Serviço de Oftalmologia do CHUSJ tem certificação renovada

A Direção-Geral da Saúde renovou a certificação do Serviço de Oftalmologia do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) para a realização das diversas técnicas de transplantação ocular.

Esta certificação atesta a qualidade dos equipamentos, a adequação dos procedimentos e a excelência do desempenho dos profissionais envolvidos no Banco de Olhos e na atividade cirúrgica de transplantação.

No CHUSJ são executadas todas as variantes de técnicas de transplantação atualmente em uso que possibilitam uma rápida recuperação visual dos doentes e permitem que uma córnea colhida possa beneficiar mais do que um doente.

Serviço de telerastreio dermatológico no HDS

O Hospital Distrital de Santarém (HDS) faz a triagem, à distância, a cerca de 150 pedidos semanais para consultas de Dermatologia. Este serviço, designado por telerastreio dermatológico, funciona em colaboração com a Medicina Geral e Familiar, permitindo uma assistência mais rápida.

A diretora do Serviço de Dermatologia do HDS, Maria João Silva, esclareceu que o telerastreio dermatológico “não é uma consulta, mas um método de referenciação das unidades de cuidados de saúde primários para o hospital”.

O objetivo é melhorar a acessibilidade dos doentes e detetar e tratar, precocemente, situações dermatológicas agudas ou mais graves, nomeadamente oncológicas.

Ao efetuar a triagem, o dermatologista considera uma ou mais fotografias da situação dermatológica em causa, o que “permite a marcação de consultas por prioridades, ou mesmo uma resposta em tempo diferido com sugestão de medicação em situações que podem ser resolvidas no centro de saúde”.

Existem várias alternativas de referenciação, entre as quais as consultas/teleconsultas diferidas de Dermatologia geral, de Dermatologia Pediátrica e de Dermatologia Oncológica.

O Serviço de Dermatologia do HDS é o único em todo o distrito de Santarém, dando uma resposta diferenciada na área da Dermatologia Oncológica. Em 2020 realizou mais de sete mil consultas e cerca de três mil cirurgias (major e pequenas cirurgias).

Reunião da ATEHP com o Secretário de Estado da Saúde

No passado dia 1 de julho de 2021 a Direção da ATEHP reuniu com o Secretário de Estado da Saúde, Dr. Diogo Serras Lopes. Participaram nesta reunião a Dra Leonor Abecassis do Gabinete do SES, o Dr. Vitor Herdeiro, Presidente da ACSS e a Arquiteta Sofia Coutinho, responsável pelo Núcleo de Instalações e Equipamentos da ACSS. Pela ATEHP participaram o Engº Abraão Ribeiro, Presidente da Direção, o Professor Torres Farinha e o Engº Durão Carvalho, membros da Direção.

No fundamental foram apresentadas pela ATEHP as debilidades dos serviços de engenharia existentes no Ministério da Saúde, a nível local, regional e central, relativamente a recursos humanos, particularmente quanto a engenheiros, tendo sido salientado a redução ocorrida após 2001, data do inicio do processo de extinção da DGIES que se traduziu numa perda de capacidade e do saber acumulado, durante quase 60 anos, em planeamento, programação e projeto de construção hospitalar.

Foi referido e apresentado um documento da ATEHP sobre os investimentos no SNS, já do conhecimento da ACSS, do qual constam investimentos em instalações de saúde e em equipamentos aprovados por Resoluções do Conselho de Ministros e em Orçamentos de Estado, nos anos 2019, 2020 e 2021, totalizando mais de mil milhões de euros, mas com uma taxa de execução particularmente reduzida. Nesta matéria foi referido como positivo o despacho do SES distribuindo o equipamento pesado, aprovado no OE2021, por diversos hospitais. Ainda sobre investimentos e respetivo planeamento o Engº Abraão Ribeiro perguntou se o Despacho nº 7128/2020, da ex-SEAS, prevendo a criação de um grupo de trabalho para elaboração de uma proposta de plano plurianual de investimentos do MS, bem como propor medidas com vista à gestão eficiente da rede de equipamentos e instalações do SNS, tinha tido algum desenvolvimento e se ainda se encontrava válido, o que não teve resposta.

Por último, face á baixa execução dos investimentos, ao reduzido número de quadros técnicos e de estruturas existentes do Ministério da Saúde e ao facto dos investimentos aprovados na Assembleia da República não serem da iniciativa do Governo, mas sim dos Partidos Políticos, foi salientada a incapacidade do Ministério para planear, programar e projetar.

Dada a pertinência dos assuntos levantados, o Senhor Secretario de Estado sugeriu a realização de uma iniciativa/Conferência sobre as instalações e equipamentos no SNS, organizada pelo Ministério da Saúde/ACSS e pela ATEHP, com formato e data a decidir, mas durante o mês de setembro. Os Membros da Direção da ATEHP presentes manifestaram o total apoio a esta iniciativa.

Farmácia de Ambulatório do HFF com novas instalações

A Farmácia de Ambulatório do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF) conta com novas instalações, localizadas no hall da entrada principal do hospital.

Este novo espaço tem como objetivo melhorar o conforto e a segurança dos utentes que diariamente recorrem a este serviço, evitando que tenham de se deslocar pelo interior das instalações hospitalares para proceder ao levantamento da medicação, esclarece o Portal do SNS.

A Farmácia de Ambulatório está integrada no Serviço de Farmácia, que tem por objetivo assegurar a terapêutica necessária ao tratamento dos doentes com qualidade, segurança e eficácia, monitorizando os resultados e a satisfação dos doentes e dos profissionais envolvidos.

Para o diretor deste serviço, Vasco Rodrigues, «as especificidades do funcionamento da Farmácia de Ambulatório foram contempladas nestas novas instalações, quer ao nível da funcionalidade do espaço, quer ao nível dos requisitos técnicos necessários».

A nova Farmácia de Ambulatório dispõe de quatro gabinetes de atendimento, armazém e respetivo posto de trabalho, ocupando uma área total de cerca de 70 metros quadrados.

«Além da comodidade para os utentes, que podem recolher os seus medicamentos de ambulatório num local de fácil acesso, as novas instalações dispõem também de melhores condições de privacidade, pelo que o HFF dá mais um pequeno passo para melhorar o serviço que presta aos seus utentes», diz Vasco Rodrigues, citado pelo Portal do SNS.

O investimento realizado foi de cerca de 65 mil euros, em obras e equipamento. As novas instalações «inserem-se num plano de melhoria das instalações que o hospital tem vindo a implementar de forma faseada, visando a melhoria das condições proporcionadas aos utentes, mas também aos profissionais que aqui trabalham», refere Joana Chêdas, vogal do Conselho de Administração do HFF.

Teleconsultas devem crescer 80%, a nível mundial, até 2025

Um estudo da consultora britânica Juniper Research concluiu que o número de teleconsultas realizado a nível global irá chegar aos 765 milhões em 2025, comparativamente aos 422 milhões de 2021, o que representa um aumento de 80 por cento. As teleconsultas permitem aos doentes e aos prestadores de cuidados interagir remotamente através de apps de saúde e videochamadas.

As conclusões da consultora indicam também que o principal fator que leva à adoção de serviços de teleconsulta entre prestadores e pacientes é a maior eficiência proporcionada aos primeiros e a melhoria de cuidados aos segundos. O estudo realça, contudo, que o funcionamento destes sistemas requer uma estrutura técnica significativa, o que inclui, por exemplo, uma ligação de banda larga robusta.

O subcontinente indiano será a região a registar mais teleconsultas até 2025, uma região onde este sistema já é popular.

Em média, cada pessoa recorrerá à teleconsulta 3,6 vezes por ano, mas estes números deverão ser mais elevados em países com sistemas de saúde universais ou naqueles onde haja um reembolso completo destas consultas.

CHO estabelece dois protocolos de cooperação com o CHPL

O Centro Hospitalar do Oeste (CHO) estabeleceu dois protocolos de cooperação com o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa (CHPL), que visam facilitar e agilizar o acesso dos utentes às consultas médicas e exames complementares de diagnóstico e terapêutica no âmbito da psiquiatria e saúde mental.

Nos últimos anos, devido à ausência da valência de psiquiatria na Unidade de Torres Vedras, a prestação de cuidados de saúde mental em internamento e em ambulatório à população da área geográfica desta unidade hospitalar tem vindo a ser assegurada pelo CHPL, através do Núcleo de Intervenção Comunitária de Torres Vedras (NIC – Torres Vedras).

“Com a alteração do estatuto jurídico do CHO em 2018 e a contratação de um maior número de médicos psiquiatras, foi exequível implementar um novo modelo de funcionamento, mais eficiente, complementar e integrado”, referiu o centro hospitalar em comunicado.

“Neste sentido, está a decorrer a transferência progressiva da prestação de cuidados de psiquiatria e de saúde mental que tem vindo a ser assegurada pelo CHPL para o CHO, abrangendo a população dos concelhos de Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã”, acrescentou.

Para além deste protocolo, foi também firmado um acordo que permite aos utentes do NIC Torres Vedras do CHPL a realização de exames complementares de diagnóstico e terapêutica das especialidades de Patologia Clínica, Imagiologia e Cardiologia na Unidade de Torres Vedras do CHO.

Para o CHO, a implementação destes protocolos traduz-se numa oportunidade de articulação entre os hospitais do Serviço Nacional de Saúde, visando o aproveitamento da capacidade instalada, física e de recursos humanos, “de forma a responder, oportuna e adequadamente, às necessidades em saúde dos utentes da região Oeste, designadamente na área da psiquiatria e saúde mental”.

HDS atribui “identidade digital” às unidades de sangue doadas

O Hospital Distrital de Santarém (HDS) está a atribuir uma “identidade digital” às unidades de sangue que recebe, através de um equipamento que utiliza tecnologia por radiofrequência.

O diretor do Serviço de Imunohemoterapia do HDS, João Moura, explicou, citado em comunicado divulgado pelo hospital, que este projeto pioneiro “permite localizar, em tempo real, os componentes sanguíneos, assim como monitorizar ativamente os processos de transfusão”.

O médico, que apresentou o projeto no início deste mês no congresso anual da International Society of Blood Transfusion, refere que esta tecnologia permite que as unidades de sangue do banco de sangue do hospital fiquem codificadas com as informações que são relevantes do ponto de vista imunohematológico.

“Fazemos o estudo da unidade de sangue, a quantificação de anticorpos e a identificação de compatibilidades ou incompatibilidades”, mencionou o diretor, comparando a informação que é gerada a uma espécie de “bilhete eletrónico digital” da unidade de sangue.

A informação gerada através desta tecnologia fica centralizada e disponível num software, o que permite um acompanhamento das disponibilidades, condições e características de cada unidade de sangue.

João Moura apontou como grande vantagem a minimização da intervenção humana, tornando os processos mais informatizados e automatizados. Além disso, é restringida a possibilidade de erro na escolha das unidades de sangue e, consequentemente, aumentada a segurança.

Também após a libertação da unidade de sangue para transfusão, e em conjunto com o sistema de vigilância utilizado para monitorizar a cadeia transfusional, é possível acompanhar o seu trajeto e fazer a monitorização de todo o processo de transfusão – início, término, velocidade, condições da unidade, temperatura, eventuais reações adversas, etc…

Governo libertou 1,8 ME para ampliação da unidade do CHS

O Governo libertou a primeira tranche, de 1,8 milhões de euros, para as obras de ampliação do Hospital São Bernardo, integrado no Centro Hospitalar de Setúbal (CHS).

A construção de um novo edifício, no atual parque de estacionamento do Hospital de São Bernardo, deverá custar 17,2 milhões de euros, valor inscrito no Orçamento de Estado de 2021.

De acordo com o comunicado do CHS, a libertação desta primeira tranche do investimento, no valor de 1,8 milhões de euros, deverá permitir o arranque da construção do novo edifício, que terá de ser previamente submetida a concurso público internacional.

“O novo edifício terá uma área bruta de construção de 13.350 metros quadrados e 4.730 metros quadrados de exteriores”, informou o CHS, salientando ainda que, “além de um piso de estacionamento, está prevista, para já, a construção de mais três pisos sem prejuízo de, no futuro, se poder equacionar a possibilidade, já viabilizada nas atuais estruturas, de ampliação em altura do imóvel”.

Lançado portal europeu de informação sobre Saúde

A Comissão Europeia, através do projeto InfAct, uma Joint Action em Informação sobre Saúde, lançou o Portal de Informação sobre Saúde.

O objetivo é proporcionar à população europeia dados sobre saúde e cuidados de saúde. A página contém catálogos com dados de saúde e ferramentas, além de dar acesso a peritos e a guidelines. Também será uma porta de acesso a informação e metodologias sobre inovação em saúde e a apoio à decisão, que ajudará os investigadores através da disponibilização de dados.

O portal pode ser consultado em https://www.healthinformationportal.eu/

Projeto de digitalização da informação clínica vai ser replicado em vários hospitais

O “Repositório Clínico Digital”, um projeto inovador de desmaterialização dos registos clínicos em papel promovido pelo Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), em parceria com a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB) e com o apoio da Secretaria-Geral do Ministério da Saúde, servirá como modelo, tendo em vista a sua replicação em vários hospitais do Serviço Nacional de Saúde.

Este projeto, que será apresentado hoje no âmbito do Dia Internacional dos Arquivos, visa contribuir para a racionalização da produção e uso de registos clínicos em papel, através do maior controlo de circuitos de documentos, com dinamização dos resultados do projeto nas áreas de Secretariados Clínicos.

O “Repositório Clínico Digital” pretende melhorar o acesso dos profissionais de saúde aos registos clínicos em papel (disponibilidade 24 horas, sete dias por semana) de forma integrada com o processo clínico eletrónico, garantindo ao mesmo tempo a necessária segurança da informação utilizada pelos profissionais, diminuindo a circulação de registos em papel, com o objetivo de uma maior eficiência dos processos de trabalho e garantia de preservação digital da informação, bem como na gestão dos espaços de depósito de arquivo.

Atualmente, o CHUSJ possui mais de dois milhões de processos clínicos de utentes, preservados desde a sua fundação em 1959 até aos nossos dias, contabilizando-se um volume de documentação em papel de 15 quilómetros lineares. Este projeto permitiu ganhos na racionalização de espaços, com libertação de três zonas correspondentes a uma área superior a 240 metros quadrados, que estão agora alocadas a áreas de distribuição do fardamento, vestiários e à nova Ressonância Magnética.

As linhas gerais do projeto foram apresentadas esta segunda-feira pelos responsáveis do CHUSJ a vários membros de conselhos de administração de outros hospitais do SNS, tendo ficado decidida a realização de workshops em conjunto com a Secretaria-Geral do Ministério da Saúde para a sua discussão em profundidade, com um mapeamento do processo e descrição dos requisitos necessários, bem como a apresentação das políticas e procedimentos de organização da informação clínica.