Hospital de Ovar desmaterializa registos no Bloco Operatório

A plataforma Patient.Care (BSIMPLE), recentemente instalada no Hospital Dr. Francisco Zagalo – Ovar (HFZ-Ovar), permite desmaterializar os registos no Bloco Operatório, aprofundando, desta forma, o processo que decorre nesta unidade no âmbito do projeto HOSP: Hospital de Ovar sem Papel.

“Este projeto em concreto consiste na adoção de uma solução informática que visa estender o nosso processo de desmaterialização ao ambiente do bloco operatório”, disse o presidente do Conselho Diretivo do HFZ-Ovar, Luís Miguel Ferreira.

“Pretende-se com esta aplicação dotar o serviço de anestesiologia de um registo clínico que, de uma forma automatizada, recolhe dados dos diferentes dispositivos existentes, facilitando a prática clínica aos profissionais de saúde”, salientou a responsável médica do Bloco Operatório e Serviços Cirúrgicos, Eulália Sá.

Este sistema – desenvolvido em colaboração com equipas médicas e de enfermagem – destaca-se pela forma como trata e apresenta os dados clínicos e administrativos; pela facilidade de adaptação e parametrização; pela interoperabilidade com os vários dispositivos e sistemas existentes; e pela capacidade em se adaptar a novas realidades que surjam no dia-a-dia do contexto cirúrgico.

A facilidade com que se consegue obter relatórios estatísticos, que tanto servem para a gestão, estudos clínicos, publicações ou controlo de diferentes áreas da unidade, são também uma mais-valia desta plataforma.

CHTS descentraliza consulta de Urologia

O Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) arrancou com a Consulta Hospitalar Descentralizada na Unidade de Saúde de Cinfães, um projeto partilhado com o Agrupamento de Saúde do Tâmega I – Baixo Tâmega (ACES Tâmega I) e a Câmara Municipal de Cinfães.

O projeto tem como objetivo melhorar a acessibilidade e qualidade assistencial aos utentes deste concelho.

Com esta articulação entre os serviços torna-se possível a resposta imediata no agendamento de consulta a realizar por especialistas médicos e de profissionais de enfermagem, assim como todas as sessões de Hospital de Dia, nomeadamente cuidados de saúde urológicos, pensos cirúrgicos, administração de fármacos, incluindo oncológicos.

A descentralização da consulta da especialidade de urologia pretende ser uma resposta eficaz à melhoria da acessibilidade dos utentes aos cuidados hospitalares, assim como experiência para potenciar uma maior descentralização das consultas hospitalares das diferentes especialidades médicas.

O CHTS integra os hospitais de Penafiel e Amarante, servindo uma população de cerca de 500 mil habitantes, de 12 concelhos, em quatro distritos.

CHUCB investe na desmaterialização de processos da área financeira

Desmaterializar processos e aumentar a produtividade dos Serviços Financeiros do Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira (CHUCB), automatizando tarefas repetitivas e sem valor humano acrescentado, são os grandes objetivos do “Projeto SmartFin”, em curso na instituição.

Este projeto conta com a implementação de uma solução robótica para a automatização de processos (RPA – Robotic Process Automation) na referida área, e ainda com uma ferramenta para a gestão de processos de negócio (BPM – Business Process Management), que permite o mapeamento eficaz de todos os processos, fluxos de trabalho e otimização de serviços.

De acordo com o CHUCB, entre os processos de trabalho a realizar pelo RPA destacam-se os seguintes: pedido e atribuição de compromisso automático entre o Sistema de Gestão Integrado do Circuito de Medicamentos (SGICM) e o Sistema de Informação Centralizado de Contabilidade e Gestão Financeira (SICC); lançamento automático de faturas em conferência/conferidas de SGICM para SICC; circuito de requisições extra SGICM; circuito de aprovação de faturas extra SGICM; controlo de faturação às seguradoras (controlo da recolha de informação, controlo da autorização da seguradora e controlo da refaturação); lançamento automático de faturas por centro de custo, entre outros.

O valor total do investimento aprovado em 132 mil euros, teve um apoio do Fundo de Desenvolvimento Regional no montante de 112 mil euros.

Serviço de Imagem Médica do CHUC certificado pela DGS

O Serviço de Imagem Médica do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) foi certificado pela Direção-Geral de Saúde (DGS), através da agência internacional ACSA.

Para o diretor do Serviço de Imagem Médica, Paulo Donato, “a atribuição desta certificação resulta de um longo processo de melhoramentos introduzidos no serviço e marca o início de uma nova fase com a responsabilidade de melhoria contínua da qualidade dos serviços prestados”.

De acordo com o responsável, o Serviço de Imagem Médica tem uma atividade verdadeiramente global na radiologia, com uma resposta cada vez mais diferenciadora, “muito fruto do trabalho conjunto entre as várias especialidades médicas e cirúrgicas”.

“O serviço tem incorporado todas as novas técnicas de radiologia e radiologia de intervenção, tendo como objetivo principal a melhor assistência ao doente, o que tem sido alcançado e agora reconhecido com a certificação atribuída”, referiu ainda Paulo Donato.

O Serviço de Imagem Médica é um serviço hospitalar universitário com fortes componentes assistenciais – dispondo de 12 ecógrafos, 14 salas de radiologia, sete tomografias computorizadas, três ressonâncias magnéticas, dois angiógrafos e dois mamógrafos – e de ensino, acolhendo atualmente três disciplinas no Mestrado Integrado da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.

A atividade do serviço desenvolve-se em múltiplas áreas e vertentes, com presença física assegurada de forma contínua no Serviço de Urgência, que passa também pela resposta permanente da Radiologia Pediátrica, da Radiologia de Intervenção e da Neurorradiologia de Intervenção, em associação com a investigação clínica produzida e plasmada através de múltiplas publicações científicas.

A resposta assistencial é dada por 299 profissionais, sendo que destes 53 são médicos especialistas – 34 radiologistas e 18 neurorradiologistas –, 16 são médicos internos de radiologia e cinco de neurorradiologia, 95 são técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, 28 são enfermeiros, 22 são assistentes técnicos e 80 são assistentes operacionais.

Região Norte tem mais 18 Unidades de Saúde Familiar modelo B

A região Norte tem mais 18 Unidades de Saúde Familiar (USF) modelo B, assente em incentivos financeiros por objetivos, num total de 177, abrangendo uma população inscrita estimada de cerca de 2,2 milhões de cidadãos.

De acordo com o despacho, nº 12854-G/2021, de 30 de dezembro, da Ministra da Saúde, mais 18 USF, modelo A, transitam para modelo B, na Região de Saúde do Norte, desde o dia 1 de janeiro do ano em curso.

“Assim, na região Norte, a partir desta data, passam a existir 177 USF Modelo B (56,4 por cento do total de USF Modelo B do país) que terão uma população inscrita, estimada, de cerca de dois milhões e 200 mil cidadãos, 58,5 por cento da população nortenha”, afirmou em comunicado a Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte.

As USF são pequenas equipas que se auto-organizam e subscrevem um compromisso de prestação de serviços de elevada qualidade com as populações nelas inscritas, através do respetivo Agrupamento de Centros de Saúde. Tal compromisso abrange as áreas da acessibilidade, continuidade e globalidade dos cuidados de saúde, com eficiência, prestação de contas e avaliação.

As USF podem candidatar-se a um sistema remuneratório específico sensível ao desempenho, que remunera de forma positiva, quer o aumento dos cidadãos inscritos, quer o cumprimento das atividades a que estão obrigados no âmbito dos compromissos assumidos.

De salientar que o número agora anunciado (mais 18 USF modelo B) corresponde à maior transição verificada, desde 2009, nesta Região de Saúde.

A ARS do Norte realçou também que, recentemente, foram criadas, e já se encontram em funcionamento, mais cinco novas USF (modelo A) – Afurada; Foz do Minho; Homem do Leme; São Geraldo e São Tiago –, sendo que, também nesta data e neste modelo, existem 97 unidades neste modelo com cerca de 792 mil utentes inscritos.

Com estas novas USF, no total, na região Norte há quase três milhões de cidadãos inscritos em USF, 79,6 por cento.

O Despacho n.º 12854-G/2021 pode ser consultado AQUI.

CHUCB moderniza área da imagiologia com solução de interoperabilidade digital

O Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira (CHUCB) modernizou o processo de digitalização, distribuição, acesso e arquivo de imagens médicas, promovendo a sua total integração e interoperabilidade digital.

Este centro hospitalar candidatou-se ao SAMA 2020 e através de financiamento comparticipado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) implementou um upgrade revolucionário ao seu sistema de gestão de imagem.

O projeto eSG3ID (ecosSistema de Gestão Integrada de Imagem e Interoperabilidade Digital) veio introduzir uma substancial modernização na área da imagiologia, e em outras áreas do hospital, através da implementação de três soluções tecnológicas que interromperam entre si.

Entre as mais-valias deste projeto, destaca-se a maior segurança no armazenamento e acesso ao arquivo de imagem médica do hospital, a diminuição dos tempos de espera ou resposta para diagnóstico, e ainda a diminuição da utilização de papel e consumíveis.

Mais 20 Unidades de Saúde Familiar passam para modelo B

A ministra da Saúde, Marta Temido, anunciou hoje que o Governo autorizou mais 20 Unidades de Saúde Familiar (USF) a passar para o modelo B, num total de 40 este ano.

A governante, que falava no parlamento durante a interpelação ao Governo sobre Saúde, adiantou que hoje há mais 142 unidades de saúde familiar do que em 2015.

As USF de modelo B assentam num modelo de incentivos que visa potenciar as aptidões e competências de cada profissional, premiando o desempenho individual e coletivo, tendo em vista reforçar a eficácia, a eficiência e a acessibilidade dos cidadãos aos cuidados de saúde primários.

Insistiu que o Governo recrutou mais profissionais de saúde e que o saldo líquido é de 852 médicos de família face a dezembro de 2015.

A governante lembrou, contudo, que há mais inscritos no Serviço Nacional de Saúde – mais 388 mil, dos quais 138 mil este ano.

“É a imagem de um SNS [Serviço Nacional de Saúde] que não deixa ninguém à porta”, afirmou.

O Ministério da Saúde já tinha aprovado a transição de 20 USF do modelo A para o modelo B em setembro passado.

Assembleia Geral Eleitoral da ATEHP

Decorreu no dia 30 de setembro p.p. a Assembleia Geral Eleitoral da ATEHP, composta por duas partes distintas que, dada a situação atual da pandemia da Covid-19, teve a sua realização tanto em formato presencial como virtual.

Na primeira metade procedeu-se à apresentação e discussão do Relatório e Contas do ano de 2020 apresentados pela Direção cessante, os quais foram aprovados por maioria absoluta.

Procedeu-se, numa segunda fase, à eleição dos Corpos Sociais da nossa Associação para o biénio 2021-2022, com a introdução em urna dos votos chegados por correspondência e da votação dos associados presentes. Terminada a votação, procedeu-se à contagem dos votos, tendo sido eleita a Lista A (proposta pela anterior Direção), com a maioria absoluta dos votos a favor e com dois votos em branco.

Uma vez escrutinados os votos procedeu-se à tomada de posse dos novos Corpos Sociais eleitos passando-se, de seguida, à apresentação do Plano de Ação e Orçamento para o ano de 2021, que foram igualmente aprovados por maioria absoluta.

 

ORGÃOS SOCIAIS ELEITOS (biénio 2021-2022)

MESA DA ASSEMBLEIA GERAL

Presidente: Eng. João Durão Carvalho – ex CHU Lisboa Norte

1º Secretário: Eng. José Batista – ex CH Porto

2º Secretário: Engª. Bárbara Rodrigues – CHU Lisboa Norte

Vogal: Eng. Carlos Pinto – SUCH Centro

 

DIREÇÃO

Presidente: Eng. António de Oliveira Ribeiro – CHU Cova da Beira

Vice-Presidente: Eng. Abraão Ribeiro – NeoValor, Ambiente e Saúde

Secretario: Eng. Paulo Lopes – SUCH Centro

Tesoureiro: Eng. Luís Duarte – SUCH Centro

Vogal: Eng. Francisco Brito – SUCH Norte

Vogal Suplente: Eng. José Torres Farinha – Inst. Sup. de Engenharia de Coimbra

Vogal Suplente: Eng. Luís Marques – CHU Lisboa Norte

 

CONSELHO FISCAL E DE DISCIPLINA

Presidente: Eng. José Graça Rocha – ex ARS Norte

Relator: Eng. João Barranca – ULS Guarda

Vogal: Eng. João Infante – ARS Lisboa e Vale do Tejo

Vogal Suplente: Eng. João Ricardo Teixeira – SUCH Sul

PRR – Transição Digital na Saúde

A ATEHP aderiu a uma plataforma de associações da área da saúde, “Reforçar o SNS”, com o objetivo de promover a divulgação e a discussão do Plano de Recuperação e Resiliência na Saúde. Foi elaborado um documento designado ”PRR e a Saúde – Contributos, Limitações e Fatores Críticos de Sucesso”, que depois de entregue á Tutela, foi distribuído ás diversas Associações.

Constatando-se que a Transição Digital, apesar dos 300 milhões de euros atribuídos, não se apresentava com objetivos claramente definidos e compreensíveis, nomeadamente a criação do processo clínico eletrónico – registo de saúde eletrónico, objetivo este consensual entre os profissionais de saúde, foi decidido criar um pequeno Grupo de Trabalho para o RSE, integrando personalidades empenhadas na defesa do SNS e especialistas e/ou conhecedoras da matéria.

Após reuniões com a Senhora Ministra da Saúde, o Presidente da Administração Central dos Serviços de Saúde (ACSS) e o Presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), ficou bem clarificado que:

  1. O objetivo do PRR- Transição Digital na Saúde, não é a criação do registo de saúde eletrónico, mas sim o desenvolvimento de softwares vários em melhoria dos existentes, a compra de computadores e telefones e investimentos em redes e armazenamento de dados, conforme pode ser comprovado pela consulta a PART 2: DESCRIÇÃO DAS REFORMAS E DOS INVESTIMENTOS – A. COMPONENTE 1: Serviço Nacional de Saúde, ver Investimento RE-C01-i06: Transição Digital da Saúde.
  2. Os SPMS, no que se refere à transição digital, reportam diretamente ao Ministério da Economia e o conteúdo do PRR elaborado pelos SPMS, que não foi validado pelo Ministério da Saúde, não pode por este ser alterado.

Na ultima reunião ocorrida em 29 de setembro entre os SPMS, o Grupo de Trabalho para o RSE e com a participação da ACSS, apesar da situação descrita acima, foi acordado que a ACSS irá constituir um Grupo de Trabalho com o objetivo da criação do processo clinico eletrónico integrando o Grupo de Trabalho para o RSE, Técnicos da ACSS e dos SPMS, podendo recorrer a consulta dos profissionais de saúde necessários.

A Plataforma Reforçar o SNS considera que o desenvolvimento e implementação do novo modelo de sistema de informação para o Serviço Nacional de Saúde deverá por um lado passar

  1. a) pela substituição de todo o conteúdo do PRR- Transição Digital na Saúde, por um Plano Estratégico visando um modelo de RSE – Processo Clínico Eletrónico e por outro lado,
  2. b) pela tutela funcional do Plano Estratégico para o RSE pelo Ministério da Saúde, garantindo que a transição digital da saúde decorra integrada na política de saúde, com
  3. c) a criação de uma Unidade de Missão para o Plano Estratégico do Processo Clinico Digital, com poder decisório delegado pela tutela do SNS ao mais alto nível e composta por personalidades de reconhecida competência e empenho na defesa do SNS. Através dos regimes de mobilidade legais ou de contratação, devem ser recrutados quadros técnicos com perfil, experiência e conhecimentos adequados à prossecução dos objetivos operacionais da Unidade de Missão, que deverá elaborar e desenvolver um Plano Diretor identificando os recursos existentes, as condicionantes, as especificações devidamente desenvolvidas de acordo com as normas internacionais, assim como o detalhe das ações a desenvolver, recursos humanos, materiais e financeiros a afetar a cada ação, plano de formação de técnicos de informática e responsáveis.

Sendo o PRR uma oportunidade única para ser criado em Portugal o processo clinico eletrónico, que não se admite seja perdida, a Plataforma Reforçar o SNS levará a cabo um conjunto de ações visando informar e influenciar a sociedade e os Órgãos de Poder:

– Conferência nacional sobre o tema Processo Clinico Eletrónico, para a qual se encontra já garantida a participação de personalidades de relevo politico;

– Reuniões com todos os Grupos Parlamentares para apresentação da situação e dos objetivos da Plataforma e, eventualmente, a apresentação de Projetos de Lei visando ultrapassar as condicionantes existentes;

– Reunião com o presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR, Prof. Doutor António Costa Silva.

Audiência com a Ministra da Saúde – Plataforma “Reforçar o SNS”

A Plataforma Reforçar o SNS, na qual se integra a ATEHP, foi recebida em audiência pela Senhora Ministra da Saúde no dia 7 de setembro. Foram apresentados os documentos “O PRR e a Saúde – Contributos, Limitações e Fatores Críticos de Sucesso” e “Processo Clinico Eletrónico – Modelo Estratégico”, que se anexam.

O encontro decorreu de forma cordial e muito aberta em concordância nos diagnósticos e na necessidade de medidas de reforço do SNS. Além da exposição sobre os documentos apresentados, foi manifestada a nossa preocupação sobre a situação dos profissionais de saúde quanto a salários e carreiras, sobre a incapacidade do Ministério da Saúde na área do planeamento, programação e execução de infraestruturas. Foi salientada a necessidade de reformulação do capitulo da Transição Digital do PRR com o objetivo de criar o Processo clinico eletrónico.  A Senhora Ministra manifestou a importância e a necessidade de discussão próxima sobre o estatuto do SNS com a promessa de nos enviar a proposta do Governo sobre o referido Estatuto.