Exercício teve como objetivo preparar as equipas da GNR e do hospital para responderem a cenários de alta complexidade, incluindo um incidente de ordem pública e uma ameaça de bomba

O Comando Territorial de Lisboa, no dia 14 de novembro, promoveu no Hospital de Cascais – Dr. José de Almeida, um exercício de simulação prática em tempo real (LIVEX) para dotar as equipas de capacidade para responderem eficazmente a situações críticas.

O exercício integra o Plano Anual de Treino do Destacamento de Intervenção de Lisboa e permitiu testar a interoperabilidade entre a GNR e o Hospital, aprimorando competências e procedimentos conjuntos. A simulação incluiu a participação de diferentes valências especializadas, como as equipas de intervenção rápida do Comando Territorial de Lisboa e as equipas cinotécnicas e de inativação de explosivos da Unidade de Intervenção (UI) da GNR. Foram ainda ensaiados protocolos de contenção de ordem pública, evacuação de áreas, deteção e desativação de explosivos, em estreita coordenação com os Bombeiros Voluntários de Alcabideche e o Serviço de Proteção Civil da Câmara Municipal de Cascais.

José Bento e Silva, Presidente do Conselho de Administração do Hospital de Cascais, destacou a importância do trabalho conjunto: “Treinar em conjunto com a GNR e outras entidades de emergência fortalece a nossa prontidão e assegura um nível elevado de proteção e confiança para os nossos utentes e profissionais.”

Para a GNR, o LIVEX é uma oportunidade de reforçar a prontidão e a capacidade de resposta em operações que exigem ação coordenada e imediata, maximizando a segurança dos envolvidos. Já para o Hospital de Cascais, a iniciativa sublinha a importância da inovação em segurança, garantindo a proteção e bem-estar da comunidade, sublinha o comunicado das instituições.

Este exercício contou também com a participação dos Bombeiros Voluntários de Alcabideche e do Serviço de Proteção Civil da Câmara Municipal de Cascais.

Associados passam a dispor, a partir do início de novembro, de uma Unidade de Endoscopia Digestiva e de uma consulta de rastreio do cancro colorretal. Unidade de Cirurgia Ambulatória é reaberta

Este aumento da oferta de cuidados de saúde nos Serviços Sociais da Câmara Municipal de Lisboa (SSCML) visa contribuir para um melhor e maior apoio à saúde dos Associados dos SSCML, dos seus utentes e de forma genérica à população da cidade de Lisboa.

Para além da prestação, há novos acordos entre os Serviços Sociais e o SNS, a ADSE e os subsistemas de saúde e seguradoras, especificamente para a Unidade de Endoscopia Digestiva.

Citado em comunicado, o presidente do Conselho de Administração dos SSCML, Bento Velhinho, considera a oferta “uma mais-valia no setor da saúde” para associados, utentes e munícipes. Já para Rui Miranda Julião, diretor clínico da instituição, “estas inaugurações demonstram a importância que os SSCML consagram à saúde, deixando ainda perceber que têm condições para continuar o seu percurso de crescimento e de juntar novas valências à oferta dos muitos serviços que já estão disponíveis.”

A Unidade Local de Saúde de Gaia e Espinho (ULSGE) teve o seu Sistema de Gestão da Qualidade certificado pela APCER – Associação Portuguesa de Certificação com a norma NP EN ISO 9001:2015.

A notícia foi avançada pelo portal do SNS, que detalha que o sistema de gestão agora certificado engloba atividades de colheita de sangue e tecido do cordão umbilical, aplicação de tecido músculo-esquelético, colheita, análise, armazenamento, distribuição e aplicação de córnea e membrana amniótica, assim como a colheita de órgãos de dadores em morte cerebral.

Este conjunto de processos envolve uma equipa com elementos de Ginecologia/Obstetrícia, Ortopedia, Oftalmologia, Medicina Intensiva Polivalente e Bloco Operatório, além da Coordenação Hospitalar de Doação, do Banco de Olhos e da Gestão da Qualidade.

Por José Torres Farinha

O acompanhamento e desenvolvimento da atividade das organizações devem ser feitos através de métricas quantitativas, materializadas através dos chamados quadros de indicadores. Por esta razão têm sido publicadas diversas normas muito importantes, cuja implementação avança a um ritmo consistente, mas que carece de ser incrementado.

Uma das famílias de normas mais relevantes é a das ISO 5500X (55000, 55001 e 55002), das quais se destaca a ISO 55001 (Sistema de Gestão de Ativos) – a norma que tem os requisitos para certificação.

Esta permite uma abordagem global da organização, na qual se enfatiza um elemento nela mencionado – o Strategic Asset Management Plan (SAMP), que deve estar alinhado e consistente com os objetivos da organização.

Para a monitorização da implementação do SAMP, a norma refere que a organização deve avaliar e reportar:

• o desempenho dos ativos;
• o desempenho da gestão de ativos, incluindo o desempenho financeiro e não financeiro;
• a eficácia do sistema de gestão de ativos.

Quando se referem ativos, a ênfase coloca- -se nos ativos físicos, e para estes assumem particular relevância as normas de manutenção, das quais se destaca a EN NP 15341: Manutenção – Indicadores de desempenho da manutenção (KPI).

A EN NP 15341 disponibiliza um quadro de indicadores de manutenção que permite escolher os mais relevantes para cada organização em si, de acordo com as suas especificidades. Porém, importa salientar que a elaboração de um quadro de indicadores deve ter sempre presente uma abordagem de benchmarking.

Depois de enfatizada a importância dos indicadores em qualquer organização, importa avaliar e definir quando e como começar a sua implementação. Ora dificilmente uma organização, neste caso hospitalar, iniciará um processo desta natureza diretamente através da implementação das normas referidas. Haverá sempre um período de sensibilização e de eventuais projetos piloto para iniciar o processo.

É nesta perspectiva que o dossier deste número da TecnoHospital se enquadra, refletindo informação e casos referentes a ativos físicos em hospitais, passíveis de contribuir para sensibilizar os decisores para a importância de os hospitais possuírem um quadro de indicadores que lhes permitam fazer o acompanhamento e desenvolvimento das suas atividades, tendo por base métricas quantitativas baseadas em KPI.

Leia a TecnoHospital nº 125, setembro/outubro de 2024, dedicada ao tema “Indicadores de gestão em engenharia da saúde”

A Unidade Local de Saúde do Médio Tejo (ULS Médio Tejo) encerrou o terceiro trimestre de 2024 com um crescimento de 18,8 % nos procedimentos realizados. Nunca se realizaram tantas cirurgias como este ano.

Até 30 de setembro, o balanço totaliza 8 572 atos cirúrgicos – o equivalente a 46 procedimentos realizados por dia útil. Mais sete do que no mesmo período do ano passado.

O aumento da capacidade de resposta às necessidades dos utentes também se verifica nos cuidados de saúde primários (CSP). Foram realizadas 256 670 consultas médicas presenciais nos CSP até ao final do terceiro trimestre do ano, um marco que representa um crescimento de 6 % face ao mesmo período do ano anterior. Trata-se de um valor superior em 11 000 consultas às metas definidas pela ULS Médio Tejo. Acrescem cerca de 180 000 consultas não presenciais – totalizando 435 944 atos realizados pelos CSP até ao final de setembro. Adicionalmente, as visitas domiciliárias – médicas e de enfermagem – registaram um aumento de 13,3 % homólogos, para um acumulado de 25 212 atendimentos.

Crescimento da atividade assistencial nos CSP

Em comunicado, a unidade refere que o crescimento da atividade assistencial nos CSP está intimamente relacionado com a sua integração com os cuidados hospitalares no âmbito da constituição da ULS Médio Tejo. O aumento de consultas realizadas nos CSP contrapõe com uma redução dos atendimentos dos serviços de atendimento permanente nos cinco serviços de Urgência Hospitalar da ULS Médio Tejo, que recuou 3 % homólogos nos atendimentos acumulados nos primeiros nove meses do ano. No entanto, a média diária de atendimentos mantém-se elevada, com cerca de 412 utentes atendidos por dia nas cinco urgências hospitalares da ULS Médio Tejo.

Consultas hospitalares

Nas consultas hospitalares o acumulado dos nove meses de 2024 apresenta, também, um assinalável crescimento. Realizaram-se, em média, 743 atos por dia útil, um acumulado de quase 140.000 consultas realizadas (139.745), o que corresponde a um aumento de 4 % face ao mesmo período do ano anterior. As primeiras consultas, essenciais para o acesso a cuidados diferenciados, registaram igualmente um crescimento de 3 %.

A hospitalização domiciliária cresceu 9 % face ao mesmo período do ano anterior.

BPM Pro 2 é um medidor de pressão celular da Withings Health Solutions que recolhe medições extremamente precisas.

Para além da precisão das medições, este equipamento da Withings Health Solutions contém uma função que lhe permite recolher dados com contexto sobre a vida dos pacientes. O dispositivo reúne informação como sintomas e adesão à medicação, o que reduz o trabalho clínico, libertando as equipas para dar mais atenção aos doentes com mais necessidades.

O aparelho, para usar em casa, mede o ritmo cardíaco e a pressão arterial. É um dispositivo portátil, compacto e concebido para ser user-friendly. Podem ser usadas braçadeiras de dois tamanhos. Tem um ecrã LCD a cores, pensado para ser apelativo e incentivar medições.

O BPM Pro 2 vem aumentar a fiabilidade de um tipo de medição que normalmente carece desse aspeto por falta de monitorização clínica. Os dados recolhidos permitem às equipas distinguir variações de rotina de eventos de saúde críticos.

A função Patient Insights permite colocar questões simples aos pacientes para ter acesso a informação adicional como padrões de sono, sintomas e medicação. O dispositivo também pode ser configurado para automaticamente levar os pacientes a repetir a medição caso haja um limite predeterminado. Existe também um módulo para orientar os doentes para as melhores práticas associadas às medições.

Concurso para a construção do centro de saúde da encosta da Penha foi lançado a 18 de outubro

O município de Guimarães lançou um concurso público com vista à construção do centro de saúde da encosta da Penha. O procedimento apresenta um valor base de 13.635.128,05 euros e o contrato será par executar em 456 dias. As propostas terão de ser apresentadas até 18 de novembro e os critérios de adjudicação serão o preço (60 %) e a valia técnica (40 %). Após o dia 18, os candidatos deverão manter as respetivas propostas por mais 120 dias.

De acordo com informação divulgada pela autarquia, o futuro edifício congregará os serviços de Unidade de Saúde Familiar, Unidade de Saúde Pública, Unidade de Cuidados de Comunidade, e Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados e Centro de Diagnóstico Integrado com Serviço de Atendimento Permanente. O edifício terá quatro pisos dotados de ventilação e iluminação naturais, e terá também áreas comuns de auditório, cafetaria e receção geral.

O edifício deverá ainda ter sistemas de produção de energia térmica, com recuperação de energia e baseados em fontes renováveis, nomeadamente sistemas fotovoltaicos.

Citado pelo portal do município, o Presidente da Câmara, Domingos Bragança, considerou o complexo uma unidade de “apoio essencial” ao Hospital Senhora da Oliveira.