de saúde reduzem de um modo significativo a taxa de perda de adenomas nas colonoscopias atuais”. As declarações do médico foram divulgadas pela Medtronic em comunicado de imprensa, como forma de assinalar o Dia Nacional do Cancro Digestivo, a 30 de setembro.