CHMT recebe 230 mil euros para modernizar maternidade e bloco de partos

A Maternidade e Bloco de Partos do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), em Abrantes, vão receber um financiamento de cerca de 230 mil euros para modernização de instalações e equipamentos e implementação de um projeto de parto humanizado.

Em comunicado, a administração afirmou que a fatia mais expressiva do investimento, cerca de 180 mil euros, será aplicada nos projetos de infraestruturas, com a substituição integral do sistema de aquecimento, ventilação e ar condicionado da Maternidade do CHMT, em empreitada que prevê que esteja concluída até final do ano, a exemplo do investimento na sala de partos.

Segundo a administração do CHMT, presidida por Casimiro Ramos, este financiamento vai permitir também realizar uma obra no âmbito da humanização dos cuidados de saúde e que passa pela “adaptação da sala de partos de maiores dimensões da Maternidade para um novo conceito de parto fisiológico”.

Essa sala, referiu o CHMT, vai passar a disponibilizar um “conjunto de equipamentos inovadores, que pretendem mudar a experiência de parto, humanizando-a, e transformando a parturiente passiva num ser ativo”.

Entre os investimentos, o CHMT dá ainda conta da “aquisição de um equipamento cardiotocógrafo (CTG) ‘wireless’, com função de acompanhamento e vigilância de trabalho de parto remota, e uma cadeira de parto com grande versatilidade de funções”.

Este financiamento vai possibilitar às grávidas e parturientes dos 15 concelhos servidos pelo CHMT o “acesso a melhores serviços, prestados em melhores condições de segurança, e diminuindo assimetrias regionais no que diz respeito à oferta de equipamentos e tecnologia de ponta”, salientou o centro hospitalar.

“Com estes investimentos, damos um salto quantitativo expressivo na renovação dos equipamentos e infraestruturas, para podermos continuar a trabalhar na melhoria dos cuidados prestados”, afirmou Casimiro Ramos, citado na mesma nota informativa.

Segundo a administração, este investimento está enquadrado no âmbito do Programa de Incentivo Financeiro à Qualificação dos Blocos de Parto do Serviço Nacional de Saúde (SNS), promovido pela Direção Executiva do SNS.

Constituído pelas unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas, separadas geograficamente entre si por cerca de 30 quilómetros, o CHMT funciona em regime de complementaridade de valências, abrangendo uma população na ordem dos 266 mil habitantes de 11 concelhos do Médio Tejo, a par da Golegã, da Lezíria do Tejo, também do distrito de Santarém, Vila de Rei, de Castelo Branco, e ainda dos municípios de Gavião e Ponte de Sor, ambos de Portalegre.

Concurso para construir hospital do Seixal avança no final do ano

O ministro da Saúde disse que o concurso para a construção do hospital de proximidade do Seixal deve ser lançado no último trimestre deste ano ou no início de 2024, classificando-o como um equipamento necessário.

“Tivemos finalmente uma sentença do Supremo Tribunal Administrativo que nos permitiu contratar o projeto. O projetista está a trabalhar no projeto que nos será entregue no segundo semestre deste ano. Diria que entre o último trimestre de 2023 e o primeiro de 2024 vamos finalmente pôr a concurso a obra do novo Hospital do Seixal, que desta vez vai passar do papel para a realidade e que bem necessário é”, explicou o ministro da Saúde, Manuel Pizarro.

O governante falava no final de duas visitas ao Hospital Garcia de Orta, em Almada, e à unidade de saúde Via Verde Seixal integradas no roteiro “Governo + Próximo” dedicado ao distrito de Setúbal nas quais esteve acompanhado pelos presidentes das Câmara do Seixal e de Almada.

Segundo o ministro da Saúde, o novo hospital no Seixal vai contribuir para diminuir a pressão exercida sobre o Hospital Garcia de Orta, unidade que serve uma vasta população e com uma procura significativa.

O Hospital Garcia de Orta iniciou a sua atividade em setembro de 1991, em substituição do antigo Hospital da Misericórdia de Almada/Hospital Distrital de Almada e, segundo informação oficial, serve atualmente uma população estimada em cerca de 350 mil habitantes dos concelhos de Almada e Seixal.

Alguns serviços do Hospital Garcia de Orta dão também resposta às populações de toda a Península de Setúbal.

Para o presidente da Câmara Municipal do Seixal, Paulo Silva, “é fundamental que este processo saia do papel”, considerando tratar-se de uma necessidade urgente.

“Faz muito falta à população do concelho do Seixal”, disse Paulo Silva, destacando também a necessidade de melhoria em outros equipamentos na área dos cuidados de saúde primários, nomeadamente uma nova unidade nos Foros de Amora, com uma candidatura já aprovada assim como a outras duas, em Paio Pires e na Rosinha, com candidaturas a serem trabalhadas.

A construção do Hospital do Seixal, no distrito de Setúbal, é uma reivindicação com mais de duas décadas que já foi objeto de um protocolo entre o Estado e a Câmara Municipal do Seixal, em 2009, com inauguração prevista da unidade de saúde para 2012.

Após uma longa espera, só em 2018 houve de novo ‘luz verde’ do Governo para se avançar com o futuro Hospital do Seixal, com um custo estimado de 25 milhões de euros, mas o concurso público para a conceção e projeto ficou parado devido a questões jurídicas.

Unidades de Saúde Familiar de Nelas vão ser requalificadas por 2,9ME

O presidente da Câmara Municipal de Nelas, Joaquim Amaral, anunciou que as Unidades de Saúde Familiar (USF) do concelho vão sofrer requalificações na ordem dos 2,9 milhões de euros.

“Temos a perfeita noção que estamos a falar de um processo de transferência de competências na área da saúde, que está em curso, e, portanto, ou seria agora ou dificilmente conseguiríamos fazer”, admitiu Joaquim Amaral à agência Lusa.

Isto, porque, explicou, a requalificação dos dois edifícios “é financiada em cem por cento pelo PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] e trata-se de um valor na ordem dos 2,9 milhões de euros”.

“São dois equipamentos, tanto o de Nelas, que fica na ordem dos 2,2 milhões de euros, como o de Canas de Senhorim, em cerca de 700 mil euros, que datam da década de 70 e estão num estado de degradação bastante acentuado”, referiu.

Neste sentido, as obras incluem “a requalificação das suas próprias áreas, a eficiência energética, que tem uma componente muito forte, a melhoria da segurança e do conforto dos profissionais e dos utentes, as acessibilidades e a preservação dos edifícios”.

No decorrer das obras, explicou, as USF “continuarão a funcionar com alguns condicionamentos, uma vez que, enquanto estiver a ser trabalhada uma ala, a outra continuará ao serviço” dos utentes.

Após a requalificação, “haverá um alargamento do horário no funcionamento, porque é um dos compromissos assumidos com o Ministério da Saúde, para voltar ao horário que já existia antes”, sublinhou.

Joaquim Amaral perspetiva que as obras nos dois edifícios, o Centro de Saúde de Nelas, ou seja, a USF Estrela do Dão, e a USF de Canas de Senhorim, que servem cerca dos 3 200 habitantes do concelho, “deverão iniciar ainda este ano”, após o concurso.

“A ideia, o compromisso, é no próximo ano já estarem as obras concluídas – após esta requalificação, todo o concelho deverá estar bem servido, já que também temos as extensões de saúde de Santar e Carvalhal Redondo”, disse.

Ainda este ano, acrescentou o autarca, espera também “ter no concelho uma unidade móvel de saúde, integrada numa candidatura da Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões”.

“Esta viatura irá complementar os serviços de apoio à saúde, que são prioritários para o município, e irão servir as terras mais periféricas do concelho, para uma resposta mais ampla a toda a população” do município, concluiu.

Inaugurado novo bloco operatório do hospital do Funchal

A requalificação do bloco operatório do Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, vai permitir realizar mais três mil cirurgias por ano, revelou o diretor clínico do Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (Sesaram), Júlio Nóbrega.

“A partir de agora, temos um bloco operatório com instalações renovadas, com equipamento médico novo, instrumental cirúrgico renovado, temos uma área de cuidados pós-anestésicos com mais 50 por cento de capacidade”, destacou Júlio Nóbrega, na cerimónia de inauguração daquele novo espaço.

O diretor clínico do Sesaram indicou que atualmente são operados anualmente cerca de 13 500 doentes, apontando que, com as obras realizadas no bloco operatório, no valor de 2,8 milhões de euros, será possível operar cerca de 16 500 utentes.

O hospital dispõe agora de 12 salas operatórias a funcionar, que permitem fazer “mais nove a 16 cirurgias por dia”, acrescentou.

Júlio Nóbrega adiantou também que o novo bloco operatório será reforçado com mais 38 enfermeiros e 20 assistentes operacionais.

“Hoje estamos muito mais capacitados para cumprir a nossa missão, prestar cuidados de saúde com qualidade e segurança a todos os cidadãos com equidade, independentemente da sua condição social, económica, município de residência ou qualquer outro tipo de discriminação”, afirmou o diretor clínico do Sesaram.

O médico realçou ainda que, em 2022, ano em que foram realizadas as obras, o Serviço Regional de Saúde realizou “apenas menos 149 cirurgias relativamente a 2021”.

Além da empreitada de requalificação do bloco operatório, que custou 2,8 milhões de euros, o Governo da Madeira gastou mais 1,2 milhões na aquisição de novos equipamentos médico-cirúrgicos.

Vila Pouca de Aguiar recebe unidade de convalescença

O edifício onde funciona a unidade de cuidados paliativos de Vila Pouca de Aguiar, a deslocalizar para Chaves, vai ser reconvertido no primeiro serviço de cuidados de convalescença do distrito de Vila Real.

“Foi decidido preservar esta unidade do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) em Vila Pouca de Aguiar com a valência de cuidados de convalesça. Vai passar a haver 20 anos de cuidados de convalescença”, afirmou, à agência Lusa, o presidente da câmara Alberto Machado.

Esta é, apontou, uma resposta que não existe, atualmente, no distrito de Vila Real.

O autarca disse que a informação lhe foi transmitida pelo diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Fernando Araújo.

Em meados de fevereiro, Alberto Machado insurgiu-se contra a decisão do CHTMAD de deslocalizar os cuidados paliativos, instalados em Vila Pouca de Aguiar, para o Hospital de Chaves.

O centro hospitalar justificou esta decisão referindo que, com a mudança, disponibilizará “um espaço físico renovado aos seus doentes, com cerca de 20 camas, adaptadas às necessidades específicas desta valência, e integradas numa estrutura hospitalar, cumprindo, desta forma, diretrizes da Comissão Nacional de Cuidados Paliativos”.

A solução agora anunciada pelo diretor executivo do SNS é do agrado do autarca, que adiantou que vão ser realizar obras no edifício, ao abrigo do Programa de Recuperação e Resiliência.

“Haverá uma interrupção para obras, as obras não são muito significativas e foi-nos garantido que, antes do fim do ano, estará a funcionar esta unidade”, salientou. O espaço será gerido pelo CHTMAD e a câmara continuará a apoiar com o pagamento da manutenção do espaço e da água ou luz.

Serviço de Anatomia Patológica do IPO Lisboa renovado por 1,7ME

O Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa Francisco Gentil vai avançar com obras no Serviço de Anatomia Patológica, uma intervenção que deverá estar concluída em 2024.

De acordo com a portaria publicada a 3 de março, em Diário da República, o IPO Lisboa está autorizado a assumir um encargo plurianual de 1 704 547,51 euros para renovar o Serviço de Anatomia Patológica, uma área essencial ao tratamento e investigação clínica.

Em comunicado, o IPO  Lisboa referiu que a maioria das decisões clínicas é baseada no diagnóstico anátomo-patológico, pelo que a modernização e a ampliação das instalações deste serviço vão promover melhores condições de trabalho e centralizar a atividade do laboratório de histopatologia e a expansão das técnicas de biologia molecular.

CHBM renova espaço de Serviço de Medicina Física e de Reabilitação

O Centro Hospitalar Barreiro Montijo (CHBM) realizou obras de beneficiação no espaço físico do Serviço de Medicina Física e de Reabilitação no Hospital de Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro.

De acordo com um comunicado do CHBM, trata-se de um investimento de cerca de 148 mil euros, que tem como objetivo melhorar a prestação de cuidados aos utentes e as condições de trabalho aos profissionais.

Esta intervenção permitiu reconverter a área da antiga piscina, que se encontrava desativada, bem como reorganizar os espaços.

De acordo com a diretora do Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, Graça Moreira, “a realização desta obra é uma mais-valia dado ter sido possível integrar num mesmo espaço, todas as áreas técnicas compreendidas na Medicina Física e de Reabilitação, e que se encontravam dispersas no hospital”.

Também o secretariado foi deslocado para um espaço com acesso ao exterior, facilitando o atendimento aos utentes que recorrem a este serviço.

O Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, que desenvolve a sua atividade nos setores de Fisioterapia, Terapia Ocupacional e Terapia da Fala, realizou, em 2022, um total de 174 311 tratamentos, o que corresponde a um crescimento de 13,5 por cento da atividade comparativamente com o ano anterior.

Destes, 156 513 são tratamentos de Fisioterapia, 5 963 de Terapia da Fala e 12 105 de Terapia Ocupacional. Foram, ainda, realizadas 3 475 consultas médicas.

CHUC consigna ampliação do serviço de urgência

O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) consignou as obras de ampliação do Serviço de Urgência do polo principal, no valor de 9,5 milhões de euros (com IVA), que deverão estar concluídas em maio de 2024.

“A intervenção vai decorrer em sete fases sucessivas, iniciando-se pela ampliação e seguindo-se no interior do edifício, onde cada fase subsequente supõe a conclusão da fase anterior”, referiu o centro hospitalar em comunicado.

Segundo o CHUC, o planeamento das diversas fases da obra foi concebido de forma a reduzir os impactos nos doentes e profissionais.

“Além da atenção dada à preparação do faseamento da obra e das várias medidas estudadas para aliviar os constrangimentos que decorrem de uma intervenção com estas características, o envolvimento de todos os intervenientes será determinante para continuar a garantir os níveis de qualidade dos cuidados de saúde no CHUC e para minimizar os impactos na organização hospitalar”, lê-se no comunicado.

Durante a empreitada de requalificação, cuja conclusão está prevista para 20 de maio do próximo ano, o Serviço de Urgência vai manter-se em atividade contínua.

Trata-se de um investimento de 7 735 936,09 euros, a que acresce o IVA, comparticipados pelo Portugal 2020, tendo os trabalhos, adjudicados à empresa espanhola Constructora San José, de Pontevedra, um prazo de realização de 455 dias.

O contrato foi celebrado entre o CHUC e a adjudicatária da Galiza no dia 23 de novembro.

O concurso público internacional tinha sido lançado pelo CHUC a 3 de maio de 2021, de acordo com a publicação no Diário da República.

IPO de Lisboa lança concurso para projeto de arquitetura do novo edifício

O Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPO de Lisboa) lançou o procedimento de aquisição do projeto de arquitetura para a construção do novo edifício de ambulatório.

Com um valor estimado de dois milhões de euros, este projeto marcará o lançamento da operação de construção do edifício, num ano em que o IPO de Lisboa vai celebrar o seu centenário.

“É um passo expressivo e importante para permitir concretizar uma necessidade de vários anos, tanto de profissionais de saúde como de doentes. Estamos confiantes de que o processo seguirá com normalidade e que 2023 seja um ano decisivo para se avançar para a realização desta obra”, afirmou, em comunicado, a presidente do Conselho de Administração do IPO de Lisboa.

Segundo o instituto, o novo edifício vai concentrar valências que atualmente se encontram distribuídas por vários espaços, com “óbvios benefícios de partilha de recursos humanos e tecnológicos”.

“Além das inúmeras vantagens para profissionais e doentes, melhor adequação da prestação de cuidados de saúde às necessidades e à crescente procura de cuidados especializados em oncologia, vai ainda facilitar a comunicação entre os diversos participantes nos processos assistenciais, de diagnóstico e de investigação e ensino”, adiantou.

A obra será projetada para ocupar uma área superior a 24 mil metros quadros, do lado nascente no IPO de Lisboa.

De acordo com o documento publicado em Diário da República, as candidaturas podem ser apresentadas até 11 de março e os concorrentes são obrigados a manter as respetivas propostas por 120 dias a contar dessa data.

O prazo inicial de execução do contrato é de 63 meses e os critérios de adjudicação são a qualidade da proposta (70 por cento), que inclui inovação e identidade arquitetónica, integração e relação com os restantes edifícios, inovação e adequabilidade das soluções técnicas e exequibilidade técnica e sustentabilidade da proposta, o preço (15 por cento) e o prazo (15 por cento).

Consulte o anúncio em https://files.dre.pt/cp_hora/2023/02/029/416140046.pdf

Santa Maria da Feira vai construir unidade de saúde por 2ME

A Câmara de Santa Maria da Feira definiu os termos do acordo com a ARS Norte que lhe permitirá recorrer ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a construção de uma unidade de saúde de dois milhões de euros em Fiães.

Segundo revelou à agência Lusa o presidente dessa autarquia do distrito de Aveiro, Emídio Sousa, em causa está o contrato-programa aprovado por unanimidade em reunião de Câmara que permitirá ao executivo avançar com o projeto para criação de um edifício que substitua a atual Unidade de Saúde Familiar (USF) e Unidade de Cuidados à Comunidade (UCC) da referida freguesia, e candidatar a obra ao PRR.

“Na prática, vamos substituir-nos ao Estado na construção de um edifício que devia ser ele a criar, mas a única solução é ser a Câmara a tratar do assunto porque, de outra forma, a obra nunca mais aparecia e a população de Fiães continuava com uma unidade de saúde que está muito degradada e não tem as condições que se exigem a serviços destes”, disse Emídio Sousa.

As atuais USF e UCC estão instaladas num edifício da antiga Casa do Povo de Fiães que “tem mais de 50 anos” e apresenta “problemas infraestruturais”, como infiltrações de água, mau funcionamento do quadro elétrico e falta de condições de acessibilidade.

Segundo a ARS Norte, “as atuais instalações, para além de exíguas, estão a funcionar num edifício muito antigo, não correspondendo à qualidade necessária para a prestação de cuidados que as equipas aí instaladas oferecem diariamente”.

Recuperar o imóvel que acolhe ambas as unidades de saúde não foi, por isso, considerada uma medida eficaz, como a direção da ARS justificou ao realçar que só com um novo espaço se poderá proceder ao devido “acolhimento das equipas, que têm crescido em quantidade e em número de valências”.

O objetivo é também acomodar melhor os utentes, considerando que, como referiu a ARS Norte, “a USF de Fiães serve uma população de cerca de 10 500 inscritos e a Unidade de Cuidados na Comunidade Feira Norte serve uma comunidade de cerca de 57 mil habitantes”.

Quanto ao destino do imóvel atual, Emídio Sousa adiantou que “é para demolir” e acrescentou que, após esse procedimento, na mesma morada será criado “estacionamento para servir o pavilhão desportivo da Casa do Povo, que é muito frequentado mas não tem oferta suficiente” de aparcamento.

A USF nova, por sua vez, irá ocupar 2 154 metros quadrados de terrenos que a autarquia já disponibilizou para o efeito e que estão avaliados em mais de 370 mil euros.

Emídio Sousa disse esperar obter para a obra a comparticipação máxima de 85 por cento.

O contrato-programa com a ARS Norte prevê, aliás, que, a intervenção da Câmara Municipal fique dependente de apoio comunitário ao abrigo do PRR, pelo que, como se lê no documento, não sendo aprovado o financiamento das obras de construção necessárias à implementação da unidades de saúde e à aquisição dos respetivos equipamentos, “as partes acordam desde já na revisão dos termos do contrato, com o intuito de, por acordo, se procurar encontrar soluções alternativas”.

O projeto de arquitetura da nova infraestrutura de Fiães já está a ser executado e, se tudo correr dentro dos prazos normais, o presidente da Câmara espera “poder arrancar com a empreitada no final de 2024”. Uma vez no terreno, os trabalhos deverão depois ficar concluídos “no período de um ano”.

Entretanto, a autarquia tem em andamento outros projetos e obras relativos à renovação e ampliação de unidades de saúde nesse concelho, nomeadamente os que se destinam a servir as comunidades de Milheirós de Poiares, Canedo e, em conjunto, Nogueira da Regedoura e São Paio de Oleiros.