Governo autoriza despesa de 204,8ME para o novo Hospital Central do Alentejo

O Governo aprovou, em Conselho de Ministros, a reprogramação temporal e financeira do encargo com a construção do novo Hospital Central do Alentejo, aumentando para os 204,8 milhões de euros a autorização de despesa com a empreitada desta obra pública.

Com as obras do novo Hospital Central do Alentejo em fase adiantada, o Ministério da Saúde avançou também com a identificação dos equipamentos necessários para que o hospital reforce a prestação de cuidados de saúde de qualidade e inovadores às pessoas desta região.

“Estão assim dados passos decisivos para que o novo hospital entre em funcionamento no final da empreitada, melhorando de forma significativa as condições para utentes e profissionais”, lê-se em nota divulgada pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS).

A necessidade de proceder ao ajustamento da execução orçamental e financeira da empreitada teve por base os impactos da pandemia por COVID-19 e a inflação provocada pela guerra na Ucrânia, aumentando-se assim em cerca de 54,5 milhões de euros o valor inicialmente previsto para a execução da obra, que era de 150,4 milhões de euros, explicou o SNS.

A resolução do Conselho de Ministros considera que o novo hospital é uma obra estrutural para toda a região e essencial à garantia da sustentabilidade e desenvolvimento do SNS, sendo assim “imperioso” assegurar as condições da sua plena e pronta continuidade.

Já um despacho assinado pelo Secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, a 20 de junho, determinou os termos da participação e do envolvimento do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) no processo de aquisição dos equipamentos médicos a usar no novo edifício, bem como a sua articulação com a Administração Regional de Saúde do Alentejo.

Esta deliberação refere que, na atual fase da obra, é necessário identificar as tipologias, características e quantidades dos equipamentos médicos necessários ao funcionamento do novo hospital, considerando o equipamento existente no atual hospital, de forma a combinar o aproveitamento pleno dos recursos disponíveis e a otimização da capacidade de aquisição de nova tecnologia.

O despacho do Secretário de Estado da Saúde determina ainda que o Conselho de Administração do HESE apresente, até ao final de outubro de 2023, um estudo prévio para a reafectação dos edifícios em que hoje se encontra instalado este hospital, tendo em vista o seu aproveitamento para suporte habitacional a profissionais de saúde.

A construção de um novo Hospital Central no Alentejo é reconhecida, desde há longos anos, como um projeto da maior relevância estratégica para o SNS.

O futuro hospital vai ocupar uma área de 1,9 hectares e tem previsto uma capacidade de 351 camas em quartos individuais, que pode ser aumentada, se necessário, até 487. Com 30 camas de cuidados intensivos/intermédios e 15 de cuidados paliativos, a nova unidade terá, entre outras valências, 11 blocos operatórios, cinco postos de pré-operatório e 43 postos de recobro.

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