HFF está a construir uma nova ala de internamento de psiquiatria

O Hospital Doutor Fernando Fonseca (HFF) iniciou a construção de uma nova ala de internamento do Serviço de Psiquiatria, orçada em mais de 3,5 milhões de euros, que permitirá dar resposta na área da saúde mental à população do concelho de Sintra.

O anúncio foi feito pelo hospital, que serve os concelhos de Amadora e Sintra, adiantando em comunicado que a obra, cujo prazo de conclusão está previsto para o final do ano, aumentará a capacidade de internamento das atuais 30 camas para 53 camas.

“Este aumento da capacidade é particularmente importante, porque a instituição não é o hospital de referência para a especialidade de Psiquiatria e Pedopsiquiatria para a totalidade da população do concelho de Sintra”, salientou o HFF.

Atualmente, o Departamento de Saúde Mental do HFF abarca a população do concelho da Amadora e as freguesias de Queluz, Belas, Massamá, Monte Abraão e Casal de Cambra, do concelho de Sintra, que corresponde a cerca de 272 049 habitantes.

A assistência à população das restantes freguesias do concelho de Sintra (cerca de 263 878 habitantes) é da responsabilidade do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, no caso da psiquiatria de adultos, e da responsabilidade do Serviço de Pedopsiquiatria do Hospital Dona Estefânia no caso da Psiquiatria da Infância e da Adolescência, precisou o HFF à agência Lusa.

Segundo o HFF, “o reforço da infraestrutura será necessariamente acompanhado por um reforço dos recursos humanos”, anunciando que está prevista a contratação de 11 médicos psiquiatras, 25 enfermeiros, dez assistentes operacionais, quatro assistentes técnicos, dois terapeutas ocupacionais, três técnicas de serviço social e dois psicomotricistas.

O hospital realçou ainda que o trabalho que desenvolve na área da Saúde Mental se diferencia também no âmbito da saúde de proximidade, pretendendo assim constituir duas equipas comunitárias de intervenção de adultos, para as quais também está prevista a alocação dos recursos humanos necessários.

“Depois de este hospital ter respondido de forma exemplar a uma pandemia, vemos o investimento em Saúde Mental no SNS [Serviço Nacional de Saúde] como uma verdadeira oportunidade. Promover a saúde mental é promover a saúde em geral”, afirmou a presidente do Conselho de Administração do HFF, Joana Chêdas, citada no comunicado.

Joana Chêdas sublinhou que “a pandemia pôs no radar o tema da saúde mental: nunca como hoje se falou tanto de saúde mental, em todas as idades e estratos sociais. O SNS tem novas metas e no HFF este investimento e reforço de meios vai permitir-nos chegar muito mais longe e continuar a fazer a diferença no futuro de muitas gerações”.

O HFF referiu que a obra é parcialmente comparticipada pelo Programa de Recuperação e Resiliência, acrescentando um investimento adicional de 500 mil euros em equipamentos médicos, hoteleiros e informáticos, financiado também por este programa.

“Com esta obra e com os recursos humanos necessários, todos os cuidados passam a estar assegurados para os concelhos da Amadora e de Sintra numa lógica de proximidade. Assim, o HFF, que é o hospital de referência da população dos referidos concelhos, reforça a sua capacidade assistencial à comunidade”, lê-se ainda no comunicado.

Obstetrícia do hospital de Bragança vai ser renovado por 712 mil euros

O serviço de obstetrícia do hospital de Bragança vai ser renovado com um investimento de 712 mil euros em obras e equipamentos, anunciou a Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste.

A entidade que gere a saúde no distrito de Bragança informou, em comunicado, ter sido contemplada com esta verba “para requalificar o serviço de obstetrícia, a funcionar na Unidade Hospitalar de Bragança, nomeadamente ao nível da beneficiação das infraestruturas e da renovação e aquisição de novos de equipamentos”.

De acordo com aquela entidade, dos 712 mil euros, cerca de 413 mil euros destinam-se à beneficiação das infraestruturas e aproximadamente 300 mil à renovação e aquisição de novos de equipamentos.

Trata-se “de um projeto apresentado pela ULS do Nordeste ao programa de incentivo à qualificação dos blocos de parto do Serviço Nacional de Saúde (SNS), aberto no mês de março, e que foi objeto de análise e parecer favorável pela Direção Executiva do SNS”, explicou.

De acordo com a ULS, o investimento prevê, no que respeita à requalificação das instalações, uma intervenção ao nível das redes de eletricidade, de água e de gases, do sistema de aquecimento, ventilação e ar condicionado, e ainda da proteção contra incêndios.

Os trabalhos de construção civil englobarão a requalificação de toda a área física do serviço, nomeadamente as enfermarias atuais, contemplando um quarto de isolamento para eventuais situações infecciosas, as duas salas de partos, as áreas de observação e vigilância e as áreas de trabalho médico e de enfermagem.

Relativamente à aquisição de novos equipamentos, a ULS do Nordeste salientou “uma nova central de monitorização de cardiotocografia e novos ecógrafos específicos para a realização das ecografias de primeiro e segundo trimestres de gravidez, entre outros que contribuirão para um evidente salto qualitativo na melhoria dos cuidados prestados”.

“Fruto desta intervenção, abrangendo uma área de 485 metros quadrados, será evidente o reforço da qualidade, da segurança e do conforto do serviço de obstetrícia. As parturientes irão dispor de uma cada vez melhor experiência do parto, acedendo a um serviço dotado de recursos humanos qualificados, de recursos materiais tecnologicamente avançados e de condições físicas renovadas”, acrescentou a ULS do Nordeste.

Assembleia Geral Ordinária 2023 e Assembleia Geral Eleitoral para o biénio 2023-2024

Decorreu no dia 28 de abril a Assembleia Geral Ordinária (2023), seguida da Assembleia Eleitoral da ATEHP, composta por duas partes distintas que tiveram realização tanto em formato presencial como virtual.

Na primeira procedeu-se à apresentação e discussão do Relatório e Contas do ano de 2022 apresentados pela Direção cessante, os quais foram aprovados por unanimidade.

Na segunda procedeu-se à eleição dos Corpos Sociais da Associação para o biénio 2023-2024, com a introdução em urna dos votos chegados por correspondência e da votação dos associados presentes. Terminada a votação, procedeu-se à contagem dos votos, tendo sido eleita a Lista A (proposta pela anterior Direção), com a totalidade dos votos a favor.

Uma vez escrutinados os votos, procedeu-se à tomada de posse dos novos Corpos Sociais eleitos passando-se, de seguida, à apresentação do Plano de Atividades e Orçamento para o ano de 2023, que foram igualmente aprovados por unanimidade.

 

ORGÃOS SOCIAIS ELEITOS (biénio 2023-2024)

MESA DA ASSEMBLEIA GERAL

Presidente: Eng. João Durão Carvalho – ex CHU Lisboa Norte

1º Secretário: Eng. José Batista – ex CH Porto

2º Secretário: Engª. Liliana Oliveira – CHU Coimbra

Vogal: Eng. Carlos Pinto – SUCH Centro

 

DIREÇÃO

Presidente: Eng. António de Oliveira Ribeiro – CHU Cova da Beira

Vice-Presidente: Eng. Abraão Ribeiro – Somos Ambiente, ACE

Secretario: Eng. Paulo Lopes – SUCH Centro

Tesoureiro: Eng. Luís Duarte – SUCH Centro

Vogal: Eng. Francisco Brito – SUCH Norte

Vogal Suplente: Eng. José Torres Farinha – Inst. Sup. de Engenharia de Coimbra

Vogal Suplente: Eng. Luís Marques – CHU Lisboa Norte

 

CONSELHO FISCAL E DE DISCIPLINA

Presidente: Eng. José Graça Rocha – ex ARS Norte

Relator: Eng. João Barranca – ULS Guarda

Vogal: Eng. João Infante – ARS Lisboa e Vale do Tejo

Vogal Suplente: Eng. Joaquim Abreu – SUCH Centro

Hospital de Braga amplia capacidade de resposta

O Hospital de Braga criou mais quatro espaços para a realização de consultas, ampliando a capacidade de resposta e melhorando as condições de prestação de serviços aos utentes.

“Com os novos gabinetes será possível realizar mais cerca de 2 100 consultas mensais e um total de 25 200 consultas por ano, favorecendo a evolução positiva registada nos últimos anos”, refere o hospital em comunicado.

Com mais de meio milhão de consultas realizadas em 2022, o Hospital de Braga registou um crescimento de 6,48 por cento, comparativamente com o ano anterior à pandemia (2019), evoluindo de 480 376 consultas em 2019 para 511 503 em 2022.

“A criação dos novos espaços permitirá melhorar a qualidade e a capacidade de resposta aos utentes e elevar os indicadores de desempenho do Hospital de Braga que são, já por si, muito positivos”, disse o presidente do Conselho de Administração do Hospital de Braga, João Porfírio Oliveira.

O mesmo responsável salientou que o investimento na criação dos novos espaços, na ordem dos 80 mil euros, enquadra-se na “estratégia de permanente aposta na prestação de cuidados de saúde de excelência, através de uma prática caraterizada pela qualidade, competência, rigor, eficiência e diferenciação”, realçando que o Hospital de Braga passa a dispor de um total de 136 gabinetes de consulta disponíveis para as diversas especialidades.

Servindo uma população de cerca de 1,2 milhões de pessoas dos distritos de Braga e Viana do Castelo, o Hospital de Braga, “além de ultrapassar o meio milhão de consultas médicas em 2022, também superou as expetativas em termos de atividade assistencial, de cirurgias convencionais e de recuperação de listas de espera”, lê-se no comunicado.

De acordo com a instituição, entre cirurgias programadas, urgentes e de ambulatório, comparando com o período pré-pandémico, o Hospital de Braga cresceu 25,63 por cento no ano de 2022, assinalando-se um aumento muito significativo no número de intervenções em ambulatório que aumentou cerca de 40 por cento.

Simultaneamente, a Administração do Hospital de Braga tem implementado um conjunto de medidas que permitiram aumentar a realização de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT), “estando o crescimento diretamente relacionado com o plano de produção adicional aos fins-de-semana e feriados”. Apesar da evolução muito positiva, o Hospital de Braga alargará o período de produção adicional de MCDT’s aos fins-de-semana e feriados e contratualizará a realização externa de exames.

Centro Oncológico de Referência do Sul deverá abrir em 2024

O novo Centro Oncológico de Referência do Sul deverá estar a funcionar em finais de 2024, passando a tratar doentes que atualmente se deslocam a Lisboa ou Sevilha, estimou uma responsável do Centro Universitário Hospitalar do Algarve (CHUA).

“Esperamos que este novo centro esteja construído até final do próximo ano, e a funcionar”, indicou a presidente conselho de administração do CHUA, Ana Varges Gomes.

A declaração foi feita no Estádio do Algarve durante a cerimónia de assinatura do protocolo entre a Associação de Municípios Loulé/Faro e o CHUA para cedência de um terreno no Parque das Cidades, situado na fronteira entre os dois concelhos, onde será construído o Centro Oncológico de Referência do Sul.

Segundo Ana Varges Gomes, há cerca de 1 500 doentes oncológicos que são anualmente diagnosticados no Algarve e “vários” entre eles são encaminhados para fazer o mais diverso tipo de exames e tratamentos em Lisboa ou Sevilha, no sul de Espanha.

“Para todos estes doentes, de alguma forma, para estes 1 500 que temos neste momento, isto vai ser uma mais-valia porque passam a fazer todos os exames de estadiamento no mesmo sítio […], assim como o tratamento”, sublinhou a responsável.

O futuro centro oncológico, implantado numa área com cerca de 5 500 metros quadrados, irá integrar o Serviço Nacional de Saúde e pretende “colmatar uma lacuna regional na prestação dos cuidados de saúde, dando apoio a muitos algarvios que padecem de doença oncológica e que necessitam de uma abordagem multidisciplinar, tanto em termos de diagnóstico como de tratamento”, lê-se em comunicado da Câmara de Loulé.

O objetivo é reunir num espaço várias especialidades, como a oncologia médica, cirurgia, radioncologia, nutrição, dor crónica, medicina física e de reabilitação, cuidados paliativos e apoio social, para que o doente não precise de sair da região e que, numa única deslocação, possa realizar o tratamento de forma integrada e acompanhado de vários profissionais.

Esta unidade de saúde permitirá receber anualmente “dois a três mil novos doentes”, do Algarve, do Alentejo e mesmo de Espanha, junto à fronteira, com suspeita de diagnóstico oncológico.

Por outro lado, vai permitir realizar, no mesmo espaço e ao mesmo tempo, tratamentos através de “técnicas de radioterapia e radiocirurgia, assim como fazer o diagnóstico e o estadiamento para confirmação da doença ou para a tomada de decisão terapêutica multidisciplinar”.

O CHUA será responsável pela construção, manutenção e exploração de todos os recursos técnicos e humanos deste do novo equipamento.

O Centro Oncológico de Referência do Sul ficará situado no Parque das Cidades, onde também está projetada a construção do futuro Hospital Central do Algarve.

O novo equipamento tem um custo de investimento de 14 milhões de euros, que será apoiado em cerca de nove milhões de euros com fundos europeus.

CHMT recebe 230 mil euros para modernizar maternidade e bloco de partos

A Maternidade e Bloco de Partos do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), em Abrantes, vão receber um financiamento de cerca de 230 mil euros para modernização de instalações e equipamentos e implementação de um projeto de parto humanizado.

Em comunicado, a administração afirmou que a fatia mais expressiva do investimento, cerca de 180 mil euros, será aplicada nos projetos de infraestruturas, com a substituição integral do sistema de aquecimento, ventilação e ar condicionado da Maternidade do CHMT, em empreitada que prevê que esteja concluída até final do ano, a exemplo do investimento na sala de partos.

Segundo a administração do CHMT, presidida por Casimiro Ramos, este financiamento vai permitir também realizar uma obra no âmbito da humanização dos cuidados de saúde e que passa pela “adaptação da sala de partos de maiores dimensões da Maternidade para um novo conceito de parto fisiológico”.

Essa sala, referiu o CHMT, vai passar a disponibilizar um “conjunto de equipamentos inovadores, que pretendem mudar a experiência de parto, humanizando-a, e transformando a parturiente passiva num ser ativo”.

Entre os investimentos, o CHMT dá ainda conta da “aquisição de um equipamento cardiotocógrafo (CTG) ‘wireless’, com função de acompanhamento e vigilância de trabalho de parto remota, e uma cadeira de parto com grande versatilidade de funções”.

Este financiamento vai possibilitar às grávidas e parturientes dos 15 concelhos servidos pelo CHMT o “acesso a melhores serviços, prestados em melhores condições de segurança, e diminuindo assimetrias regionais no que diz respeito à oferta de equipamentos e tecnologia de ponta”, salientou o centro hospitalar.

“Com estes investimentos, damos um salto quantitativo expressivo na renovação dos equipamentos e infraestruturas, para podermos continuar a trabalhar na melhoria dos cuidados prestados”, afirmou Casimiro Ramos, citado na mesma nota informativa.

Segundo a administração, este investimento está enquadrado no âmbito do Programa de Incentivo Financeiro à Qualificação dos Blocos de Parto do Serviço Nacional de Saúde (SNS), promovido pela Direção Executiva do SNS.

Constituído pelas unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas, separadas geograficamente entre si por cerca de 30 quilómetros, o CHMT funciona em regime de complementaridade de valências, abrangendo uma população na ordem dos 266 mil habitantes de 11 concelhos do Médio Tejo, a par da Golegã, da Lezíria do Tejo, também do distrito de Santarém, Vila de Rei, de Castelo Branco, e ainda dos municípios de Gavião e Ponte de Sor, ambos de Portalegre.

Concurso para construir hospital do Seixal avança no final do ano

O ministro da Saúde disse que o concurso para a construção do hospital de proximidade do Seixal deve ser lançado no último trimestre deste ano ou no início de 2024, classificando-o como um equipamento necessário.

“Tivemos finalmente uma sentença do Supremo Tribunal Administrativo que nos permitiu contratar o projeto. O projetista está a trabalhar no projeto que nos será entregue no segundo semestre deste ano. Diria que entre o último trimestre de 2023 e o primeiro de 2024 vamos finalmente pôr a concurso a obra do novo Hospital do Seixal, que desta vez vai passar do papel para a realidade e que bem necessário é”, explicou o ministro da Saúde, Manuel Pizarro.

O governante falava no final de duas visitas ao Hospital Garcia de Orta, em Almada, e à unidade de saúde Via Verde Seixal integradas no roteiro “Governo + Próximo” dedicado ao distrito de Setúbal nas quais esteve acompanhado pelos presidentes das Câmara do Seixal e de Almada.

Segundo o ministro da Saúde, o novo hospital no Seixal vai contribuir para diminuir a pressão exercida sobre o Hospital Garcia de Orta, unidade que serve uma vasta população e com uma procura significativa.

O Hospital Garcia de Orta iniciou a sua atividade em setembro de 1991, em substituição do antigo Hospital da Misericórdia de Almada/Hospital Distrital de Almada e, segundo informação oficial, serve atualmente uma população estimada em cerca de 350 mil habitantes dos concelhos de Almada e Seixal.

Alguns serviços do Hospital Garcia de Orta dão também resposta às populações de toda a Península de Setúbal.

Para o presidente da Câmara Municipal do Seixal, Paulo Silva, “é fundamental que este processo saia do papel”, considerando tratar-se de uma necessidade urgente.

“Faz muito falta à população do concelho do Seixal”, disse Paulo Silva, destacando também a necessidade de melhoria em outros equipamentos na área dos cuidados de saúde primários, nomeadamente uma nova unidade nos Foros de Amora, com uma candidatura já aprovada assim como a outras duas, em Paio Pires e na Rosinha, com candidaturas a serem trabalhadas.

A construção do Hospital do Seixal, no distrito de Setúbal, é uma reivindicação com mais de duas décadas que já foi objeto de um protocolo entre o Estado e a Câmara Municipal do Seixal, em 2009, com inauguração prevista da unidade de saúde para 2012.

Após uma longa espera, só em 2018 houve de novo ‘luz verde’ do Governo para se avançar com o futuro Hospital do Seixal, com um custo estimado de 25 milhões de euros, mas o concurso público para a conceção e projeto ficou parado devido a questões jurídicas.

Unidades de Saúde Familiar de Nelas vão ser requalificadas por 2,9ME

O presidente da Câmara Municipal de Nelas, Joaquim Amaral, anunciou que as Unidades de Saúde Familiar (USF) do concelho vão sofrer requalificações na ordem dos 2,9 milhões de euros.

“Temos a perfeita noção que estamos a falar de um processo de transferência de competências na área da saúde, que está em curso, e, portanto, ou seria agora ou dificilmente conseguiríamos fazer”, admitiu Joaquim Amaral à agência Lusa.

Isto, porque, explicou, a requalificação dos dois edifícios “é financiada em cem por cento pelo PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] e trata-se de um valor na ordem dos 2,9 milhões de euros”.

“São dois equipamentos, tanto o de Nelas, que fica na ordem dos 2,2 milhões de euros, como o de Canas de Senhorim, em cerca de 700 mil euros, que datam da década de 70 e estão num estado de degradação bastante acentuado”, referiu.

Neste sentido, as obras incluem “a requalificação das suas próprias áreas, a eficiência energética, que tem uma componente muito forte, a melhoria da segurança e do conforto dos profissionais e dos utentes, as acessibilidades e a preservação dos edifícios”.

No decorrer das obras, explicou, as USF “continuarão a funcionar com alguns condicionamentos, uma vez que, enquanto estiver a ser trabalhada uma ala, a outra continuará ao serviço” dos utentes.

Após a requalificação, “haverá um alargamento do horário no funcionamento, porque é um dos compromissos assumidos com o Ministério da Saúde, para voltar ao horário que já existia antes”, sublinhou.

Joaquim Amaral perspetiva que as obras nos dois edifícios, o Centro de Saúde de Nelas, ou seja, a USF Estrela do Dão, e a USF de Canas de Senhorim, que servem cerca dos 3 200 habitantes do concelho, “deverão iniciar ainda este ano”, após o concurso.

“A ideia, o compromisso, é no próximo ano já estarem as obras concluídas – após esta requalificação, todo o concelho deverá estar bem servido, já que também temos as extensões de saúde de Santar e Carvalhal Redondo”, disse.

Ainda este ano, acrescentou o autarca, espera também “ter no concelho uma unidade móvel de saúde, integrada numa candidatura da Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões”.

“Esta viatura irá complementar os serviços de apoio à saúde, que são prioritários para o município, e irão servir as terras mais periféricas do concelho, para uma resposta mais ampla a toda a população” do município, concluiu.

Inaugurado novo bloco operatório do hospital do Funchal

A requalificação do bloco operatório do Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, vai permitir realizar mais três mil cirurgias por ano, revelou o diretor clínico do Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (Sesaram), Júlio Nóbrega.

“A partir de agora, temos um bloco operatório com instalações renovadas, com equipamento médico novo, instrumental cirúrgico renovado, temos uma área de cuidados pós-anestésicos com mais 50 por cento de capacidade”, destacou Júlio Nóbrega, na cerimónia de inauguração daquele novo espaço.

O diretor clínico do Sesaram indicou que atualmente são operados anualmente cerca de 13 500 doentes, apontando que, com as obras realizadas no bloco operatório, no valor de 2,8 milhões de euros, será possível operar cerca de 16 500 utentes.

O hospital dispõe agora de 12 salas operatórias a funcionar, que permitem fazer “mais nove a 16 cirurgias por dia”, acrescentou.

Júlio Nóbrega adiantou também que o novo bloco operatório será reforçado com mais 38 enfermeiros e 20 assistentes operacionais.

“Hoje estamos muito mais capacitados para cumprir a nossa missão, prestar cuidados de saúde com qualidade e segurança a todos os cidadãos com equidade, independentemente da sua condição social, económica, município de residência ou qualquer outro tipo de discriminação”, afirmou o diretor clínico do Sesaram.

O médico realçou ainda que, em 2022, ano em que foram realizadas as obras, o Serviço Regional de Saúde realizou “apenas menos 149 cirurgias relativamente a 2021”.

Além da empreitada de requalificação do bloco operatório, que custou 2,8 milhões de euros, o Governo da Madeira gastou mais 1,2 milhões na aquisição de novos equipamentos médico-cirúrgicos.

Vila Pouca de Aguiar recebe unidade de convalescença

O edifício onde funciona a unidade de cuidados paliativos de Vila Pouca de Aguiar, a deslocalizar para Chaves, vai ser reconvertido no primeiro serviço de cuidados de convalescença do distrito de Vila Real.

“Foi decidido preservar esta unidade do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) em Vila Pouca de Aguiar com a valência de cuidados de convalesça. Vai passar a haver 20 anos de cuidados de convalescença”, afirmou, à agência Lusa, o presidente da câmara Alberto Machado.

Esta é, apontou, uma resposta que não existe, atualmente, no distrito de Vila Real.

O autarca disse que a informação lhe foi transmitida pelo diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Fernando Araújo.

Em meados de fevereiro, Alberto Machado insurgiu-se contra a decisão do CHTMAD de deslocalizar os cuidados paliativos, instalados em Vila Pouca de Aguiar, para o Hospital de Chaves.

O centro hospitalar justificou esta decisão referindo que, com a mudança, disponibilizará “um espaço físico renovado aos seus doentes, com cerca de 20 camas, adaptadas às necessidades específicas desta valência, e integradas numa estrutura hospitalar, cumprindo, desta forma, diretrizes da Comissão Nacional de Cuidados Paliativos”.

A solução agora anunciada pelo diretor executivo do SNS é do agrado do autarca, que adiantou que vão ser realizar obras no edifício, ao abrigo do Programa de Recuperação e Resiliência.

“Haverá uma interrupção para obras, as obras não são muito significativas e foi-nos garantido que, antes do fim do ano, estará a funcionar esta unidade”, salientou. O espaço será gerido pelo CHTMAD e a câmara continuará a apoiar com o pagamento da manutenção do espaço e da água ou luz.