Pombal assegura 5,4ME do PRR para investimentos na área da saúde

O Município de Pombal vai investir mais de 5,4 milhões de euros na área da Saúde no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com destaque para a construção de um novo polo de Saúde e a ampliação do Centro de Saúde de Pombal.

Segundo anunciou o município em comunicado, a submissão de candidaturas aos dois avisos insere-se no âmbito da Reforma dos Cuidados de Saúde Primários e preveem financiamentos no montante total de 5 424 837 euros, contemplando obras de requalificação e uma construção nova.

“Enquadrado na estratégia municipal de reorganização dos cuidados de Saúde primários, envolvendo as juntas de freguesia, a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) e o Agrupamento dos Centro de Saúde do Pinhal Litoral (ACES PL), será construído um novo polo do Vale do Arunca, abrangendo as freguesias de Almagreira, Pelariga e Redinha, atualmente servidas por três unidades de Cuidados de Saúde Personalizados”, lê-se no comunicado.

A futura infraestrutura, com um investimento de 1,6 milhões de euros e a edificar em local consensualizado pelas três autarquias, permitirá melhorar as condições para os profissionais médicos, enfermagem e técnicas, melhorando igualmente a qualidade da resposta assistencial às populações, com mais valências e serviços.

Por sua vez, a ampliação do Centro de Saúde de Pombal tem um investimento previsto de 3,5 milhões de euros e visa garantir melhor capacidade de resposta e dignidade aos utentes, face às alterações organizacionais que têm sido implementadas, para além do aumento do número de utentes inscritos nos respetivos ficheiros clínicos.

“Neste momento existem respostas que estão altamente condicionadas, não conseguindo os profissionais ali alocados esgotar a sua capacidade assistencial pelo espaço exíguo que têm ao seu dispor”, referiu o município.

A ampliação das instalações do Centro de Saúde permitirá, essencialmente, proporcionar melhores serviços de fisioterapia, Saúde Mental ou de promoção da parentalidade positiva, ou até mesmo para garantir outras respostas como a consulta de nutrição, pé diabético ou resposta eletrocardiografia.

Os restantes investimentos a realizar, num valor superior a 325 mil euros, irão incidir em reparações e benfeitorias em 13 extensões de saúde do concelho, verificadas no âmbito de vistorias técnicas realizadas pelo município e ARSC.

“Trata-se de um conjunto de intervenções de reabilitação e remodelação nas instalações, nomeadamente nas salas de espera, gabinetes médicos e de enfermagem, sistemas de climatização e conforto térmico (AVAC), sistemas de segurança contra incêndios, bem como em sistemas de produção de energia elétrica através de painéis fotovoltaicos”, concluiu o Município de Pombal.

Maternidade do CHOeste reabre após requalificação

O Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Oeste (CHOeste) informou que estão concluídas as obras de requalificação do Serviço de Obstetrícia do CHOeste, localizado na Unidade de Caldas da Rainha, que visaram a remodelação do internamento de Obstetrícia e do bloco de partos.

O objetivo passou por melhorar as condições de qualidade, conforto e segurança para utentes e profissionais de saúde.

Aproveitando a concretização das empreitadas de remodelação do bloco de partos e do internamento de obstetrícia, estas duas empreitadas foram antecedidas de outras duas obras – reparação da rede de esgotos e reparação da rede de águas – que, no seu conjunto, conferiram “uma ampla remodelação” ao Serviço de Obstetrícia do CHOeste, refere o centro hospitalar em comunicado.

As quatro empreitadas mencionadas tiveram início a 1 de junho e encontram-se concluídas, estando prevista a reabertura do Serviço para 13 de novembro, retomando o normal funcionamento.

No decorrer desta intervenção, a atividade assistencial do Serviço de Obstetrícia (internamento, bloco de partos e urgência obstétrica e ginecológica) foi assegurada no Centro Hospitalar de Leiria, que acolheu as utentes do CHOeste.

As obras de melhoramento do bloco de partos visaram criar quatro salas de parto, três instalações sanitárias para utentes e uma para profissionais, uma sala de trabalho/posto de vigilância, uma zona de sujos, assim como a instalação do sistema de climatização.

No que concerne à remodelação do internamento de obstetrícia, a empreitada visou dotar a globalidade das salas existentes do internamento de melhores condições de conforto e segurança, com intervenções ao nível do pavimento, paredes, iluminação, portas interiores, caixilharia, calhas hospitalares, e mobiliário.

“Entre os investimentos mais relevantes em termos de equipamentos, destaca-se a aquisição de ecógrafo para obstetrícia, ventiladores neonatais de transporte, CTG, Doppler fetal, camas de parto, berços e monitores multiparamétricos para grávidas e neonatais, reforçando a vigilância do bem-estar materno-fetal”, lê-se no comunicado.

Com um investimento global de 1 347 487,39 euros, dos quais 401 255,60 euros foram financiados no âmbito do programa de Incentivo Financeiro à Qualificação dos Blocos de Partos do Serviço Nacional de Saúde, no âmbito de candidatura apresentada, 725 mil euros financiados pela Câmara Municipal de Caldas da Rainha e 221 231,79 euros suportados pelo CHOeste.

Hospital Privado das Beiras na Covilhã deverá abrir em 2025

Um consórcio de três empresas vai investir cerca de 20 milhões de euros no Hospital Privado das Beiras (HPB), na Covilhã, com entrada em funcionamento prevista para abril de 2025 e a criação entre 150 e 200 postos de trabalho.

A informação foi adiantada pelo administrador executivo da unidade de saúde, António Sàágua, durante uma visita às obras, no antigo edifício do Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário, em fase de demolições no interior.

Até março de 2024, o HPB pretende abrir uma clínica na Covilhã e até meio do próximo ano outra em Castelo Branco, para começar a prestar cuidados de saúde em ambulatório.

Os promotores do investimento frisaram que o HPB, com duas salas de bloco operatório e 30 gabinetes para consultas externas, terá capacidade para realizar anualmente mais de cem mil consultas, mais de três mil cirurgias, mais de 70 mil exames e tratamentos e terá disponíveis “mais de trinta especialidades”.

O hospital tem projetadas 30 camas, mais 50 na estrutura residencial para pessoas idosas contígua, para funcionar “em articulação próxima com a unidade hospitalar”, com o propósito de oferecer um atendimento complementado “por um suporte clínico mais robusto”, segundo o administrador.

O HPB, salientou o administrador executivo, “é um projeto simples e de grande ambição”, que pretende ser “complementar ao Serviço Nacional de Saúde” e está a perceber “que necessidades há a colmatar”.

Segundo António Sáàgua, além do bloco operatório, a estrutura ficará dotada de unidade de cuidados intermédios, internamento, equipamento de imagiologia de última geração, laboratório, meios complementares de diagnóstico e terapêutica e serviço de atendimento permanente, entre outros serviços.

O investimento é uma iniciativa de um consórcio que integra o fundo MedCapital, dedicado ao desenvolvimento de um grupo de saúde privado de âmbito nacional, com unidades no Algarve, Lisboa e Porto, e dois grupos empresariais locais, o Grupo AFFIS e Grupo FPT Energia.

Para o presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, esta é uma forma de “fortalecer o ‘cluster’ da saúde na Covilhã”.

“A Covilhã vai passar a ser, cada vez mais, uma cidade da saúde”, vincou o autarca, que se afirmou um “intransigente defensor do SNS [Serviço Nacional de Saúde]” e afirmou que existe por parte dos investidores privados no concelho “uma vontade inequívoca” de criar sinergias com as entidades da região na área da saúde.

O presidente do município acrescentou que “as sinergias entre os projetos privados e o serviço público vem atrair mais médicos” para a região.

A 30 de outubro foi apresentado o projeto de uma outra estrutura de saúde privada na Covilhã, o Hospital CUF, com abertura prevista para 2027 e instalações junto ao Complexo Desportivo da cidade, num investimento de 35 milhões de euros.

Lançado concurso para novo Centro de Saúde de Alcains em Castelo Branco

O concurso para a construção do novo Centro de Saúde de Alcains, no valor de 1,7 milhões de euros, já foi lançado, anunciou o presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues.

“É uma obra extremamente importante para a freguesia de Alcains e para um conjunto de outras freguesias cuja população tem ali consultas e o seu médico de família. É um centro de saúde novo, projetado de acordo com aquilo que são as tipologias do Serviço Nacional de Saúde e que dará resposta a um conjunto alargado de cidadãos”, afirmou à agência Lusa Leopoldo Rodrigues.

A construção deste novo equipamento na segunda maior freguesia do concelho de Castelo Branco foi assumida pelo atual presidente do município durante a campanha eleitoral para as autárquicas, em 2021.

“Trata-se de um compromisso que tínhamos assumido. Já abrimos o procedimento de concurso para a realização das obras. Agora têm de decorrer os prazos legais e depois a adjudicação do projeto”, frisou o autarca.

Leopoldo Rodrigues salientou que o atual Centro de Saúde de Alcains tem poucas condições, quer ao nível de espaço para os profissionais de saúde, quer para a própria população.

“É um equipamento com dois pisos, o que torna bastante difícil a acessibilidade. O novo centro terá apenas um piso. Cumpre ainda outro objetivo que é o de requalificar um espaço nobre na vila de Alcains”, sintetizou.

O novo equipamento vai ser construído no antigo ciclo preparatório da vila.

O autarca salientou ainda que a verba, no valor de 1,7 milhões de euros, será suportada, de forma repartida, pelo município de Castelo Branco e por fundos do Plano de Recuperação e resiliência.

Abrantes investe 1,6ME em USF para 11 mil utentes

A Câmara de Abrantes aprovou por unanimidade um projeto para a criação de uma nova Unidade de Saúde Familiar (USF), com capacidade para 11 mil utentes, num investimento de 1,6 milhões de euros.

Em nota informativa, aquele município do distrito de Santarém indicou que foi aprovado, em reunião de executivo, um projeto de “requalificação da Escola Primária de Alferrarede para instalação da Unidade de Saúde Familiar (USF) Norte de Abrantes”, com uma área de abrangência de 210 quilómetros quadrados e um total de cerca de 11 100 utentes, respeitantes às freguesias do norte do concelho.

“É uma intervenção muito robusta e importante para a reorganização dos serviços de saúde no norte do território concelhio e para minimizar o problema da falta de médicos de família, que é um elemento central para a vida das pessoas”, disse o presidente da Câmara de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos, citado na nota informativa.

A futura USF terá como zona de abrangência as freguesias de Abrantes e Alferrarede, Aldeia do Mato e Souto, Carvalhal, Fontes, Martinchel, Mouriscas e Rio de Moinhos, locais onde, atualmente, “a grande maioria destes utentes encontra-se sem médico de família” atribuído.

Para o autarca, este modelo organizativo de gestão das USF, que “amplia a capacidade de captação de profissionais de saúde”, é “a única forma de responder a este problema”.

No âmbito do projeto aprovado, a antiga Escola Primária das Hortas, em Alferrarede, será ampliada, ocupando o terreno do antigo recreio, e será dotada, numa área global de 2 052 metros quadrados, de quatro áreas funcionais compostas por entrada/receção, apoio administrativo, prestação de cuidados de saúde e apoio geral.

Com esta USF, indicou o município, pretende-se atribuir médico de família aos 11 100 utentes inscritos nas freguesias abrangidas, oito mil dos quais na União de Freguesias de Abrantes e Alferrarede, 1 400 no polo de Mouriscas, 1 100 no polo de Rio de Moinhos, e 600 utentes no polo de Carvalhal.

Na nota, a Câmara de Abrantes afirmou que a construção desta USF “não invalida a continuação da atividade dos polos de saúde em funcionamento no norte do concelho, tal como acontece com as duas USF já existentes”.

De acordo com a estimativa de custo, o valor estimado para a obra ascende a 1 647 735 euros, acrescido de IVA à taxa legal em vigor, contando o município com apoios de fundos comunitários na ordem do 1,5 milhões de euros.

Segundo a calendarização indicada à agência Lusa por fonte do município, até ao final deste ano deverá ser aprovado o projeto de execução, seguindo-se, no primeiro semestre de 2024, o lançamento de concurso e adjudicação da empreitada, com previsão de início da obra no último trimestre de 2024.

A obra terá um prazo de execução de 240 dias (oito meses).

Na mesma nota informativa, a vereadora com o pelouro da Saúde, Raquel Olhicas, indicou que o atual polo de saúde de Alferrarede “funcionará com o objetivo de acolher todos os serviços da unidade de recursos assistenciais partilhados, nomeadamente as consultas de higiene oral, medicina dentária, nutrição, psicologia, fisioterapia, cardiopneumologia e serviço social”.

Bloco de partos CHBM tem novas instalações

A urgência obstétrica e ginecológica e o bloco de partos do Centro Hospitalar Barreiro Montijo (CHBM), no distrito de Setúbal, está, desde o dia 23 de outubro, a funcionar em instalações requalificadas e com novos equipamentos.

Segundo o hospital, as novas instalações permitirão melhorar a qualidade dos cuidados de saúde às utentes, bem como as condições de trabalho para os profissionais.

Com um investimento de cerca de 900 mil euros, esta intervenção foi realizada no seguimento da aprovação de candidatura ao Programa de Incentivo Financeiro à Qualificação dos Blocos de Partos do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

De acordo com o CHBM, a obra permitiu, entre outras intervenções, melhorar o acesso e os circuitos no serviço, criar novas áreas, nomeadamente uma zona de SO para as utentes, e remodelar as instalações sanitárias, melhorando a acessibilidade. O secretariado tem agora acesso a partir do exterior, facilitando o atendimento às utentes que recorrem a este serviço.

A unidade hospitalar salientou que foi ainda possível adquirir vários equipamentos médicos, tais como camas de parto, marquesas, mesas de reanimação, mesas de anestesia, incubadora, cardiotocógrafos, monitores de sinais vitais, entre outros equipamentos.

A intervenção tinha previsto um prazo de execução de três meses, com data de conclusão estimada para 31 de outubro. Durante o período de realização da empreitada, o serviço funcionou em instalações próprias noutro local, tendo assegurado a prestação de cuidados a todas as utentes. Ao longo destes três meses nasceram mais de 470 bebés no CHBM, acrescentou o centro hospitalar.

Entre janeiro e setembro de 2023, o serviço de obstetrícia e de ginecologia registou o nascimento de 1 162 bebés, realizou 6 610 consultas médicas e 7 309 consultas de enfermagem e efetuou 5 292 meios complementares de diagnóstico e terapêutica.

Ao abrigo da operação “Nascer em Segurança no SNS”, as urgências de ginecologia e obstetrícia e bloco de partos do CHBM têm funcionado de forma rotativa com outras unidades do distrito de Setúbal, um plano que se vai manter durante o período de inverno por decisão da direção executiva do SNS. Na semana entre 31 de outubro e 5 de novembro o serviço volta a encerrar ao abrigo do programa nacional.

A “Operação Nascer em Segurança no SNS”, que implica um modelo de funcionamento rotativo em vários serviços e urgências de unidades hospitalares da mesma área geográfica, está em vigor em várias regiões do país desde os fins de semana de Natal e final de ano de 2022.

Obras na Urgência Médico-Cirúrgica de Torres Vedras concluídas

As obras de remodelação da Urgência Médico-Cirúrgica do Hospital de Torres Vedras, que permitirão aumentar a capacidade de resposta do serviço, estão concluídas, informou o Centro Hospitalar do Oeste (CHO).

A obra “visou criar uma estrutura mais funcional, coerente e segura, aumentando a capacidade da sala de observação de 16 para 24 camas”, explicou o Conselho de Administração do CHO em comunicado.

A empreitada, iniciada em julho de 2022, foi dada como concluída a 6 de outubro e permitiu, segundo o CHO, “aumentar os gabinetes médicos, melhorar as áreas de espera no interior da urgência, aumentar o conforto e a segurança dos doentes e dos seus acompanhantes, dotar a triagem de dois gabinetes, dotar o serviço com uma sala de emergência com ligação direta ao exterior, permitindo uma maior rapidez no seu acesso e consequentemente uma maior rapidez na prestação de cuidados médicos”.

No comunicado, o Conselho de Administração do CHO sublinhou que “o Serviço de Urgência, apesar dos constrangimentos inerentes à obra, continuou sempre a funcionar e a prestar os cuidados necessários à população”.

Até 30 de setembro foram registados nestes serviços 37 970 atendimentos, que segundo o Conselho de Administração, representa “mais 409 atendimentos do que em igual período de 2022”.

A remodelação do serviço representou um investimento de 760 539,64 euros e foi objeto de uma candidatura do programa CENTRO 2020 (FEDER), com cofinanciamento de 85 por cento.

Concurso para nova maternidade de Coimbra previsto para início de 2024

O concurso para a construção da nova maternidade de Coimbra deve ser lançado no primeiro trimestre de 2024, afirmou o ministro da Saúde, Manuel Pizarro.

“A minha expectativa é a de que no primeiro trimestre de 2024 estejam reunidas todas as condições para se lançar o concurso da empreitada”, afirmou o ministro, que falava aos jornalistas no final de uma visita ao Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra, seguindo depois para o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) para uma reunião de trabalho sobre a nova maternidade.

Segundo Manuel Pizarro, essa reunião foi marcada para se ultimarem “as decisões sobre o projeto da nova maternidade”.

Aos jornalistas, o governante aclarou que há “um anteprojeto do projeto de arquitetura” e disse esperar que, nas próximas semanas, seja possível “fechar as decisões sobre esse anteprojeto de arquitetura e depois seguir-se-ão os projetos de especialidade”.

Já no IPO, Manuel Pizarro visitou a empreitada de requalificação e ampliação do edifício de cirurgia e imagiologia, substituindo-se o “velho edifício com cerca de cinco mil metros quadrados de área útil por um novo com mais de 15 mil metros quadrados de área útil”.

É nesse novo edifício que ficará instalada “toda a área de imagiologia, incluindo as mais modernas tecnologias de ressonância magnética e medicina nuclear, o serviço de gastroenterologia, com quatro salas para exames”, o novo bloco operatório quer para cirurgia convencional quer para cirurgia de ambulatória e uma unidade de cuidados intensivos, referiu.

“[Será] um serviço muito moderno e confortável, de acordo com as recomendações da medicina do século XXI”, enalteceu, realçando que a empreitada, com um custo de mais de 27 milhões de euros, deverá estar terminada e pronta a servir as pessoas no segundo semestre de 2024.

Questionado sobre os atrasos nas obras daquele edifício, Manuel Pizarro recordou os efeitos provocados pela pandemia e agravados pela guerra na Ucrânia nas cadeias logísticas, mas sublinhou que a empreitada está já a decorrer “em velocidade cruzeiro”.

“Ao fim de mais de 15 anos a reclamar a obra, ela já está aqui, de uma forma que já não é suplantável”, frisou.

Hospital de Guimarães investe em nova central de colheitas

O Hospital da Senhora da Oliveira – Guimarães tem uma nova central de colheitas, construída de raiz, através de um investimento superior a 500 mil euros, que reforça a capacidade de resposta na área dos meios complementares de diagnóstico.

Este espaço dispõe de oito novas boxes individuais, uma das quais pediátrica e outra preparada para utentes em maca.

De acordo com o hospital, “todas as boxes estão equipadas de acordo com os modernos padrões de qualidade e dispõem de circuitos interligados com os laboratórios de Imunohemoterapia e de Patologia Clínica”, contando ainda com duas amplas salas de espera e atendimento.

Segundo o presidente do conselho de administração, Henrique Capelas, “este investimento resulta da prioridade atribuída aos aspetos relacionados com a humanização e acessibilidade aos utentes do Hospital de Guimarães e do SNS”.

O responsável acrescentou que “representa uma aposta na melhoria nas condições de atendimento, incrementa a qualidade da prestação de cuidados, aumenta a segurança e as boas práticas clínicas e, também importante, melhora as condições de trabalho dos profissionais”.

Esta nova central funciona de segunda a sexta-feira, das 8 às 11h30 e, para maior conforto, o utente passa a receber uma convocatória através de uma SMS, com 48 horas de antecedência, a indicar o dia e hora da sua colheita.

Empreitada de requalificação das Urgências em Abrantes vai custar 3,6ME

A empreitada de requalificação das urgências do Hospital de Abrantes do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) foi adjudicada à empresa Wikibuild por 3,6 milhões de euros, anunciou o Conselho de Administração.

“A obra foi adjudicada […] à empresa Wikibuild S.A., numa adjudicação que configura um momento importante porquanto já éramos para ter iniciado a obra há muito tempo, mas que, por questões burocráticas, atrasou”, disse à agência Lusa o presidente do Conselho de Administração do CHMT, Casimiro Ramos, tendo apontando um aumento do valor previsto inicialmente em cerca de 600 mil euros.

Segundo lembrou o gestor, a empreitada “já havia sido adjudicada há um ano, mas”, para avançar, “carecia que de uma extensão de portaria, que nunca foi publicada”, e “só com o plano de atividades do CHMT aprovado, em maio último, foi possível avançar para a consignação da obra”, não sem antes abrir novo procedimento concursal.

“Contactámos as duas empresas que haviam concorrido anteriormente, a que venceu e a que ficou em segundo lugar, mas ambas disseram que, pela verba do concurso de 2021, que era de 2,9 milhões de euros, já não era possível realizar a obra, devido ao aumento dos preços no mercado, pelo que tivemos de abrir novo procedimento, agora com um valor de 3,6 milhões de euros”, tendo a empresa Wikibuild S.A, que já havia vencido o concurso anterior, com procedimento adjudicado em outubro de 2021, mas nunca iniciado, sido a única a concorrer.

Casimiro Ramos disse que agora é “aguardar pelo visto do Tribunal de Contas” e manifestou a expectativa de que a obra, de “vital importância para o fluxo dos doentes do Serviço de Urgência, para as condições de trabalho dos profissionais e para os próprios utentes”, possa “iniciar-se antes do final do ano” [2023], tendo um prazo de execução de 18 meses.

“É uma obra de urgências que urge, mais do que muitas outras que também temos em plano e em curso”, vincou, relativamente a uma necessidade identificada desde 2017 e reivindicada pela Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo, autarcas e deputados da região.

O valor da adjudicação foi de 2 987 993,30 euros, a que acresce IVA, ou seja, o investimento total será de 3 675 231,76 euros (IVA incluído).

A área de intervenção incide no atual Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica do CHMT, instalado em Abrantes, pretendendo “ampliar a sua capacidade de resposta e acolhimento do doente”, ocupando o anterior espaço dedicado às Consultas Externas e onde serão “melhorados os circuitos internos, reorganizados os espaços de receção e acolhimento, e ampliadas as áreas de permanência e assistência ao utente”.

Constituído pelas unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas, separadas geograficamente entre si por cerca de 30 quilómetros, o CHMT funciona em regime de complementaridade de valências, abrangendo uma população na ordem dos 260 mil habitantes de 11 concelhos do Médio Tejo, no distrito de Santarém, Vila de Rei e Castelo Branco, do distrito de Castelo Branco, e ainda dos municípios de Gavião e Ponte de Sor, ambos de Portalegre.