Teleconsultas devem crescer 80%, a nível mundial, até 2025

Um estudo da consultora britânica Juniper Research concluiu que o número de teleconsultas realizado a nível global irá chegar aos 765 milhões em 2025, comparativamente aos 422 milhões de 2021, o que representa um aumento de 80 por cento. As teleconsultas permitem aos doentes e aos prestadores de cuidados interagir remotamente através de apps de saúde e videochamadas.

As conclusões da consultora indicam também que o principal fator que leva à adoção de serviços de teleconsulta entre prestadores e pacientes é a maior eficiência proporcionada aos primeiros e a melhoria de cuidados aos segundos. O estudo realça, contudo, que o funcionamento destes sistemas requer uma estrutura técnica significativa, o que inclui, por exemplo, uma ligação de banda larga robusta.

O subcontinente indiano será a região a registar mais teleconsultas até 2025, uma região onde este sistema já é popular.

Em média, cada pessoa recorrerá à teleconsulta 3,6 vezes por ano, mas estes números deverão ser mais elevados em países com sistemas de saúde universais ou naqueles onde haja um reembolso completo destas consultas.

CHO estabelece dois protocolos de cooperação com o CHPL

O Centro Hospitalar do Oeste (CHO) estabeleceu dois protocolos de cooperação com o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa (CHPL), que visam facilitar e agilizar o acesso dos utentes às consultas médicas e exames complementares de diagnóstico e terapêutica no âmbito da psiquiatria e saúde mental.

Nos últimos anos, devido à ausência da valência de psiquiatria na Unidade de Torres Vedras, a prestação de cuidados de saúde mental em internamento e em ambulatório à população da área geográfica desta unidade hospitalar tem vindo a ser assegurada pelo CHPL, através do Núcleo de Intervenção Comunitária de Torres Vedras (NIC – Torres Vedras).

“Com a alteração do estatuto jurídico do CHO em 2018 e a contratação de um maior número de médicos psiquiatras, foi exequível implementar um novo modelo de funcionamento, mais eficiente, complementar e integrado”, referiu o centro hospitalar em comunicado.

“Neste sentido, está a decorrer a transferência progressiva da prestação de cuidados de psiquiatria e de saúde mental que tem vindo a ser assegurada pelo CHPL para o CHO, abrangendo a população dos concelhos de Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã”, acrescentou.

Para além deste protocolo, foi também firmado um acordo que permite aos utentes do NIC Torres Vedras do CHPL a realização de exames complementares de diagnóstico e terapêutica das especialidades de Patologia Clínica, Imagiologia e Cardiologia na Unidade de Torres Vedras do CHO.

Para o CHO, a implementação destes protocolos traduz-se numa oportunidade de articulação entre os hospitais do Serviço Nacional de Saúde, visando o aproveitamento da capacidade instalada, física e de recursos humanos, “de forma a responder, oportuna e adequadamente, às necessidades em saúde dos utentes da região Oeste, designadamente na área da psiquiatria e saúde mental”.

HDS atribui “identidade digital” às unidades de sangue doadas

O Hospital Distrital de Santarém (HDS) está a atribuir uma “identidade digital” às unidades de sangue que recebe, através de um equipamento que utiliza tecnologia por radiofrequência.

O diretor do Serviço de Imunohemoterapia do HDS, João Moura, explicou, citado em comunicado divulgado pelo hospital, que este projeto pioneiro “permite localizar, em tempo real, os componentes sanguíneos, assim como monitorizar ativamente os processos de transfusão”.

O médico, que apresentou o projeto no início deste mês no congresso anual da International Society of Blood Transfusion, refere que esta tecnologia permite que as unidades de sangue do banco de sangue do hospital fiquem codificadas com as informações que são relevantes do ponto de vista imunohematológico.

“Fazemos o estudo da unidade de sangue, a quantificação de anticorpos e a identificação de compatibilidades ou incompatibilidades”, mencionou o diretor, comparando a informação que é gerada a uma espécie de “bilhete eletrónico digital” da unidade de sangue.

A informação gerada através desta tecnologia fica centralizada e disponível num software, o que permite um acompanhamento das disponibilidades, condições e características de cada unidade de sangue.

João Moura apontou como grande vantagem a minimização da intervenção humana, tornando os processos mais informatizados e automatizados. Além disso, é restringida a possibilidade de erro na escolha das unidades de sangue e, consequentemente, aumentada a segurança.

Também após a libertação da unidade de sangue para transfusão, e em conjunto com o sistema de vigilância utilizado para monitorizar a cadeia transfusional, é possível acompanhar o seu trajeto e fazer a monitorização de todo o processo de transfusão – início, término, velocidade, condições da unidade, temperatura, eventuais reações adversas, etc…

Governo libertou 1,8 ME para ampliação da unidade do CHS

O Governo libertou a primeira tranche, de 1,8 milhões de euros, para as obras de ampliação do Hospital São Bernardo, integrado no Centro Hospitalar de Setúbal (CHS).

A construção de um novo edifício, no atual parque de estacionamento do Hospital de São Bernardo, deverá custar 17,2 milhões de euros, valor inscrito no Orçamento de Estado de 2021.

De acordo com o comunicado do CHS, a libertação desta primeira tranche do investimento, no valor de 1,8 milhões de euros, deverá permitir o arranque da construção do novo edifício, que terá de ser previamente submetida a concurso público internacional.

“O novo edifício terá uma área bruta de construção de 13.350 metros quadrados e 4.730 metros quadrados de exteriores”, informou o CHS, salientando ainda que, “além de um piso de estacionamento, está prevista, para já, a construção de mais três pisos sem prejuízo de, no futuro, se poder equacionar a possibilidade, já viabilizada nas atuais estruturas, de ampliação em altura do imóvel”.

Lançado portal europeu de informação sobre Saúde

A Comissão Europeia, através do projeto InfAct, uma Joint Action em Informação sobre Saúde, lançou o Portal de Informação sobre Saúde.

O objetivo é proporcionar à população europeia dados sobre saúde e cuidados de saúde. A página contém catálogos com dados de saúde e ferramentas, além de dar acesso a peritos e a guidelines. Também será uma porta de acesso a informação e metodologias sobre inovação em saúde e a apoio à decisão, que ajudará os investigadores através da disponibilização de dados.

O portal pode ser consultado em https://www.healthinformationportal.eu/

Projeto de digitalização da informação clínica vai ser replicado em vários hospitais

O “Repositório Clínico Digital”, um projeto inovador de desmaterialização dos registos clínicos em papel promovido pelo Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), em parceria com a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB) e com o apoio da Secretaria-Geral do Ministério da Saúde, servirá como modelo, tendo em vista a sua replicação em vários hospitais do Serviço Nacional de Saúde.

Este projeto, que será apresentado hoje no âmbito do Dia Internacional dos Arquivos, visa contribuir para a racionalização da produção e uso de registos clínicos em papel, através do maior controlo de circuitos de documentos, com dinamização dos resultados do projeto nas áreas de Secretariados Clínicos.

O “Repositório Clínico Digital” pretende melhorar o acesso dos profissionais de saúde aos registos clínicos em papel (disponibilidade 24 horas, sete dias por semana) de forma integrada com o processo clínico eletrónico, garantindo ao mesmo tempo a necessária segurança da informação utilizada pelos profissionais, diminuindo a circulação de registos em papel, com o objetivo de uma maior eficiência dos processos de trabalho e garantia de preservação digital da informação, bem como na gestão dos espaços de depósito de arquivo.

Atualmente, o CHUSJ possui mais de dois milhões de processos clínicos de utentes, preservados desde a sua fundação em 1959 até aos nossos dias, contabilizando-se um volume de documentação em papel de 15 quilómetros lineares. Este projeto permitiu ganhos na racionalização de espaços, com libertação de três zonas correspondentes a uma área superior a 240 metros quadrados, que estão agora alocadas a áreas de distribuição do fardamento, vestiários e à nova Ressonância Magnética.

As linhas gerais do projeto foram apresentadas esta segunda-feira pelos responsáveis do CHUSJ a vários membros de conselhos de administração de outros hospitais do SNS, tendo ficado decidida a realização de workshops em conjunto com a Secretaria-Geral do Ministério da Saúde para a sua discussão em profundidade, com um mapeamento do processo e descrição dos requisitos necessários, bem como a apresentação das políticas e procedimentos de organização da informação clínica.

Novo regulamento de dispositivos médicos da UE entrou em vigor

O novo regulamento de dispositivos médicos da União Europeia (UE), que visa tornar os medicamentos e os dispositivos médicos mais disponíveis, acessíveis e baratos, é aplicado desde o dia 26 de maio.

De acordo com o Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, o novo regulamento representa uma atualização das diretivas existentes sobre dispositivos médicos, que estão em vigor há 30 anos e tem como objetivo fortalecer e melhorar o sistema regulamentar, de forma a garantir que sejam seguros e funcionem conforme planeado ao longo do seu tempo de vida.

A nova regulamentação visa igualmente assegurar que a inovação e o desenvolvimento de novas tecnologias sejam promovidos a nível europeu, para proporcionarem aos doentes e aos sistemas de saúde novas opções terapêuticas e de diagnóstico.

Com a aplicação do novo Regulamento dos Dispositivos Médicos, entram em vigor novas regras com vista a uma melhoria da avaliação da conformidade, da vigilância e fiscalização do mercado e da rastreabilidade, bem como garantir que estes produtos reflitam o conhecimento científico e tecnológico mais recente.

O Infarmed indicou ainda que esta legislação também proporciona mais transparência e segurança jurídica aos fabricantes e pretende fortalecer a competitividade internacional e a inovação no setor.

Ao contrário das diretivas, os regulamentos não precisam de ser transpostos para o direito nacional. O referido regulamento irá, portanto, limitar as discrepâncias de interpretação nos países que representam o mercado de dispositivos médicos da UE, sublinhou ainda o Infarmed.

Hospital de Vila Franca de Xira passa a gestão pública

O Secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Lopes, garantiu que o Hospital de Vila Franca de Xira deverá “manter ou melhorar a qualidade” do serviço na transição da gestão clínica privada para a esfera pública, defendendo que os utentes não serão afetados com esta mudança.

Estas declarações foram proclamadas no seguimento de uma reunião de passagem de testemunho entre as duas administrações à qual se seguiu uma visita ao hospital.

“Esse é o foco: que a mudança seja sentida o menos possível ou, se for sentida, que seja para melhor, tanto ao nível dos doentes, como ao nível dos profissionais que compõem o Hospital de Vila Franca de Xira. Os profissionais estarão cá no dia seguinte à transição para uma gestão pública e o hospital continuará a ser o mesmo”, salientou recordando o processo semelhante do Hospital de Braga, que considerou “que correu bem”.

Diogo Serras Lopes garantiu que não haverá “nenhuma redução de valências” com a mudança da gestão clínica, acrescentando, inclusivamente, que “existe a ideia de fazer um reforço daquilo que é a componente clínica do hospital” e que essas áreas serão alvo de análise da nova administração e da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.

decreto-lei que cria o Hospital de Vila Franca de Xira enquanto entidade pública empresarial foi aprovado, em reunião de Conselho de Ministros, no mês passado.

Vão ser criadas 20 novas Unidades de Saúde Familiar em 2021

Em 2021 vão ser criadas 20 novas Unidades de Saúde Familiar (USF) de modelo A, prevendo-se que, ao longo do ano, possam transitar até 20 unidades deste modelo organizativo para o modelo B, por decisão conjunta do Ministro de Estado e das Finanças e da Ministra da Saúde.

Consideradas como unidades de prestação de cuidados de saúde de proximidade e de nova geração, as USF de modelo A obedecem ao princípio da autonomia e da auto-organização por equipas de médicos e de enfermeiros.

Já o modelo B, ao qual se podem candidatar as unidades do modelo A, detêm um grau de autonomia superior, uma vez que podem aceder a incentivos financeiros mediante o cumprimento de objetivos preestabelecidos.

O estatuto de USF de modelo A pode ser atribuído a centros de saúde que funcionam ainda de acordo com o modelo de gestão clássico ou a centros construídos de raiz.

O Governo, que na anterior legislatura previa criar cem USF e autorizou 103 unidades, tem como objetivo universalizar o modelo no decurso dos próximos anos.

Criadas em 2005, as USF foram fundadas como uma forma alternativa ao habitual centro de saúde, prestando também cuidados primários de saúde, mas com autonomia de funcionamento e sujeitas a regras de financiamento próprias, baseados também em incentivos financeiros a profissionais e à própria organização.

O despacho que determina o número de USF de modelo A a constituir no ano de 2021 pode ser consultado aqui.

ULS Guarda aposta na digitalização para diminuir pegada ecológica

A Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda dispõe de uma plataforma de gestão documental processual, denominada GooPortal, que visa minimizar a utilização de papel.

A ULS pretende assim assegurar “o compromisso de manter práticas amigas do ambiente, incluindo a reciclagem, a reutilização e a redução dos consumos”, lê-se em comunicado divulgado.

Integrada na Unidade de Gestão Documental e Simplificação de Processos, a plataforma tem como objetivo a “desmaterialização, reengenharia e simplificação de processos transversais à organização, otimizando fluxos e circuitos de documentação/comunicação e, ao mesmo tempo, o aumento da transparência na tramitação dos mesmos”, destacou a ULS.

“Acreditamos que com esta nova funcionalidade estamos a contribuir para o aumento da transparência, segurança e integração da informação, reduzindo ainda custos inerentes à circulação da mesma, em suporte de papel”, referiu ainda a ULS Guarda.