IPO do Porto renova acreditação

O Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto renovou, até 2027, a acreditação do ‘Comprehensive Cancer Center Raquel Seruca’ (P.CCC), um consórcio que junta este hospital e o Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S).

A reacreditação decorre no âmbito de uma visita de avaliação por parte da Organization of European Cancer Institutes (OECI), “o único organismo europeu habilitado para a acreditação das melhores práticas aplicáveis a organizações de prestação de cuidados oncológicos e de investigação em cancro”, divulgou a instituição em comunicado.

Este reconhecimento mantém o IPO do Porto e o i3S como “o único hospital e laboratório associado portugueses com este reconhecimento internacional”.

ULSLA implementa sistema de alerta nos cuidados de saúde primários

A Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA) vai alargar, aos cuidados de saúde primários, o sistema de alerta por SMS para relembrar os utentes das consultas, à semelhança do que já foi implementado na área hospitalar.

O projeto-piloto iniciou-se esta no dia 27 de janeiro, em Alcácer do Sal, e será posteriormente alargado a todos os concelhos do Litoral Alentejano.

A mensagem será enviada 48 horas antes da data da consulta, sendo importante que os utentes mantenham os contactos atualizados. Os utentes podem atualizar os contactos no seu polo e centro de saúde, ou ainda no Hospital do Litoral Alentejano.

De acordo com a ULSLA, este projeto contribuiu para a consolidação da estratégia de modernização interna e externa, procurando aprofundar a relação de proximidade com os utentes.

Prof. Doutor José Joaquim Nogueira da Rocha – Falecimento

A Direção da ATEHP vem comunicar o falecimento do Senhor Prof. Doutor José Joaquim Nogueira da Rocha, facto que lamentamos profundamente.

O Senhor Prof. Doutor Nogueira da Rocha era colaborador assíduo da ATEHP e da TecnoHospital – TH, a nossa revista, na qual mantinha uma coluna.

Foi, em 2018, por ocasião da Cerimónia Comemorativa do 25º aniversário da TH, agraciado com o Título de Associado Honorário da ATEHP.

A Direção da ATEHP apresenta os mais sentidos pêsames à família do Senhor. Prof. Doutor Nogueira da Rocha.

Gastrenterologia do CHL realiza estudos funcionais digestivos

O Serviço de Gastrenterologia do Centro Hospitalar de Leiria (CHL) iniciou, em janeiro, a realização de estudos funcionais digestivos: a manometria esofágica de alta resolução, a phmetria e a manometria anorretal de alta resolução.

Em comunicado, a diretora do Serviço de Gastrenterologia do CHL, Helena Vasconcelos, explicou que “estas técnicas permitem o estudo de doenças tão comuns como as doenças da motilidade do esófago, a doença de refluxo gastroesofágico ou a disfunção do pavimento pélvico”.

A manometria esofágica é um exame que utiliza uma sonda que monitoriza as pressões esofágicas e a progressão de líquidos e sólidos entre a cavidade oral e o estômago, estando indicada no estudo de sintomas como disfagia.

Já a manometria anorretal utiliza a mesma técnica, mas permite avaliar a resposta muscular e sensitiva do reto e canal anal, estudando sintomas como obstipação e incontinência.

Por último, a phmetria permite monitorizar a quantidade de refluxo ácido ao longo de 24 horas.

Todos estes exames permitem o diagnóstico de doenças funcionais do sistema digestivo, que se estima que afetem mais de 20 por cento da população mundial.

“Este investimento representa mais um passo na diferenciação do Serviço de Gastrenterologia, que tem crescido nos últimos anos”, destacou Helena Vasconcelos, acrescentando que “os exames são realizados em regime de ambulatório e a sua existência no CHL representa um ganho para os doentes que, até então, realizavam os exames noutros centros, com todos os custos inerentes”.

De acordo com a responsável, a equipa que inicia a técnica após formação na área em dois centros de referência é composta por duas médicas e três enfermeiras

A equipa de Gastrenterologia estima a realização de mais de 150 exames anuais, o que permitirá o diagnóstico e o tratamento precoces de várias patologias digestivas.

CHUSJ desenvolve protótipo de monitorização de dados vitais dos utentes na Urgência

Médicos do Centro Hospitalar Universitário São João (CHUSJ) e engenheiros do Instituto Superior Técnico associaram-se para desenvolver um projeto cujo objetivo é tornar o atendimento do Serviço de Urgência do CHUSJ mais seguro, através da monitorização, em tempo real, de sinais vitais no período de permanência no hospital.

Trata-se do protótipo de uma pulseira que regista alguns sinais vitais (numa primeira fase, oxigenação do sangue e pulsação) dos utentes, levando à emissão de alertas em caso de desvio dos valores normais. O protótipo poderá abranger, em breve, outras áreas clínicas e passar a registar mais dados clínicos.

“Desde a entrada das pessoas na urgência até serem observadas por um médico, existe um espaço temporal em que a informação disponível relativamente ao estado de saúde dos utentes é mais escassa. É esta população e este período de tempo que nos preocupa e que motivou o desenvolvimento deste projeto cujo objetivo é tornar a estada dos nossos utentes mais segura”, explicou o diretor da Unidade Autónoma de Gestão de Urgência e Medicina Intensiva do CHUSJ, Nelson Pereira.

Este projeto resultou de uma parceria entre o Centro de Tecnologia e Inovação CEiiA, o Instituto Superior Técnico e o CHUSJ.

Mais 28 USF transitam para modelo B em 2023

O Governo vai reforçar, no primeiro semestre de 2023, a criação de Unidades de Saúde Familiar (USF), melhorando desta forma a resposta dos Cuidados de Saúde Primários, área prioritária no desenvolvimento do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Nos primeiros seis meses deste ano farão a transição para USF modelo B um total de 28 unidades, o maior número desde 2010.

Estas unidades correspondem a pequenas equipas multiprofissionais, reunindo médicos, enfermeiros e secretários clínicos, que contratualizam com os respetivos Agrupamentos de Centros de Saúde a resposta a dar a uma determinada população, garantindo cobertura total de médico e enfermeiro de família aos seus utentes.

Um despacho conjunto do Ministério das Finanças e do Ministério da Saúde autoriza assim a criação de 28 novas USF-B, a última etapa do desenvolvimento das USF.

Os profissionais das USF deste modelo assumem uma maior responsabilização pelo acesso a cuidados de saúde e pelos resultados em saúde da população, a que corresponde um incentivo materializado num reforço da remuneração.

Até 30 de junho de 2023 terá também lugar um processo de revisão do modelo de pagamento pelo desempenho em vigor nestas unidades, que visa ajustar o modelo à melhoria contínua da prestação de cuidados aos utentes.

“O Governo, com este despacho, reitera o compromisso de reforçar o acesso a equipas de saúde familiar e a aposta neste modelo, que tem sido exemplo de uma organização que coloca o utente no centro dos cuidados de saúde e do acesso à resposta do SNS”, lê-se em comunicado divulgado pelo SNS.

Atualmente, as 604 USF do SNS (290 USF-A e 314 USF-B) abrangem 65 por cento da população portuguesa, tendo sido traçado o objetivo de atingir uma cobertura de 80 por cento no final da legislatura, “para o qual serão dados passos decisivos em 2023”. Esta classificação de 28 novas USF-B permitirá atribuir médico de família a mais 30 mil utentes.

Em paralelo, em 2023 haverá um aumento do número de profissionais que trabalham em USF modelo B, que deverão ultrapassar a barreira dos oito mil, consolidando-se a valorização, no SNS, das múltiplas profissões e da remuneração com base nos resultados, “um caminho indissociável do compromisso de garantir uma cada vez melhor resposta às necessidades em saúde dos portugueses”, conclui o comunicado.

Fórum “DESPERDÍCIO EM SAÚDE – CONTROLO E COMBATE”
Coimbra (Centro Congressos CHUC) | 8 março 2023

Face às dificuldades e contextura que atravessamos, a Associação de Técnicos de Engenharia Hospitalar Portugueses (ATEHP) vai, em conjunto com a Revista TecnoHospital, organizar o Fórum “Desperdício em Saúde – controlo e combate”.

Este evento terá lugar no Centro de Congressos dos Hospitais da Universidade de Coimbra – CHUC, no dia 08 de março de 2023.

 

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Plano de 7,5ME vai renovar parque informático dos cuidados de saúde primários

A renovação e modernização do parque informático afeto aos cuidados de saúde primários vai arrancar no próximo ano, num investimento a rondar os 7,5 milhões de euros, beneficiando quase 30 mil profissionais de saúde.

À margem de uma sessão em Évora, o presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), Luís Goes Pinheiro, afirmou aos jornalistas que este projeto, que envolve “a renovação e a modernização dos equipamentos dos profissionais de saúde nos cuidados primários, nunca será inferior a 7,5 milhões de euros”.

“Vivemos tempos de alguma instabilidade do ponto de vista dos preços e, portanto, é algo que poderá ser aqui uma condicionante relativamente ao valor final”, admitiu, mas a “expetativa é ser um investimento que nunca será inferior a 7,5 milhões de euros”.

Luís Goes Pinheiro falava aos jornalistas à margem do terceiro encontro das eHealth Sessions, que decorreu no Palácio de D. Manuel, na cidade alentejana, no qual foi apresentado o Plano para Modernização dos Postos de Trabalho dos Profissionais de Saúde.

Segundo o mesmo responsável, os SPMS estão, atualmente, “a finalizar o processo de avaliação das existências” dos equipamentos informáticos. “E a perceber até que ponto é que alguns dos equipamentos, ainda que não sejam passíveis de ser totalmente transferidos, [podem] ser reutilizados com alguns ‘upgrades’”, acrescentou.

Os SPMS pretendem, com este projeto, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência, abranger “a totalidade dos profissionais dos cuidados de saúde primários”, ou seja, “muito próximo dos 30 mil profissionais”.

Em alguns casos, tal pode significar “terem equipamentos novos, de outro perfil”, mas, noutros casos, “pode significar, por exemplo, ficarem com equipamentos que estavam a ser usados por outros colegas”, indicou.

“Este é um projeto absolutamente essencial para um conjunto vasto de objetivos, desde logo para elevar o desempenho dos próprios sistemas de informação” e, por essa via, conseguir “um aumento da produtividade dos profissionais”, precisou.

O presidente do SPMS exemplificou que o plano visa ainda “elevar a segurança”, porque o projeto não passa apenas pela aquisição de equipamentos, mas também “pela modernização e pela centralização da gestão desses mesmos equipamentos”.

“E, depois, também não escondemos, tem um aspeto muito relevante de elevação da autoestima dos profissionais que, sendo também acarinhados por esta via, havendo mais atenção aos seus instrumentos de trabalho, também estarão mais disponíveis para a gestão da mudança necessária quando estamos a mudar os sistemas de informação”, acrescentou.

O projeto, “que se pretende estar concluído até 2024”, tem como primeira fase os cuidados primários, mas “o passo seguinte” será renovar e modernizar o parque informático dos hospitais, admitiu.

As eHealth Sessions, cujos primeiros dois encontros decorreram em outubro e novembro, servem como lançamento da 5ª edição do eHealth Summit Portugal, que vai ter lugar, nos dias 14 e 15 de março de 2023, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

ATEHP – Boas Festas

As Direções da ATEHP e da TH desejam a todos um Feliz Natal e um Bom Novo Ano, pleno de saúde e de sucessos pessoais e profissionais.

 

Direção executiva do SNS vai criar mais quatro ULS

A Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) está a elaborar os planos de negócio para quatro novas Unidades Locais de Saúde (ULS), passando o SNS a dispor de 12 unidades, o equivalente a um aumento de 50 por cento.

A Direção Executiva do SNS adiantou à agência Lusa que iniciou os trabalhos para a elaboração dos planos de negócio para quatro novas ULS: Guimarães, Aveiro, Entre o Douro e Vouga, e Leiria.

Com estas quatro novas unidades, o SNS, que dispõe atualmente de oito ULS – Matosinhos (criada em 1999), Norte Alentejano (2007), Guarda (2008), Baixo Alentejo (2008), Alto Minho (2008), Castelo Branco (2010), Nordeste (2011) e Litoral Alentejano (2012) – passará a dispor de 12.

“Dez anos depois da criação da última ULS, assiste-se agora a uma pequena revolução neste processo”, destacou a direção executiva do SNS, lembrando que “atualmente, as Unidades Locais de Saúde prestam cuidados a uma população superior a um milhão de habitantes”.

O diretor-executivo do SNS, Fernando Araújo, salientou que este aumento de 50 por cento de ULS no país “representa uma dimensão profunda na construção de instrumentos de planeamento e organização do SNS, com relevantes ganhos em saúde, através da otimização e integração de cuidados, da proximidade assistencial, da autonomia de gestão, do reforço dos cuidados de saúde primários, sempre com o foco nos utentes”.

Esta abordagem vai “definir a reorganização” das instituições do SNS, que passam a assumir a resposta assistencial ao nível dos cuidados de saúde primários e cuidados hospitalares de forma integrada.

O plano de negócio das quatro novas ULS vai incluir a análise dos impactos clínicos e financeiros desta forma de organização, assegurando “os ganhos em saúde gerados pela integração de cuidados, pela proximidade das decisões, pelo incremento da autonomia das novas instituições, promovendo os cuidados de saúde primários como a base do sistema, fornecendo os meios e os recursos necessários para a sua missão”.

A Direção Executiva do SNS adiantou também que iniciou a elaboração do plano de negócios para integrar no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra o Hospital Arcebispo João Crisóstomo – Cantanhede e o Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro – Rovisco Pais, “visando aumentar o acesso e a eficiência”.

Os processos, que têm por objetivo a proximidade e integração de cuidados, bem como a autonomia das organizações, deverão estar terminados no primeiro semestre do próximo ano.