CHUSJ desenvolve protótipo de monitorização de dados vitais dos utentes na Urgência

Médicos do Centro Hospitalar Universitário São João (CHUSJ) e engenheiros do Instituto Superior Técnico associaram-se para desenvolver um projeto cujo objetivo é tornar o atendimento do Serviço de Urgência do CHUSJ mais seguro, através da monitorização, em tempo real, de sinais vitais no período de permanência no hospital.

Trata-se do protótipo de uma pulseira que regista alguns sinais vitais (numa primeira fase, oxigenação do sangue e pulsação) dos utentes, levando à emissão de alertas em caso de desvio dos valores normais. O protótipo poderá abranger, em breve, outras áreas clínicas e passar a registar mais dados clínicos.

“Desde a entrada das pessoas na urgência até serem observadas por um médico, existe um espaço temporal em que a informação disponível relativamente ao estado de saúde dos utentes é mais escassa. É esta população e este período de tempo que nos preocupa e que motivou o desenvolvimento deste projeto cujo objetivo é tornar a estada dos nossos utentes mais segura”, explicou o diretor da Unidade Autónoma de Gestão de Urgência e Medicina Intensiva do CHUSJ, Nelson Pereira.

Este projeto resultou de uma parceria entre o Centro de Tecnologia e Inovação CEiiA, o Instituto Superior Técnico e o CHUSJ.

Mais 28 USF transitam para modelo B em 2023

O Governo vai reforçar, no primeiro semestre de 2023, a criação de Unidades de Saúde Familiar (USF), melhorando desta forma a resposta dos Cuidados de Saúde Primários, área prioritária no desenvolvimento do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Nos primeiros seis meses deste ano farão a transição para USF modelo B um total de 28 unidades, o maior número desde 2010.

Estas unidades correspondem a pequenas equipas multiprofissionais, reunindo médicos, enfermeiros e secretários clínicos, que contratualizam com os respetivos Agrupamentos de Centros de Saúde a resposta a dar a uma determinada população, garantindo cobertura total de médico e enfermeiro de família aos seus utentes.

Um despacho conjunto do Ministério das Finanças e do Ministério da Saúde autoriza assim a criação de 28 novas USF-B, a última etapa do desenvolvimento das USF.

Os profissionais das USF deste modelo assumem uma maior responsabilização pelo acesso a cuidados de saúde e pelos resultados em saúde da população, a que corresponde um incentivo materializado num reforço da remuneração.

Até 30 de junho de 2023 terá também lugar um processo de revisão do modelo de pagamento pelo desempenho em vigor nestas unidades, que visa ajustar o modelo à melhoria contínua da prestação de cuidados aos utentes.

“O Governo, com este despacho, reitera o compromisso de reforçar o acesso a equipas de saúde familiar e a aposta neste modelo, que tem sido exemplo de uma organização que coloca o utente no centro dos cuidados de saúde e do acesso à resposta do SNS”, lê-se em comunicado divulgado pelo SNS.

Atualmente, as 604 USF do SNS (290 USF-A e 314 USF-B) abrangem 65 por cento da população portuguesa, tendo sido traçado o objetivo de atingir uma cobertura de 80 por cento no final da legislatura, “para o qual serão dados passos decisivos em 2023”. Esta classificação de 28 novas USF-B permitirá atribuir médico de família a mais 30 mil utentes.

Em paralelo, em 2023 haverá um aumento do número de profissionais que trabalham em USF modelo B, que deverão ultrapassar a barreira dos oito mil, consolidando-se a valorização, no SNS, das múltiplas profissões e da remuneração com base nos resultados, “um caminho indissociável do compromisso de garantir uma cada vez melhor resposta às necessidades em saúde dos portugueses”, conclui o comunicado.

Fórum “DESPERDÍCIO EM SAÚDE – CONTROLO E COMBATE”
Coimbra (Centro Congressos CHUC) | 8 março 2023

Face às dificuldades e contextura que atravessamos, a Associação de Técnicos de Engenharia Hospitalar Portugueses (ATEHP) vai, em conjunto com a Revista TecnoHospital, organizar o Fórum “Desperdício em Saúde – controlo e combate”.

Este evento terá lugar no Centro de Congressos dos Hospitais da Universidade de Coimbra – CHUC, no dia 08 de março de 2023.

 

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Plano de 7,5ME vai renovar parque informático dos cuidados de saúde primários

A renovação e modernização do parque informático afeto aos cuidados de saúde primários vai arrancar no próximo ano, num investimento a rondar os 7,5 milhões de euros, beneficiando quase 30 mil profissionais de saúde.

À margem de uma sessão em Évora, o presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), Luís Goes Pinheiro, afirmou aos jornalistas que este projeto, que envolve “a renovação e a modernização dos equipamentos dos profissionais de saúde nos cuidados primários, nunca será inferior a 7,5 milhões de euros”.

“Vivemos tempos de alguma instabilidade do ponto de vista dos preços e, portanto, é algo que poderá ser aqui uma condicionante relativamente ao valor final”, admitiu, mas a “expetativa é ser um investimento que nunca será inferior a 7,5 milhões de euros”.

Luís Goes Pinheiro falava aos jornalistas à margem do terceiro encontro das eHealth Sessions, que decorreu no Palácio de D. Manuel, na cidade alentejana, no qual foi apresentado o Plano para Modernização dos Postos de Trabalho dos Profissionais de Saúde.

Segundo o mesmo responsável, os SPMS estão, atualmente, “a finalizar o processo de avaliação das existências” dos equipamentos informáticos. “E a perceber até que ponto é que alguns dos equipamentos, ainda que não sejam passíveis de ser totalmente transferidos, [podem] ser reutilizados com alguns ‘upgrades’”, acrescentou.

Os SPMS pretendem, com este projeto, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência, abranger “a totalidade dos profissionais dos cuidados de saúde primários”, ou seja, “muito próximo dos 30 mil profissionais”.

Em alguns casos, tal pode significar “terem equipamentos novos, de outro perfil”, mas, noutros casos, “pode significar, por exemplo, ficarem com equipamentos que estavam a ser usados por outros colegas”, indicou.

“Este é um projeto absolutamente essencial para um conjunto vasto de objetivos, desde logo para elevar o desempenho dos próprios sistemas de informação” e, por essa via, conseguir “um aumento da produtividade dos profissionais”, precisou.

O presidente do SPMS exemplificou que o plano visa ainda “elevar a segurança”, porque o projeto não passa apenas pela aquisição de equipamentos, mas também “pela modernização e pela centralização da gestão desses mesmos equipamentos”.

“E, depois, também não escondemos, tem um aspeto muito relevante de elevação da autoestima dos profissionais que, sendo também acarinhados por esta via, havendo mais atenção aos seus instrumentos de trabalho, também estarão mais disponíveis para a gestão da mudança necessária quando estamos a mudar os sistemas de informação”, acrescentou.

O projeto, “que se pretende estar concluído até 2024”, tem como primeira fase os cuidados primários, mas “o passo seguinte” será renovar e modernizar o parque informático dos hospitais, admitiu.

As eHealth Sessions, cujos primeiros dois encontros decorreram em outubro e novembro, servem como lançamento da 5ª edição do eHealth Summit Portugal, que vai ter lugar, nos dias 14 e 15 de março de 2023, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

ATEHP – Boas Festas

As Direções da ATEHP e da TH desejam a todos um Feliz Natal e um Bom Novo Ano, pleno de saúde e de sucessos pessoais e profissionais.

 

Direção executiva do SNS vai criar mais quatro ULS

A Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) está a elaborar os planos de negócio para quatro novas Unidades Locais de Saúde (ULS), passando o SNS a dispor de 12 unidades, o equivalente a um aumento de 50 por cento.

A Direção Executiva do SNS adiantou à agência Lusa que iniciou os trabalhos para a elaboração dos planos de negócio para quatro novas ULS: Guimarães, Aveiro, Entre o Douro e Vouga, e Leiria.

Com estas quatro novas unidades, o SNS, que dispõe atualmente de oito ULS – Matosinhos (criada em 1999), Norte Alentejano (2007), Guarda (2008), Baixo Alentejo (2008), Alto Minho (2008), Castelo Branco (2010), Nordeste (2011) e Litoral Alentejano (2012) – passará a dispor de 12.

“Dez anos depois da criação da última ULS, assiste-se agora a uma pequena revolução neste processo”, destacou a direção executiva do SNS, lembrando que “atualmente, as Unidades Locais de Saúde prestam cuidados a uma população superior a um milhão de habitantes”.

O diretor-executivo do SNS, Fernando Araújo, salientou que este aumento de 50 por cento de ULS no país “representa uma dimensão profunda na construção de instrumentos de planeamento e organização do SNS, com relevantes ganhos em saúde, através da otimização e integração de cuidados, da proximidade assistencial, da autonomia de gestão, do reforço dos cuidados de saúde primários, sempre com o foco nos utentes”.

Esta abordagem vai “definir a reorganização” das instituições do SNS, que passam a assumir a resposta assistencial ao nível dos cuidados de saúde primários e cuidados hospitalares de forma integrada.

O plano de negócio das quatro novas ULS vai incluir a análise dos impactos clínicos e financeiros desta forma de organização, assegurando “os ganhos em saúde gerados pela integração de cuidados, pela proximidade das decisões, pelo incremento da autonomia das novas instituições, promovendo os cuidados de saúde primários como a base do sistema, fornecendo os meios e os recursos necessários para a sua missão”.

A Direção Executiva do SNS adiantou também que iniciou a elaboração do plano de negócios para integrar no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra o Hospital Arcebispo João Crisóstomo – Cantanhede e o Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro – Rovisco Pais, “visando aumentar o acesso e a eficiência”.

Os processos, que têm por objetivo a proximidade e integração de cuidados, bem como a autonomia das organizações, deverão estar terminados no primeiro semestre do próximo ano.

ULS da Guarda adquire sistema de apoio à investigação científica

A Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda adquiriu um dispositivo de Edge Computing, que permitirá à instituição dar os primeiros passos para a condução de investigação científica com os registos clínicos, de forma segura e sem partilha de dados.

Este dispositivo, denominado AWS Snowball Edge, foi utilizado pela primeira vez por investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e da ULS de Matosinhos para o desenvolvimento dos primeiros estudos de representatividade populacional feitos em Portugal, e dos quais têm resultado diversas publicações científicas que caracterizam a prevalência, incidência, outcomes e custos com a saúde das populações servidas pelas instituições.

Na ULS da Guarda, este tipo de abordagem inovadora vai permitir a caracterização rigorosa das necessidades de saúde das populações da sua área de influência e contribuirá para a capacitação dos seus profissionais e sua integração na rede de investigação clínica internacional EHDEN (European Health Data and Evidence Network), fomentando a produção científica de alto impacto e contribuindo, com base na sua própria evidência, para a tomada de decisão.

CHS investe em novo sistema de comunicação com utentes

No âmbito de um projeto de modernização, o Centro Hospitalar de Setúbal (CHS) implementou um sistema de melhoria de comunicação com os utentes, através do serviço de mensagens escritas (SMS), no âmbito da Consulta Externa I e II.

Esta solução permite o contacto com os utentes por SMS, informa automaticamente sobre a marcação e desmarcação de consulta, com 72 horas de antecedência.

Com o objetivo de monitorizar e gerir as consultas de uma forma mais eficiente, este projeto visa melhorar a comunicação e a redução do número de faltas a consultas e possibilita uma melhor gestão ao nível da remarcação de consultas, uma vez que proporciona o reaproveitamento de tempos de consulta.

Novo centro de terapia genética em Oftalmologia no CHULC

O Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CHULC) constituiu um novo Centro Nacional de Terapia Génica em Oftalmologia (CNTGO), posicionando-se, assim, na primeira linha do panorama internacional e contribuindo para a mudança da qualidade de vida dos doentes afetados com distrofias retinianas de aparecimento precoce associadas a mutações no gene RPE6 que evoluem para cegueira.

O Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central constituiu um novo Centro Nacional de Terapia Génica em Oftalmologia, contribuindo para a mudança da qualidade de vida dos doentes afetados com distrofias retinianas de aparecimento precoce associadas a mutações no gene RPE6 que evoluem para cegueira.

No âmbito do CNTGO, foi realizada, no dia 29 de novembro, pela primeira vez, uma intervenção com medicamento órfão, que, graças a um mecanismo de transferência de genes para a retina, visa travar a evolução desta doença.

Durante a fase de ensaios clínicos, o tratamento demonstrou melhorar a visão, o campo visual e a capacidade de deambulação dos doentes, nomeadamente em condições de pouca iluminação, determinando uma melhoria significativa na sua qualidade de vida.

“Trata-se de um importante benefício clínico, tendo em conta a ausência terapêutica para esta doença progressiva ou degenerativa”, lê-se em comunicado divulgado.

O procedimento, em administração única para cada olho, é realizado em ambiente cirúrgico. A doença está classificada como rara, o que significa que o número de doentes afetados e com potencial de tratamento é limitado.

Farmácia de Ambulatório Central do CHULC entra em funcionamento

A Farmácia de Ambulatório Central do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CHULC), que concentra as atividades inerentes à dispensa presencial de medicamentos hospitalares aos utentes de todo o centro hospitalar, entrou em funcionamento, no Hospital de Curry Cabral, na primeira semana de novembro.

Na sequência da abertura deste novo espaço, encerraram, no dia 4 de novembro, os atuais ambulatórios farmacêuticos dispersos pelos vários hospitais, à exceção da farmácia de ambulatório do Hospital de Dona Estefânia, que continuará em funcionamento até ao final deste ano.

“Desta forma, pretende-se melhorar o serviço farmacêutico prestado ao doente, num espaço novo e com um sistema de agendamento que permitirá diminuir os tempos de espera para atendimento”, referiu o centro hospitalar em comunicado.

De acordo com o CHULC, com a entrada em funcionamento desta unidade técnica pretende-se ainda melhorar as condições de trabalho e a segurança dos profissionais de saúde envolvidos e melhorar a qualidade e eficiência dos atos farmacêuticos associados aos medicamentos de dispensa hospitalar.

Além deste serviço, mantém-se disponível o Programa de Dispensa em Proximidade, do qual beneficiam, atualmente, cerca de dez mil utentes.