ATEHP no Seminário sobre SNS mais próximo e Resiliente

No passado dia 25 de Fevereiro pelas 17 horas, realizou-se o Seminário sobre SNS mais próximo e Resiliente cuja participação da ATEHP foi representada pelo Engenheiro João Durão de Carvalho, atual secretário da Direcção da ATEHP. Segue-se a baixo o seu testemunho.

Abordagem ao Webinar Manter e Proteger Ambientes Hospitalares

NOTICIA

Dando cumprimento ao Plano de Atividades da ATEHP, tendo em conta o contexto pandémico que atravessamos, a Direção da Associação – com o intuito de transmitir conhecimento – decidiu dar continuidade ao Ciclo de Webinars ATEHP dando a conhecer novas metodologias, inovação tecnológica e/ou novos produtos.

Neste enquadramento, teve lugar a 17 de março de 2021, pelas 17 horas, mais uma ação de formação online, no formato Webinar, subordinada ao tema “Manter e Proteger Ambientes Hospitalares”, em colaboração com a Associada ATM – Manutenção Total.

Programa:

17.00 h

Abertura e apresentação do Ciclo de Webinars ATEHP

Engº Abraão Ribeiro- Presidente da Direção da ATEHP

17.05 h

Apresentação da ATM

Engº Orlando Brizida – Diretor Comercial

Engº Luis Vieira – Business Development

17.15 h

Manter e proteger Ambientes Hospitalares

Engº Vaz Nunes – Diretor de Operações e Soluções de Engenharia

17.40 h

Ensaios no Contexto da Pandemia – Quartos de Isolamento e BO

Engº João David Gomes Vilela – Responsável pelo Laboratório de Ensaios

18.05 h

A Experiencia da ATM em Manutenção com a Pandemia

Engº João Marques – Responsável ATM do Cluster Descobertas

Engº Carlos Amorim – Responsável ATM de Saúde Norte

António Pina Ramos – Gestor de Contrato Hospital Garcia de Orta

Engº Vasco Santos- Dir. Adjunto Saúde e Serviços ATM

18.30 h

Sessão de Perguntas e Respostas

Moderador: Engº João Durão Carvalho – Direção ATEHP

Coordenador: Engº João Infante – ATEHP

 

A iniciativa contou com 129 inscrições e 103 participantes em simultâneo.

A Sessão foi iniciada pelo Presidente da Direção da ATEHP que deu as boas vindas a todos e agradeceu a presença de tão elevado número de participantes no Webinar, assim como agradeceu aos oradores, coordenador e moderador desta ação formativa, tendo seguidamente feito a apresentação da Associação e do seu ciclo de Webinars-ATEHP, com especial enfoque na inovação.

Efetuada a apresentação da empresa, o Engº Vaz Nunes descreveu a utilização hospitalar em contexto de pandemia, nomeadamente o internamento de doentes Covid em zonas de pressão equilibrada e as soluções adoptadas em tempo e com custos adequados. Apresentou as varias soluções e contextos com utilização de ozono, UVC, filtragem e peroxido de hidrogénio.

O Engº João Vilela efetuou uma descrição da evolução da pandemia e as diretrizes nacionais e internacionais emanadas dos organismos competentes. Centrou a sua intervenção nas formas e vias de transmissão do vírus e respetivo corte com destaque para as áreas de Bloco Operatório, Cuidados Intensivos e Quartos de Isolamento.

A ultima apresentação, sobre experiências da ATM em manutenção no contexto de pandemia, pelos Engenheiros João Marques, Carlos Amorim, António Ramos e Vasco Santos, com operacionalização do Plano de Contingência Covid aplicado á manutenção, a experiência no Hospital de Braga, no Hospital Garcia de Orta e no Hospital das Descobertas. Para além das medidas adotadas nas redes de gases medicinais para responder ao grande aumento de consumos, que no Garcia de Orta foi de cerca de 4.000 l/min para cerca de 10.000 l/min, foram ainda efetuadas obras diversas de adaptação dos espaços á nova situação de Covid, quer em internamentos, bloco operatório, urgência e cuidados intensivos. Foram também descritos procedimentos de transporte e descontaminação de equipamento para manutenção.

O moderador finalizou sessão promovendo um período de respostas às questões colocadas, estando ainda presente um elevado número de participantes.

De realçar as várias manifestações de agrado, expressas por alguns dos participantes, por mais esta iniciativa formativa da ATEHP. 

Inauguração do Novo Bloco Operatório Periférico do IPO de Coimbra

No passado dia 04 de fevereiro de 2021 pelas 17h foi inaugurado o novo Bloco Operatório Periférico do Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil (IPO de Coimbra) pela Ministra da Saúde Marta Temido. Também estiveram presentes Margarida Ornelas, Presidente do Conselho de Administração, Manuel Machado Presidente da Câmara Municipal de Coimbra e Rosa Reis Marques, Presidente do Conselho Diretivo da Administração Regional de Saúde do Centro.

Legenda 1: Descerramento da placa comemorativa. (da esquerda para a direita) Manuel Machado, Marta Temido e Margarida Ornelas

O Bloco Operatório projetado, executado e equipado pelo consórcio entre a Iberconcept – Consultoria e Projetos, Lda. e a Medicinália Cormédica – MCMedical Lda., está enquadrado na linha de investimentos efetuado pelo IPO de Coimbra, que visam aumentar a excelência dos seus serviços. A construção modular e os equipamentos instalados, tornam esta unidade tecnologicamente avançada com o máximo de integração e inovação do mercado nacional.

Legenda 2 :Visita à sala operatória 1. Com módulo de videoconferência integrado
Legenda 3 : Visita à sala operatória 2. No canto superior esquerdo, candeeiro cirúrgico iLED 7 com regulação adaptativa de última geração

Durante a visita foi possível constatar pelos intervenientes o exímio planeamento, execução da obra e a qualidade dos dispositivos médicos, parabenizados pelos mesmos. Estas características irão permitir a continuação da atividade cirúrgica, durante o período de obras para demolir o atual edifício do Bloco Operatório, onde serão depois construídas 5 novas salas operatórias.

IPO de Coimbra – Obra do Bloco Operatório Periférico

O projeto de conceção/construção do Novo Bloco Operatório Periférico adjudicado ao Consórcio Iberconcept – MedicináliaCormédica, insere-se no plano geral de renovação das instalações do IPO de Coimbra. A obra iniciada a 3 de Agosto de 2020 está pronta para iniciar atividade.

O plano de renovação do IPO inclui a demolição do edifício atual do Bloco Operatório Central e construção nesse local de novo edifício.

O objetivo de manter a produção cirúrgica durante o período de obra, o IPO optou pela construção do BO, com duas salas operatórias e recobro que permitirá responder temporariamente ao fluxo de cirurgias da Instituição.

O CA do IPO de Coimbra decidiu equipar estas salas operatórias com a mais avançada tecnologia, planeando a sua reinstalação no futuro Bloco Operatório Central a construir.

Construído como estrutura modular, o Novo Bloco Operatório Periférico terá acesso pelo Edifício da Oncologia Médica e inclui duas salas cirúrgicas, quatro camas de recobro, sala de indução anestésica, zona de transferência de doentes, secretariado, vestiários, sala de equipamento e “zona de sujos”, numa área total aproximada de 400m2.

Figura 1 :Evolução da obra do Novo Bloco Operatório Periférico a 16 de Setembro de 2020 – conclusão da fase de construção civil (da esquerda para a direita: Eng Maurício Teixeira (Iberconcept), Eng Paulo Duarte (MC), Eng Ricardo Alves (Iberconcept), Técnico Daniel Lopes (MC), Eng António Coelho (MC), Eng Pedro Salgado (MC), Eng Tiago Gaspar (MC))

O equipamento médico inclui, sistema de gestão integrada de vídeo Truelink 4 da Videomed, iluminação cirúrgica iLED 7, pendentes modulares TruPort e mesas operatórias TruSystem 7500 da marca Trumpf. Esta solução, comunica com os sistemas de informação PACS e HIS.

Figura 2 – Desenho técnico do Novo Bloco Operatório Periférico
Figura 3 – Sala Operatória do Novo Bloco Operatório Periférico a 22 de Janeiro de 2021

Assim, o IPO de Coimbra construiu e apetrechou em apenas 6 meses, duas das mais modernas salas operatórias de Portugal.

Sem Engenharia não existirá desenvolvimento do setor da Saúde

A Engenharia portuguesa tem profissionais e cientistas ao nível dos melhores do Mundo”, contudo, a Engenharia Hospitalar tem sido “negligenciada” nos últimos anos. É da responsabilidade da classe política incentivar a investigação e apoiar o tecido empresarial a investir na área da investigação e produção de equipamentos biomédicos, uma vez que os avanços na Saúde têm de andar de mãos dadas com os avanços da Engenharia.

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CHTV recebe 900 mil euros para digitalizar serviços

O Centro Hospitalar Tondela-Viseu (CHTV) recebeu a aprovação de uma candidatura para modernizar e digitalizar os seus serviços, no valor de mais de 900 mil euros.

De acordo com o CHTV, a aprovação da nova candidatura do Sistema de Apoio à Modernização Administrativa (SAMA) – o projeto DIR@CHTV- Desmaterializar, Integrar e Robotizar – é determinante para o seu esforço de modernização do atendimento e transformação digital.
 
Segundo o documento, “trata-se de um financiamento, através de fundos comunitários, que comparticipa um investimento elegível de 993.134,14 euros”, sendo este “o quarto projeto do SAMA aprovado, desde 2018, perfazendo, assim, um total de três milhões de euros de investimento cofinanciado até ao final de 2022”.
 
O presidente do Conselho de Administração do CHTV, Nuno Duarte, afirmou que “os quatro projetos têm em comum medidas de simplificação e de desmaterialização e viabilizam a eliminação do papel em diversos circuitos administrativos e clínicos”.
 
“São expectáveis múltiplos ganhos de eficiência e a nível da comunicação, por exemplo, com a reorganização do agendamento de consultas e de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT) e do atendimento nesses serviços de ambulatório”, referiu o responsável.
 
“Poderemos minimizar as deslocações dos utentes e acompanhantes no hospital e o seu tempo de permanência nas nossas instalações, em consequência, entre outros fatores, da criação de um Balcão Único de Atendimento, bem como da disponibilização de quiosques eletrónicos e de sistemas eletrónicos de chamada”, exemplificou.
 
Um dos projetos em fase de execução, ‘Utente 4.0- Transformação Digital dos processos de interação com o Utente’, “integra investimentos associados à comunicação dos profissionais com os utentes/doentes que se tornaram imperativos no contexto epidemiológico atual”, destacou Nuno Duarte.

CHL tem novo espaço para doentes respiratórios

A nova Área Dedicada a Doentes com suspeita de Infeção Respiratória nos Serviços de Urgência (ADR-SU) no Hospital de Santo André já se encontra em funcionamento desde dia 3 de janeiro.

 
A nova estrutura do Centro Hospitalar de Leiria (CHL) permite garantir a resposta adequada ao expectável agravamento da afluência devido ao crescimento epidémico da Covid-19 e ao aumento previsível da incidência de outras infeções respiratórias agudas. Durante o primeiro turno de 24 horas da nova ADR-SU foram admitidos 85 utentes.
 
“A unidade que agora disponibilizamos é uma urgência para doentes respiratórios, que substitui a área que existia na Urgência Geral para o efeito. Desta forma é possível segregar circuitos, com mais condições para fazer um atendimento com maior segurança, quer para os utentes, quer para os nossos profissionais”, destacou o presidente do Conselho de Administração do CHL Licínio de Carvalho.
 
A ADR-SU ocupa parte da área afeta ao Serviço de Medicina Física e Reabilitação, e conta com três gabinetes de consulta, uma sala de tratamento, um gabinete de triagem, uma sala de emergência com capacidade para assistir dois doentes em simultâneo, uma sala de observação com capacidade para dez macas (que pode aumentar, se necessário) e sete cadeirões, uma área de observação com 20 camas e três quartos de isolamento, uma sala de raio-x, e ainda um conjunto de áreas de apoio como armazéns, zonas de espera, secretariado, vestiários, adufas, instalações sanitárias e antecâmara.
 
Esta nova área tem um acesso externo próprio, o que permite a separação dos circuitos dos doentes com suspeita de infeção respiratória aguda face aos restantes.
 

O investimento estimado da nova ADR-SU e do novo internamento Covid é de 570 mil euros, sendo que 470 mil euros são referentes à empreitada de execução e cerca de cem mil euros a equipamentos.

CHUSJ inicia atividade do Banco de Tecidos Músculo-esqueléticos

Teve início, em dezembro passado, a atividade do Banco de Tecidos Músculo-esqueléticos (BTME) do Centro Hospitalar Universitário São João (CHUSJ), num novo espaço com condições logísticas e de sistemas de informação que, segundo a unidade hospitalar, cumpre com os requisitos de qualidade e segurança desta área de atividade.

De acordo com o diretor do Serviço de Ortopedia do CHUSJ, António Sousa, o BTME está dotado de “equipamento diferenciado em termos de armazenamento, gestão e segurança do processo”, contando com uma nova arca de ultracongelação com características técnicas mais avançadas e com maior capacidade de armazenamento e preservação de tecidos.
 
Com capacidade de armazenamento suficiente para satisfazer e alargar a utilização atual, destacam-se ainda como mais-valias a disponibilidade imediata de enxertos heterólogos, a possibilidade de recurso a técnicas de reconstrução inovadoras, a menor despesa com a aquisição externa e a possibilidade de sustentabilidade financeira com a sua disponibilização a outras instituições.
 
De acordo com António Sousa, e no que concerne à especialidade de Ortopedia, este novo equipamento será extremamente importante na medida em que abre espaço a novas opções terapêuticas na reconstrução em ortopedia e de grandes reconstruções associadas à patologia tumoral, assim como da cirurgia de revisão das artroplastias da anca e joelho.
 
O BTME possui também uma relevância clínica importante no âmbito da neurocirurgia, respondendo aos desafios técnicos e éticos nesta dimensão.
 

António Mateus, responsável do BTME, afirma que “esta mudança vai permitir ao São João cumprir os requisitos mais avançados de qualidade, segurança e proteção de dados, bem como disponibilizar tecidos para utilização em mais diferenciadas áreas médicas”.

 
Para o vogal da Unidade Autónoma de Gestão de Cirurgia, João Logarinho, “este investimento irá permitir, a curto-prazo, poder avançar na colheita de maior diversificação de tecidos, para utilização interna e disponibilização para outras instituições hospitalares”, o que resultará em melhores cuidados prestados aos doentes.
 

Este é o segundo BTME a nível nacional em atividade, sendo que o outro já existente encontra-se no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

ULSAM investe 80 mil euros em enteroscopia espiral motorizada

O Hospital Santa Luzia de Viana do Castelo, integrado na Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM), é o primeiro do país equipado para realizar enteroscopia espiral motorizada, que diagnostica e trata doenças do intestino delgado.

O presidente do Conselho de Administração da ULSAM, Franklim Ramos, informou, em comunicado, que o Hospital Santa Luzia de Viana do Castelo “é o primeiro em Portugal a dispor desta tecnologia, estando, disponível para doentes de outros hospitais do Serviço Nacional de Saúde”.

O Hospital Santa Luzia de Viana do Castelo “realizou, no dia 15 de novembro, pela primeira vez em Portugal, uma enteroscopia espiral robotizada para avaliar o intestino delgado de um doente com anemia”.
 
O diretor do Serviço de Gastrenterologia do Hospital Santa Luzia, Luís Lopes, citado na nota, explicou que “a técnica inovadora permitiu tratar as lesões vasculares responsáveis pela anemia de uma forma minimamente invasiva”.
 
De acordo com a ULSAM, o investimento na nova técnica rondou os 80 mil euros.
 
A enteroscopia espiral motorizada “constitui a mais recente técnica para o diagnóstico e tratamento de doenças do intestino delgado, permitindo uma avaliação do intestino delgado três vezes mais rápida do que a enteroscopia convencional”.
 

Aquela técnica “tem aplicações nas anemias de causa indeterminada, tumores do intestino delgado, em alguns doentes com doença inflamatória intestinal e no tratamento de doenças biliares em doentes operados”.

Aprovada candidatura para modernização digital no Hospital de Braga

O Hospital de Braga viu aprovada a candidatura submetida ao Sistema de Apoio à Modernização e Capacitação da Administração Pública (SAMA 2020) com o projeto “HB.SAFE – Promoção da Integração, Interoperabilidade e Segurança Clínica”.

O projeto aprovado representa um investimento de cerca de 1.175.458,92 milhões de euros, cofinanciado em 85 por cento do valor aprovado, que corresponde a um incentivo de 842.956,93 euros.

A candidatura ao projeto teve como principais objetivos reforçar os processos e os sistemas de informação do Hospital de Braga, “potenciando um contínuo conhecimento, com vista ao alcance da excelência da qualidade do serviço prestado, num contexto de modernização e transformação digital”, lê-se em comunicado divulgado pela instituição.
 
De acordo com o Hospital de Braga, o projeto em questão assenta em cinco eixos principais: promoção da segurança; resiliência e privacidade dos dados; promoção da integração e interoperabilidade; qualidade, segurança e alarmística clínica; desmaterialização de processos e capacitação dos recursos humanos.
 
“Este projeto de transformação digital, com duração prevista de 24 meses, é uma oportunidade para reforçar a uniformização dos sistemas de informação do Hospital de Braga, numa ótica de melhoria contínua”.
 
Segundo o presidente do Conselho de Administração do Hospital de Braga, João Porfírio Oliveira, “a possibilidade de se iniciar este projeto de modernização digital, permitir-nos-á avanços significativos na qualidade da informação interna / externa, aliando-se a isto uma maior segurança no acesso aos sistemas de informação”.
 
“Este projeto aumentará a velocidade de resposta dos aplicativos existentes, com evidentes ganhos de eficiência e melhores práticas na partilha de informação”, reforçou João Porfírio Oliveira.