ULSBA tem nova plataforma colaborativa para apoiar decisão clínica

Os profissionais da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) já têm à sua disposição uma plataforma nacional de ensino médico de apoio à decisão clínica e de suporte à área de formação e investigação.

Para a implementação da nova ferramenta, a ULSBA assinou um protocolo de colaboração com a Dioscope que pressupõe a participação dos profissionais da ULSBA no desenvolvimento de algoritmos adaptados à realidade da sua instituição, que ficarão disponíveis a todos os profissionais de saúde, permitindo uma normalização de procedimentos e uma importante assessoria clínica em tempo real.

Em comunicado, a ULSBA referiu que o recurso à plataforma Dioscope permite “reduzir assimetrias nos cuidados prestados entre diferentes profissionais, reduzir o consumo de exames complementares de diagnóstico inadequados, aumentar a celeridade da resposta e a comodidade dos utentes”.

A Dioscope é uma ferramenta que concentra todo o saber médico e, sendo colaborativa, vai evoluindo com a medicina à medida que os seus utilizadores introduzem informações de maneira a poder facultar aos médicos a melhor recomendação, baseada na evidência clínica e nas contribuições que os médicos vão introduzindo diariamente.

O objetivo desta plataforma é apoiar o exercício da prática médica através das diversas ferramentas concebidas para o efeito.

ISEC | Pós-Graduação de Sistemas Avançados de Gestão da Saúde

O Instituto Superior de Engenharia de Coimbra está a promover uma Pós-Graduação de Sistemas Avançados de Gestão da Saúde.

A Pós-Graduação em Sistemas Avançados de Gestão da Saúde é um curso avançado, destinado a profissionais de serviços de saúde, focando os desafios e oportunidades oferecidos pela disseminação de novas tecnologias.

O uso massivo de dados (big data), o surgimento de tecnologias como métodos de aprendizagem profunda (deep learning), a generalização de tecnologias de comunicação e serviços à distância (telesaúde, realidade virtual e aumentada, etc.) colocam desafios e oportunidades aos administradores, engenheiros hospitalares, médicos, enfermeiros, técnicos e outros profissionais de saúde.

Neste curso abordam-se temas como a gestão do ciclo de vida dos dados; análise de dados, usando técnicas modernas de inteligência artificial; registo eletrónico de saúde, clinical pathways e modelação de processos; sistemas de apoio à decisão; governação de dados; normas aplicáveis e interoperabilidade de sistemas e gestão de ativos físicos.

Todas as informações sobre a Pós-Graduação estão disponíveis no site do ISEC – http://academiaengenharia.isec.pt/course/pos-graduacao-sistemas-avancados-de-gestao-da-saude/

As inscrições já se encontram abertas, bastando preencher o formulário: https://mightymind.pt/posgraduacaoemsistemasavancadosdegestaodasaude

Laboratório de Ortoprotesia do CHUA vai produzir próteses

O Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) vai passar a contar com uma nova valência de Laboratório de Ortoprotesia, um projeto pioneiro que permitirá ao centro hospitalar produzir internamente próteses e ortóteses, bem como outras ajudas técnicas.

Dessa forma, serão disponibilizadas de forma mais célere e eficaz aos utentes que delas necessitam.

A criação desta nova valência resulta de um projeto de colaboração entre o CHUA e a Escola Superior de Saúde da Universidade do Algarve (ESSUAlg), cujo protocolo foi assinado no dia 11 de agosto.

Para a presidente do Conselho de Administração do CHUA, Ana Varges Gomes, trata-se de uma iniciativa que vai fazer com que o CHUA seja o primeiro centro hospitalar com este tipo de oferta.

“Podemos fazer aqui as próteses para os nossos doentes e termos a primeira resposta, quase imediata e feita à medida das suas necessidades. É uma melhoria na qualidade, uma forma de economia circular, porque acabamos por rentabilizar aquilo que temos e que nos vão entregando e assim podemos reutilizar, sendo mais céleres nesse apoio”, afirmou a responsável.

O diretor da ESSUAlg, Luís Ribeiro, explicou que esta entidade “promoveu nos últimos anos a oferta formativa da licenciatura em ortoprotesia” e que há “um conjunto de diplomados no terreno, há know-how científico por parte de docentes que a universidade tem e esta colaboração resultará na melhoria da prestação de cuidados de saúde no âmbito do desenvolvimento de ortóteses e próteses para os pacientes do CHUA”.

O atendimento, conceção e produção das próteses e outras ajudas técnicas, bem como a resposta aos utentes, passará a ser prestado nas instalações do Laboratório de Ortoprotesia, já a partir de setembro.

Projeto para combater infeções associadas ao cateter vesical

A Direção Nacional do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistências aos Antimicrobianos (PPCIRA), em colaboração com a Coordenação da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, inicia a Fase de Candidaturas, pelas Unidades da Rede, ao Projeto de Prevenção das Infeções do Trato Urinário associadas ao Cateter Vesical, projeto selecionado entre 30 candidaturas, a nível internacional, pela Parfoundation – The foundation to prevent antibiotic resistance https://www.dgs.pt/programa-de-prevencao-e-controlo-de-infecoes-e-de-resistencia-aos-antimicrobianos/projetos-europeus/par-foundation.aspx.

O projeto, designado ITUCCI, dirige-se às Unidades da RNCCI, do Serviço Nacional de Saúde, (todas as tipologias) e às Unidades convencionadas.

Até 25 de agosto, podem ser apresentadas candidaturas que se enquadrem nos critérios de elegibilidade concurso, que tem por objetivo a redução em 30% da taxa de infeção urinária associada a cateter vesical, no prazo de três anos.

A abordagem passa por três eixos:

  1. melhorar a prevenção e controlo de infeções do trato urinário, através da formação e treino dos profissionais e de ações para a promoção da Literacia (residentes, familiares e cuidadores informais;
  2. melhorar o modelo de prescrição de antimicrobianos, monitorizar cumprimento da bundle, consumos de antimicrobianos e resistências a antimicrobianos;
  3. capacitar profissionais de Saúde, residentes, familiares e cuidadores informais para a prevenção das infeções do trato urinário associadas ao cateter vesical, através de duas campanhas.

As candidaturas deverão ser apresentadas por unidades da Rede do Serviço Nacional de Saúde ou convencionadas (apenas uma candidatura por Unidade), sendo apenas admitidas a concurso as candidaturas apresentadas no respetivo formulário, que reúnam os requisitos exigidos no regulamento do concurso.

HSMM implementa projeto de desmaterialização na Oftalmologia

O Hospital de Santa Maria Maior (HSMM), em Barcelos, implementou o projeto “Visão sem Papel” no seu serviço de Oftalmologia.

De acordo com o HSMM, trata-se de um desafio que visa eliminar a elevada complexidade organizativa interna, a pesada gestão documental física e a ausência de integração da informação pelos serviços internos do hospital.

Este projeto, que foi cofinanciado pelo Fundo Social Europeu do Sistema de Apoios à Modernização Administrativa, tem como principais vantagens a desmaterialização e arquivo de documentos em estrutura hierarquizada e repositório único/central e o acesso a toda a informação relativa aos utentes por qualquer profissional de saúde.

Através da informatização de todo o processo clínico oftalmológico, serão implementadas as melhores práticas ambientais, eliminando a utilização do papel, tinteiros e toners, o que irá permitir a poupança de recursos tanto financeiros como ambientais.

“Por outro lado, através desta desmaterialização, o utente conseguirá acompanhar o seu estado de saúde oftalmológico, de forma mais fácil, cómoda e sustentável”, refere o hospital em comunicado.

A integração com as restantes plataformas do Sistema Nacional de Saúde permitirá aos profissionais a melhoria das suas condições de trabalho, assim como a melhoria da qualidade dos serviços prestados e a otimização do tratamento e atendimento dos utentes.

Difusão do 8º Webinar – Lledó – “Novas Tecnologias e Soluções para as infraestruturas de iluminação na área hospitalar”

Integrado no ciclo de Webinars ATEHP-Inovação, e dando cumprimento ao seu plano de atividades, a Direção da Associação organizou mais uma ação formativa, que teve lugar no dia 16 de maio de 2022, pelas 16h, subordinada ao tema “Novas Tecnologias e Soluções para as infraestruturas de iluminação na área hospitalar” coordenada pelo Eng.º Luis Duarte.

Após a abertura,  com uma intervenção do Eng. Abraão Ribeiro – Vice-Presidente da Direção, foram efetuadas as seguintes apresentações, que estão disponíveis nos links abaixo para difusão entre os associados.

Capitulo 1 – “Iluminação em Ambientes Hospitalares” – pelo Eng.º Henrique Mota / Lledó

Capitulo 2 – “ Sistemas de Controlo de Iluminação “ – pelo Eng.º Sérgio Mota / Lledó

Capitulo 3 – “ Iluminação de Emergência em Ambientes Hospitalares “ – pelo Eng.º Sérgio Mota / Lledó

Capitulo 4-5-6 “Iluminação multifunções; Higienização de Superfícies por radiação UV-C direta; Higienização do ar por radiação UV-C oculta e Iluminação em tetos e pavimentos técnicos” – pelo Eng.º Luis Vasconcelos / Lledó

Contamos, desta forma, contribuir para a divulgação e esclarecimento de temas que são da maior importância nas escolhas técnicas a fazer quando da definição das soluções a implementar em edifícios que recebem público, nomeadamente Hospitais e Centros de Saúde.

Novos avanços tecnológicos nos cuidados intensivos do CHULC

Uma nova plataforma informática, que agrega toda a informação necessária à tomada de decisão clínica, está a ser instalada nas unidades de cuidados intensivos do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CHULC).

A aplicação BS PaTIENT.CARE, além da integração com os sistemas disponíveis no centro hospitalar (SONHO, SCLINICO, Clinidata e SGICM), permite reunir a informação que é libertada pelos equipamentos que estão ligados ao doente internado, como monitores vários, ventiladores, entre outros, garantindo a compilação e registo dos dados de forma automática.

O responsável da especialidade de Medicina Intensiva do CHULC, Luís Bento, considera este um salto tecnológico importante, porque “facilita o trabalho diário dos profissionais na elaboração de indicadores de gravidade, registo de intervenções, procedimentos e diagnósticos, facilitando a tarefa da codificação”.

O também coordenador da Unidade de Urgência Médica (UUM) e da Unidade de Cuidados Intensivos Neurocríticos e Trauma (UCINCT) defende ainda que este passo “é muito importante, porque permite disponibilizar mais tempo para cuidar do doente”.

O diretor da área de Gestão de Sistemas e Tecnologias de Informação, António Lourenço, destaca, por seu lado, entre outras vantagens, “a facilidade de adaptação e parametrização do programa, através da interoperabilidade com os vários dispositivos e sistemas existentes nas unidades, e a capacidade em se adaptar a novas realidades que surjam no dia-a-dia”.

A implementação desta plataforma no CHULC vai contemplar de forma gradual todas as Unidades de Cuidados Intensivos (de adultos e pediátricos), blocos operatórios e salas de procedimentos, e vai permitir a desmaterialização do processo clínico, uniformização dos registos, eliminando a utilização do papel.

Será ainda possível a exportação automática dos dados da infeção nosocomial para a plataforma nacional do HELICS-UCI.

O processo, que já foi concluído na UCINCT, UUM e Unidade Cerebrovascular, está a ser implementado na Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos do Hospital de Dona Estefânia.

ARS Norte tem novo sistema de atendimento

A Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte é a primeira ARS do país a concluir a instalação do Sistema de Atendimento e Resposta Ágil (SARA) em todas as suas unidades de cuidados de saúde primários.

O SARA é um sistema que facilita o acesso dos utentes aos cuidados de saúde primários, evitando deslocações necessárias, uma vez que assenta numa funcionalidade designada por “calback”, que regista o número de telefone do utente e permite às unidades de saúde devolverem a chamada.

O diretor executivo do Agrupamento dos Centos de Saúde (ACeS) do Porto Oriental, Álvaro Pereira, que apresentou esta funcionalidade à Ministra da Saúde, Marta Temido, revelou que, só em maio, as unidades da região atenderam e reencaminharam 98 por cento das 500 mil chamadas efetuadas.

Esta aplicação substitui o atendimento presencial por uma gravação que coloca à disposição do utente um conjunto de opções, tais como marcação de consulta do dia ou consulta programada ou renovação receitas, entre outros. Quando a opção é selecionada pelo utente, a aplicação procede então à gravação do número que fez o contacto, gerando depois uma tarefa – ordenada pela hora da chamada e pelo motivo.

“Estamos a resolver um problema crucial e identificado há muito tempo nos serviços de saúde, que é o não atendimento do telefone”, afirmou Álvaro Pereira.

A ARS do Norte começou a aplicar esta ferramenta ainda antes da pandemia, mas foi a partir de julho de 2021 que este projeto ganhou dimensão nacional com a parceria com a SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde.

Segundo a SPMS, o SARA já está instalado em 533 unidades de saúde do país, estando em curso a implementação em mais 13 unidades.

A região Norte tem este sistema em 377 unidades, o Centro em 83 e a região de Lisboa e Vale do Tejo em 73.

Hospital do Funchal estima aumentar para 254 tempos operatórios

O Hospital Dr. Nélio Mendonça, na Madeira, estima passar a ter, no próximo ano, capacidade para 254 tempos operatórios por mês, um aumento face aos cerca de 180 do ano passado, revelou o serviço de saúde da região.

Estes dados foram disponibilizados pelo diretor do bloco operatório do Sesaram (Serviço Regional de Saúde), Diogo Rijo, que falava numa conferência de imprensa realizada no Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal.

O responsável salientou que quando as obras do bloco operatório – que começaram em dezembro e têm uma duração estimada de cerca de seis meses – estiverem terminadas, são necessários “mais recursos humanos e melhor distribuição”, assim como mais recursos físicos.

Segundo o médico, em 2021 existiam 159 tempos operatórios por mês no bloco central de cirurgia e “apenas 20 em bloco de ambulatório”.

No entanto, com as obras a serem realizadas naquele bloco do hospital e havendo mais espaços e mais recursos humanos, estimam-se 168 tempos operatórios disponíveis em bloco central em 2023, com nove salas a mais, e em bloco de ambulatório os tempos deverão subir de 20, em 2021, para 86 no próximo ano.

“Se nós conseguirmos aumentar isto tudo, isto equivale a cerca de 3 300 doentes num ano”, acrescentou.

Questionado sobre o número de cirurgias em atraso antes da pandemia de Covid-19 e atualmente, Diogo Rijo indicou que esse número aumentou de cerca de 20 500 para “19 mil e muitas”, sem precisar dados concretos.

O diretor do Bloco Operatório ressalvou que o esforço que está a ser feito pelo serviço de que é responsável vai “além dos números” e que os tempos estão a ser “otimizados ao máximo”.

O médico perspetivou também que os números de cirurgias em espera “daqui a uns meses sejam muito mais baixos”, sem indicar estimativas concretas.

Diogo Rijo revelou, por outro lado, que o serviço regional de saúde contará este ano com mais três anestesistas, três ortopedistas e quatro cirurgiões.

A enfermeira Marina Castro, do bloco operatório, completou que depois das obras estarem concluídas serão necessários “38 enfermeiros e 20 assistentes operacionais”.

O diretor clínico do Sesaram, Júlio Nóbrega, justificou os atrasos nas cirurgias com o facto de os profissionais de saúde estarem “exaustos” e defendeu que os efeitos da pandemia de Covid-19 vão perdurar durante mais anos.

O responsável vincou também que está a ser utilizada toda a capacidade instalada para realizar cirurgias, indicando ainda que há atualmente 152 profissionais de saúde infetados, 92 utentes em alta social e 39 utentes internados com covid-19, aspetos que condicionam a atividade médica.