Médicas do CHULC apresentam projeto de gestão de resíduos hospitalares

Um grupo de médicas do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CHULC) desenvolveu um plano de melhoria que está a ser implementado nos blocos operatórios do centro hospitalar, com o foco na gestão de resíduos hospitalares

Da autoria de Cristina Romão, Patrícia Santos e Filipa Farias, o documento “Plano Estratégico e Operacional de Sustentabilidade Ambiental no Bloco Operatório”, que resulta de dois projetos de investigação – “Bloco operatório verde – sustentabilidade ambiental” e “UCA verde – sustentabilidade ambiental” –, destaca o objetivo de promover a implementação de medidas e comportamentos que resultem num menor impacto ambiental, no âmbito da atividade dos blocos operatórios do CHULC.

O plano está a ser apresentado em várias sessões de formação.

“O tema da sustentabilidade ambiental e´ marcado pela preocupação sobre a escassez dos recursos naturais, com a poluição, com as alterações climáticas e com as respetivas consequências nos ecossistemas. Um dos maiores contribuidores para o impacto ambiental, entre as organizações prestadoras de cuidados de saúde, são os hospitais”, referiu a médica anestesiologista Cristina Romão, citada em comunicado.

“O Bloco Operatório em concreto, caraterizado pela sua complexidade e por ser um grande consumidor de recursos e, consequentemente, um grande produtor de resíduos hospitalares, deve ser o motor de inspiração de um projeto estratégico de gestão ambiental e apresentar-se como um impulsionador para toda a organização hospitalar”, acrescentou Cristina Romão.

CRI de Obesidade do HSOG recebe certificado ACSA da DGS

O Centro de Responsabilidade Integrado de Obesidade (CRI-O) do Hospital da Senhora da Oliveira – Guimarães (HSOG) obteve o nível “ótimo” pelo Modelo de Acreditação ACSA da Direção-Geral da Saúde (DGS), no ano em que completa o seu triénio de funcionamento.

Ao longo destes três anos, de acordo com o comunicado do HSOG, “muitos foram os desafios que surgiram a este Centro de Responsabilidade Integrado de Obesidade, entre os quais, a necessidade da obtenção da acreditação deste serviço nos primeiros três anos do seu funcionamento de acordo com a legislação em vigor”.

“O objetivo deste Centro de Responsabilidade Integrado de Obesidade tem sido sempre a procura da excelência na prestação dos cuidados de saúde centrados no doente, colocando o CRI-O do HSOG como referência nacional no tratamento desta patologia, o que tem sido reconhecido pelos seus pares”, lê-se ainda no comunicado.

Para marcar este momento, o HSOG vai promover, no dia 30 de novembro, uma sessão oficial de entrega do certificado atribuído ao CRI-O pela coordenadora do Modelo de Certificação da DGS.

Falecimento do Sr. Fernando Neves Nunes da Costa – Nota de Pesar

“À memória do Sr. Fernando Neves Nunes da Costa 

A Associação de Técnicos de Engenharia Hospitalar Portugueses – ATEHP e a TecnoHospital, em nome dos seus Órgãos Sociais e Conselho de Redação, respetivamente, expressam, junto da sua Família e Amigos, Sentidas Condolências e o seu maior pesar, pela perda de um grande colaborador, uma pessoa amiga e dedicada, de uma inegável competência e amabilidade que, durante décadas, acompanhou cada um de nós, neste longo percurso Associativo e Editorial. 

Pela sua forma de estar e por tudo o que dedicou à ATEHP e à TecnoHospital, o Senhor Fernando Nunes deixa-nos uma dor e um vazio difíceis de ultrapassar.

Será sempre um exemplo e uma referência! 

Que descanse em Paz! 

A Direção

da ATEHP e da TecnoHospital”.

O funeral realizar-se-á amanhã, terça-feira, 5 de dezembro de 2023. As cerimónias fúnebres iniciam-se às 15 horas, na Igreja Matriz de Ceira.

 

Comissão executiva prepara instalação da ULS da Região de Leiria

Uma comissão executiva está a preparar a instalação da Unidade Local de Saúde (ULS) da Região de Leiria, que deverá entrar em funcionamento a 1 de janeiro de 2024.

“De acordo com o Decreto-Lei n.º 102/2023, publicado no passado dia 7 de novembro, entrou em funções no dia 8 de novembro uma comissão executiva, constituída pelo presidente do Centro Hospitalar de Leiria (CHL), Licínio de Carvalho, o diretor executivo do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) de Pinhal Litoral, Marco Neves, a diretora executiva do ACES do Médio Tejo, Diana Leiria, e o diretor executivo do ACES do Oeste Norte, João Gomes”, revelou o CHL em comunicado divulgado.

A comissão executiva, cujo mandato termina em 31 de dezembro, tem como objetivo “desenvolver todas as diligências necessárias” para que a nova Unidade Local de Saúde da Região de Leiria (ULS RL) inicie o seu funcionamento a 1 de janeiro de 2024.

“Já participámos numa reunião dinamizada pela Administração Central do Sistema de Saúde, onde foram delineados os objetivos de todas as comissões executivas nomeadas para colocar em funcionamento as novas ULS propostas pela Direção Executiva do SNS [Serviço Nacional de Saúde]”, afirmou o coordenador da comissão executiva e presidente do CHL, Licínio de Carvalho, citado na nota de imprensa.

Segundo Licínio de Carvalho, a comissão executiva também se reuniu e já está no terreno a trabalhar para que a abertura da nova ULS seja uma realidade”.

Uma das tarefas desta comissão é a elaboração da lista nominativa do pessoal da ULS RL, “para posterior validação da tutela, bem como a criação do Plano de Desenvolvimento Organizacional para o triénio 2024-2026 e a definição do Contrato-Programa para 2024”.

A Unidade Local de Saúde da Região de Leiria integra o CHL, o ACES do Pinhal Litoral, os centros de saúde de Ourém e de Fátima (atualmente integrados no ACES do Médio Tejo), e os centros de saúde de Alcobaça e da Nazaré (do ACES do Oeste Norte).

“A integração dos ACES, hospitais e centros hospitalares já existentes no modelo das ULS constitui uma qualificação da resposta do SNS, simplificando os processos, incrementando a articulação entre equipas de profissionais de saúde, com o foco na experiência e nos percursos entre os diferentes níveis de cuidados, aumentando a autonomia gestionária, melhorando a participação dos cidadãos, das comunidades, dos profissionais e das autarquias na definição, acompanhamento e avaliação das políticas de saúde, maximizando o acesso e a eficiência do SNS”, lê-se no preâmbulo do Decreto-Lei n.º 102/2023, de 7 de novembro.

Governo cria carreira no SNS de Técnico Auxiliar de Saúde

O Governo concluiu, a 15 de novembro, o processo negocial para criação da carreira de Técnico Auxiliar de Saúde (TAS), cumprido o compromisso assumido no Programa do XXIII Governo Constitucional.

A criação desta carreira, que abrange todos os profissionais que desenvolvem funções nas entidades integradas no Serviço Nacional de Saúde (SNS), independentemente do regime de vinculação, “representa uma valorização para os trabalhadores abrangidos, que se traduz, também, em ganhos para o SNS”, lê-se em comunicado.

Em termos remuneratórios, a transição para a carreira de TAS, traduz-se num acréscimo salarial de cerca de cem euros mensais, correspondente a um aumento de 13 por cento. A remuneração base da carreira passa a situar-se no nível 6 da tabela remuneratória única (TRU), cuja remuneração em 2024 será de 869,74 euros.

“Com esta medida, que abrange cerca de 24 mil trabalhadores que exercem funções na área da prestação de cuidados de saúde, para além dos ganhos para o sistema, valoriza-se de forma inequívoca o papel destes trabalhadores no funcionamento dos serviços de saúde e na prestação de cuidados à população”, refere ainda o SNS no comunicado.

O diploma, que entra em vigor no dia 1 de janeiro de 2024, “representa o reconhecimento, por parte do Governo, da especificidade e exigência das funções desempenhadas por estes profissionais no apoio ao processo complexo que caracteriza a atividade que diariamente é desenvolvida nos serviços e estabelecimentos de saúde pelas equipas multidisciplinares, nas quais se revela essencial o papel dos técnicos auxiliares de saúde”.

Hospital de Braga distinguido na Cirurgia Pediátrica Minimamente Invasiva

O Serviço de Cirurgia Pediátrica do Hospital de Braga foi distinguido com dois prémios de prestígio no Congresso Anual de Cirurgia Portuguesa de Cirurgia Minimamente Invasiva, realizado em Évora nos dias 3 e 4 de novembro de 2023.

O estudo apresentado por Inês Braga, médica interna do Serviço de Cirurgia Pediátrica do Hospital de Braga, comunicou os resultados clínicos e de desempenho da equipa de Cirurgia Pediátrica, de uma técnica inovadora de reparação de hérnia inguinal sem cicatriz, submetida a mil crianças.

A técnica foi implementada, desenvolvida, aperfeiçoada e divulgada pelo Serviço de Cirurgia Pediátrica do Hospital de Braga, ao longo uma década, e “representa um marco no avanço da cirurgia para os mais pequenos e estabelece novos padrões de excelência para o tratamento da hérnia inguinal na criança”, referiu o diretor do Serviço de Cirurgia Pediátrica do Hospital de Braga, Jorge Correia-Pinto.

O segundo prémio, na categoria de melhor vídeo, foi atribuído à apresentação do caso clínico de uma criança portadora de uma rara malformação das vias biliares. A abordagem laparoscópica, realizada por uma equipa multidisciplinar, foi destacada no vídeo editado por Sofia Martinho, médica interna no Serviço de Cirurgia Pediátrica do Hospital de Braga.

O caso apresentado sublinha os benefícios da abordagem inovadora, que resulta da colaboração sinérgica entre diversas especialidades, representando um avanço significativo no tratamento de malformações biliares em crianças.

“As duas distinções são testemunho da dedicação contínua do Serviço de Cirurgia Pediátrica do Hospital de Braga com a excelência e cuidado dedicado aos utentes. O Hospital de Braga reforça, assim, o compromisso na promoção do avanço da Cirurgia Pediátrica, a procura constante por métodos cada vez menos invasivos nos procedimentos cirúrgicos em pediatria, e a liderança e inovação nesta área”, referiu o hospital em comunicado enviado à redação.

Centro de Reprodução do CHUSJ quase duplica resposta na Procriação Assistida

O Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), no Porto, que criou há quatro meses o primeiro Centro de Responsabilidade Integrada em Medicina de Reprodução (CRI-MR) do país, está “quase a duplicar” a resposta à Procriação Medicamente Assistida.

“Não temos lista de espera para indução da ovulação, para criopreservação da fertilidade e as inseminações intrauterinas. As transferências de embriões criopreservados estão dentro do normal. Estamos a fazer, em produção adicional, a FIV [fertilização in vitro], os ciclos de microinjeção os PGT [Diagnóstico pré-implantação]”, descreveu a diretora do CRI-MR do CHUSJ, Sónia Sousa.

Lembrando que “o problema das listas de espera é um problema geral do país também nesta área”, em entrevista à agência Lusa Sónia Sousa resumiu o desempenho de quatro meses de CRI-MR com otimismo.

“Conseguimos diminuir a lista de espera e quase duplicar tratamentos. Para podermos aumentar ainda mais a resposta precisamos de mais instalações. O [conselho de administração do] hospital sabe isso e está sensível. Com instalações maiores, podemos contratar mais pessoas e fazer mais ciclos”, apelou a responsável.

O CRI-MR do CHUSJ é o primeiro do género em Portugal. Uma das áreas mais procuradas é o do diagnóstico genético pré-implantação, uma vez que este é o único centro no Serviço Nacional de Saúde a fazer este tipo de testes, recebendo, por isso, utentes de todo o país, incluindo Madeira e Açores.

O centro de responsabilidade em causa tem como objetivo dar resposta a casais que têm alguma doença genética ou familiar e pretendem não a transmitir aos filhos.

Sónia Sousa descreveu que neste CRI “é feito um tratamento, os embriões são biopsiados ao quinto dia e as células são analisadas para se ver quais os embriões que não são portadores da mutação responsável pelo gene”.

“Temos uma lista de espera bastante grande, mas neste momento até essa estamos a conseguir diminuir”, referiu.

O Hospital de São João faz este tipo de diagnósticos desde 1998. Os primeiros testes foram a alterações cromossómicas e à paramiloidose. Agora fazem também a outras doenças, como a Machado de Joseph ou a hemofilia.

Alguns destes procedimentos contam com a colaboração da equipa de genética da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

Sónia Sousa destacou o “grande adianto” dado à lista de espera das FIV, sendo objetivo “atingir até menos de um ano de lista de espera”.

“Há um problema que não conseguimos resolver que é o dos casais que têm de recorrer a dador porque é necessário pedir os gâmetas ao banco público e aí a lista de espera é à volta de três anos”, contou a diretora.

Em causa está o facto de o número de dadores ter diminuído sem acompanhar o aumento de procura que aconteceu recentemente, nomeadamente dada a inclusão na lei de acesso dos casais de mulheres e das mulheres sozinhas.

“Não temos autonomia nessa matéria”, disse a responsável do CRI-MR do CHUSJ, apelando ao incremento das ações de sensibilização e divulgação, por exemplo junto das faculdades.

Em tratamentos de primeira linha, com este CRI a resposta do CHUSJ passou a ser imediata. Já em tratamentos de segunda linha, antes da criação do CRI-MR eram 680 os utentes em espera. Com o CRI-ME, a redução da lista de espera supera os 50 por cento (323 utentes em espera).

Quanto a tempo de consulta, antes da criação do CRI-MR a espera rondava os oito meses, o que ultrapassava os Tempos Máximos de Resposta Garantidos (TMRG). “Atualmente não temos nenhum utente fora do TMRG”, referiu Sónia Sousa.

O CRI-MR do CHUSJ tem cinco médicos, seis biólogos, três enfermeiros, dois administrativos e um assistente operacional. “Temos uma equipa muito dedicada. E quantas vezes recebemos visitas de pais para dar a conhecer os bebés”, contou a diretora a apontar para quadros de fotografias e desenhos de crianças, lamentando que a pandemia da covid-19 tenha, no entanto, mudado alguns hábitos.

CHUSA lança primeiro Banco de Córneas de Cultura no país

O Centro Hospitalar Universitário de Santo António (CHUSA), no Porto, lançou o primeiro Banco de Córneas de Cultura em Portugal, um projeto que permitirá aumentar o número de doentes transplantados.

Em declarações à agência Lusa, o diretor de serviço de oftalmologia, Pedro Menéres, contou que o CHUSA obteve já aprovação do Ministério da Saúde, da Direção-Geral de Saúde e do Instituto da Transplantação, sendo “grande o potencial de crescimento”.

“É um projeto em que minoramos os custos, graças ao aproveitamento de estruturas existentes. Contamos alcançar mais colheitas e mais tempo de preservação, pelo que esperamos aumentar bastante a transplantação de córneas ajudando mais doentes em risco de cegueira ou que já estão mesmo com a visão próxima de não útil para as suas atividades do dia a dia”, disse o clínico.

A córnea é, no olho, a estrutura transparente que está à frente da íris. O desafio neste tipo de intervenções é devolver transparência quando há patologia que põe em causa essa passagem de luz.

Considera-se que a escassez de tecidos é o passo limitante do processo de transplantação de córneas.

O Hospital de Santo António fez o primeiro transplante de córnea em 1958 e, até 1980, foram efetuados 198, o que representava uma média de nove por ano.

Em 1980, o hospital criou o Banco de Olhos para córneas refrigeradas, o que permitiu a conservação das córneas por alguns dias, possibilitando uma atividade mais regular. Atualmente faz entre 150 e 200 transplantes de córnea por ano.

A colheita de córneas para transplante é feita a dadores cadáveres através de duas formas: conservação a frio (córneas refrigeradas) e conservação em meio de cultura (córneas de cultura).

“Passando a apostar também na cultura – atualmente Portugal recorre a bancos estrangeiros – temos a expectativa de aumentar os tratamentos. A mudança para cultura permite aumentar muito a capacidade”, resumiu Pedro Menéres.

O diretor de serviço explicou que com este banco de cultura o número de potenciais dadores, quer pela idade quer por se poder combater melhor outros problemas de saúde e infeção, aumenta, bem como o tempo de preservação. “A preservação vai até um mês em vez de uma semana ou duas”, apontou.

Isto porque a preservação a frio permite a utilização das córneas até um máximo de 14 dias, tratando-se de um método com outras limitações porque exclui os dadores acima dos 80 anos de idade e as vítimas de septicemia.

A preservação efetuada em meio de cultura permite o uso até 34 dias. A idade e a septicemia não são critérios de exclusão.

Na informação remetida à Lusa, o CHUSA acrescentou que “o robustecimento do programa permitirá a oferta de córneas a outros hospitais”.

“Temos muitos doentes em lista de espera porque esta patologia tem crescido e a nossa esperança de vida também tem criado mais desafios (…). Vamos dar um salto de qualidade [ao passar a banco de córneas de cultura]”, disse Pedro Menéres.

Aos jornalistas, o oftalmologista adiantou que o banco de cultura do CHUSA passou agora a primeira fase, com a formação de técnicos e a especificação dos equipamentos. “Na prática está pronto a entrar em ação muito breve, este mês”, apontou.

Ortopedia do CHBM realiza cirurgia endoscópica da coluna

O Serviço de Ortopedia do Centro Hospitalar Barreiro Montijo (CHBM) iniciou, no mês de setembro, uma nova técnica de intervenção cirúrgica, sendo o primeiro hospital público da Península de Setúbal a realizar a mesma.

Trata-se de uma cirurgia endoscópica da coluna em doentes com patologia degenerativa da coluna lombar, por exemplo, em casos de hérnia discal, canal estreito lombar, entre outras.

“Esta técnica é minimamente invasiva; destina-se ao tratamento de diversa patologia do ráquis vertebral, com uma versatilidade e aplicabilidade vasta; e permite no futuro minimizar os riscos, complicações e tempo de recuperação pós-operatória dos doentes”, explicou o diretor do Serviço de Ortopedia, Jorge Martins.

“Continuamos, claro, a realizar cirurgia convencional, ‘aberta’, da coluna lombar, reservada para casos em que a cirurgia endoscópica ainda não consegue oferecer resultados satisfatórios”, acrescentou o responsável.

De acordo com o CHBM, a cirurgia endoscópica da coluna traz vantagens para os doentes intervencionados uma vez que permite diminuir drasticamente a agressividade cirúrgica, através de uma única incisão com cerca de um centímetro; e a reabilitação pós-operatória é também mais célere e com maior controlo da dor.

Além disso, “há uma melhor visualização das estruturas nervosas, o que permite diminuir o risco de lesão iatrogénica das mesmas”, explicou um dos ortopedistas do CHBM que realiza esta intervenção cirúrgica, Fernando Silva.

Aberta Unidade Funcional de Hematologia com tratamentos avançados no CHL

O Centro Hospitalar de Leiria (CHL) anunciou a abertura da Unidade Funcional de Hematologia, integrada no Serviço de Sangue, que irá prestar cuidados de excelência e tratamentos avançados na área de hemato-oncologia.

Integrada no Serviço de Sangue, a unidade visa “responder às necessidades específicas dos doentes hematológicos e hemato-oncológicos”, lê-se numa nota do centro hospitalar.

A funcionar no Hospital de Dia Polivalente do Hospital de Santo André, em Leiria, esta nova valência tem “como principais finalidades prestar cuidados de excelência e tratamentos avançados na área de hemato-oncologia, fomentar a autonomia e a qualidade de vida dos doentes hematológicos e promover o acesso atempado com redução do tempo de espera para a consulta externa e tratamentos em Hospital de Dia de hematologia e hemato-oncologia”.

A Unidade Funcional de Hematologia irá realizar a triagem da consulta de Hematologia Clínica e de Hemato-Oncologia, assim como o “diagnóstico e o tratamento de doentes adultos com patologias hematológicas benignas, com exceção da patologia congénita do glóbulo vermelho, bem como o diagnóstico e tratamento de doentes adultos com patologia hemato-oncológica”.

“O aumento crescente da complexidade de casos, os avanços tecnológicos nos diagnósticos destas doenças, associado ao aumento da expectativa de vida desta população exige uma célere resposta desta especialidade médica, quer a nível diagnóstico, quer a nível terapêutico para definir e implementar o melhor tratamento”, adiantou a coordenadora da Unidade Funcional de Hematologia, Raquel Lopes, citada na nota de imprensa.

Segundo a também assistente hospitalar de Hematologia Clínica, “os tratamentos mais recentes deixam a esperança da possibilidade de cura em alguns doentes, nomeadamente com a utilização de imunoterapia ou quimioterapia, em associação com a transplantação de medula óssea”.

A atividade diária da unidade é feita em articulação com as áreas da nutrição e dietética, farmácia, serviço de urgência, serviço social, internamento e serviços laboratoriais, e as especialidades de Medicina Interna, Cuidados Paliativos, Cirurgia Geral, Radiologia, Ortopedia e Medicina Física e de Reabilitação, refere ainda o comunicado.

A patologia hemato-oncológica, cuja incidência aumenta com a idade, tem vindo progressivamente a crescer, em parte como consequência do envelhecimento da população, explicou o CHL, ao adiantar que os linfomas não Hodgkin constituem os tumores hematológicos mais frequentemente diagnosticados e uma das neoplasias mais comuns.

Esta nova área conta com duas assistentes hospitalares de Hematologia Clínica e o apoio de profissionais de enfermagem, assistentes operacionais e assistentes técnicas.