ARS Norte tem novo sistema de atendimento

A Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte é a primeira ARS do país a concluir a instalação do Sistema de Atendimento e Resposta Ágil (SARA) em todas as suas unidades de cuidados de saúde primários.

O SARA é um sistema que facilita o acesso dos utentes aos cuidados de saúde primários, evitando deslocações necessárias, uma vez que assenta numa funcionalidade designada por “calback”, que regista o número de telefone do utente e permite às unidades de saúde devolverem a chamada.

O diretor executivo do Agrupamento dos Centos de Saúde (ACeS) do Porto Oriental, Álvaro Pereira, que apresentou esta funcionalidade à Ministra da Saúde, Marta Temido, revelou que, só em maio, as unidades da região atenderam e reencaminharam 98 por cento das 500 mil chamadas efetuadas.

Esta aplicação substitui o atendimento presencial por uma gravação que coloca à disposição do utente um conjunto de opções, tais como marcação de consulta do dia ou consulta programada ou renovação receitas, entre outros. Quando a opção é selecionada pelo utente, a aplicação procede então à gravação do número que fez o contacto, gerando depois uma tarefa – ordenada pela hora da chamada e pelo motivo.

“Estamos a resolver um problema crucial e identificado há muito tempo nos serviços de saúde, que é o não atendimento do telefone”, afirmou Álvaro Pereira.

A ARS do Norte começou a aplicar esta ferramenta ainda antes da pandemia, mas foi a partir de julho de 2021 que este projeto ganhou dimensão nacional com a parceria com a SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde.

Segundo a SPMS, o SARA já está instalado em 533 unidades de saúde do país, estando em curso a implementação em mais 13 unidades.

A região Norte tem este sistema em 377 unidades, o Centro em 83 e a região de Lisboa e Vale do Tejo em 73.

Hospital do Funchal estima aumentar para 254 tempos operatórios

O Hospital Dr. Nélio Mendonça, na Madeira, estima passar a ter, no próximo ano, capacidade para 254 tempos operatórios por mês, um aumento face aos cerca de 180 do ano passado, revelou o serviço de saúde da região.

Estes dados foram disponibilizados pelo diretor do bloco operatório do Sesaram (Serviço Regional de Saúde), Diogo Rijo, que falava numa conferência de imprensa realizada no Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal.

O responsável salientou que quando as obras do bloco operatório – que começaram em dezembro e têm uma duração estimada de cerca de seis meses – estiverem terminadas, são necessários “mais recursos humanos e melhor distribuição”, assim como mais recursos físicos.

Segundo o médico, em 2021 existiam 159 tempos operatórios por mês no bloco central de cirurgia e “apenas 20 em bloco de ambulatório”.

No entanto, com as obras a serem realizadas naquele bloco do hospital e havendo mais espaços e mais recursos humanos, estimam-se 168 tempos operatórios disponíveis em bloco central em 2023, com nove salas a mais, e em bloco de ambulatório os tempos deverão subir de 20, em 2021, para 86 no próximo ano.

“Se nós conseguirmos aumentar isto tudo, isto equivale a cerca de 3 300 doentes num ano”, acrescentou.

Questionado sobre o número de cirurgias em atraso antes da pandemia de Covid-19 e atualmente, Diogo Rijo indicou que esse número aumentou de cerca de 20 500 para “19 mil e muitas”, sem precisar dados concretos.

O diretor do Bloco Operatório ressalvou que o esforço que está a ser feito pelo serviço de que é responsável vai “além dos números” e que os tempos estão a ser “otimizados ao máximo”.

O médico perspetivou também que os números de cirurgias em espera “daqui a uns meses sejam muito mais baixos”, sem indicar estimativas concretas.

Diogo Rijo revelou, por outro lado, que o serviço regional de saúde contará este ano com mais três anestesistas, três ortopedistas e quatro cirurgiões.

A enfermeira Marina Castro, do bloco operatório, completou que depois das obras estarem concluídas serão necessários “38 enfermeiros e 20 assistentes operacionais”.

O diretor clínico do Sesaram, Júlio Nóbrega, justificou os atrasos nas cirurgias com o facto de os profissionais de saúde estarem “exaustos” e defendeu que os efeitos da pandemia de Covid-19 vão perdurar durante mais anos.

O responsável vincou também que está a ser utilizada toda a capacidade instalada para realizar cirurgias, indicando ainda que há atualmente 152 profissionais de saúde infetados, 92 utentes em alta social e 39 utentes internados com covid-19, aspetos que condicionam a atividade médica.

São João implementa plataforma de apoio à decisão clínica

O Centro Hospitalar Universitário São João (CHUSJ) implementou um novo software de apoio à decisão clínica que pretende reduzir assimetrias nos cuidados prestados entre diferentes profissionais, reduzir o consumo de exames complementares de diagnóstico inadequados, aumentar a celeridade da resposta e a comodidade dos utentes.

Criado em parceria com uma startup de médicos portugueses e pensado para a realidade do Serviço de Urgência, este projeto promete facilitar a integração dos médicos que todos os anos chegam ao CHUSJ para continuarem a sua formação, e foi iniciado no Serviço de Urgência Pediátrico e no Serviço de Urgência de Adultos.

De acordo com o fundador do projeto, Tomás Pessoa e Costa, “esta ferramenta concentra todo o saber médico e, sendo colaborativa, vai evoluindo com a medicina à medida que os seus utilizadores introduzem informações de maneira a poder facultar aos médicos a melhor recomendação, baseada na evidência clínica e nas contribuições que os médicos vão introduzindo diariamente”.

De acordo com Tomás Pessoa e Costa, o objetivo desta plataforma é apoiar o exercício da prática médica através das diversas ferramentas concebidas para o efeito, nomeadamente através de um chatbot suportado em algoritmos que orientam o clínico ao longo de toda a consulta.

Os diretores dos Serviços de Urgência Pediátrica e Cirurgia Geral, Ruben Rocha e Elisabete Barbosa, consideram esta plataforma importante para a garantia do acesso da informação médica atualizada, evitando, assim, erros de articulação entre os membros das equipas clínicas.

Ginecologia e Obstetrícia do HDS tem nova técnica cirúrgica

A equipa de Uroginecologia do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Distrital de Santarém (HDS) iniciou, no passado dia 3 de maio, uma nova técnica cirúrgica denominada histerectomia vNotes.

Para a realização das três primeiras cirurgias, a equipa contou com a presença do Professor JF Baekelandt do Departement of Obstetrics and Gynaecology do Imelda Hospital, situado em Bonheiden, Bélgica, e detentor de uma vasta experiência nesta técnica.

Segundo a ginecologista responsável pela Consulta de Uroginecologia do HDS, Margarida Estrela, a histerectomia vNotes é uma técnica minimamente invasiva que utiliza um orifício natural (vagina) para aceder ao órgão a operar (útero) por via laparoscópica (sem a incisão inerente a uma cirurgia “aberta”).

De acordo com a médica, “esta técnica é muito vantajosa para as doentes pela inexistência de cicatrizes, pela significativa redução da dor no pós-operatório e no tempo de internamento”.

Esta técnica permite um regresso célere ao domicílio, assim como uma rápida recuperação à vida familiar, laboral e social das utentes, referiu a ginecologista. Também para o cirurgião o posicionamento durante a cirurgia é muito mais confortável e ergonómico, comparativamente à laparoscopia clássica.

“O contributo do Professor JF Baekelandt foi inestimável e permitiu incentivar, aconselhar e complementar a formação realizada (curso prático em modelo) por dois ginecologistas em outubro de 2021, o que permitiu que as cirurgias realizadas tivessem sido um êxito”, destacou.

Margarida Estrela sublinhou que a introdução e desenvolvimento desta técnica foi possível após a apresentação do projeto à Direção Clínica e ao Conselho de Administração do HDS, que o apoiaram desde o início, assim como a aprovação da aquisição do material necessário para este tipo de cirurgia.

CHMT passa a garantir todos os exames de Imagiologia Cardíaca

O Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) passou a realizar, nas suas instalações, todo o tipo de exames imagiológicos de diagnóstico, avaliação e tratamento de doentes com patologia cardíaca e cardiovascular.

O CHMT investiu mais de três milhões de euros na aquisição e reforço de equipamentos de Imagiologia – dos quais, cerca de 230 mil euros foram investidos em Imagiologia Cardíaca.

O cardiologista do CHMT Davide Severino foi o especialista responsável pela realização do primeiro ecocardiograma de sobrecarga farmacológica realizado nas instalações do CHMT, exame que passará a estar disponível para a avaliação de doentes cardíacos da região do Médio Tejo.

A realização deste tipo de exame complementar de diagnóstico implicava, até agora, a deslocação dos utentes para instituições de saúde privadas com as quais o CHMT tinha celebrado um protocolo de colaboração.

“Sabemos pela realidade das nossas três unidades e também pelo último estudo que caracterizou a população servida pelo Agrupamento de Centros de Saúde do Médio Tejo, que as doenças cardiovasculares são a primeira causa de morte da nossa região, à frente da doença oncológica. Com este reforço em meios de diagnóstico, queremos dar um sinal claro à população que servimos: estamos preparados com os melhores profissionais de saúde e equipados com todos os meios de diagnóstico da especialidade de Imagiologia Cardíaca, para levar de mais e melhor saúde para a população do Médio Tejo”, afirmou o presidente do Conselho de Administração do CHMT, Casimiro Ramos.

Todos os exames de diagnóstico no SNS passam a poder ser prescritos eletronicamente

Os médicos de família já podem prescrever todos os meios complementares de diagnóstico e terapêutica, como radiografias ou colonoscopias, por via eletrónica, o que permitiu atingir uma taxa de prescrição de cerca de 85 por cento.

Os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) anunciaram, em comunicado, que “já é possível a prescrição de todos os meios complementares de diagnóstico e terapêutica (MCDT), de forma desmaterializada, nos cuidados de saúde primários”, nomeadamente por SMS ou e-mail.

De acordo com os SPMS, desde o dia 1 de abril já foram emitidas mais de 302 mil (302.639) requisições de forma desmaterializada (sem papel), das quais mais de 33 mil no dia 6 de abril.

Os exames médicos desmaterializados abrangem agora todas as áreas, nomeadamente as áreas referentes a endoscopia gastroenterológica, medicina física e reabilitação, pneumologia-imunoalergologia e radiologia.

Os SPMS referem, a título de exemplo, que são abrangidas agora as requisições de radiografias, de TAC, de provas de exercício com avaliação de parâmetros cardiorrespiratórios (em tapete rolante ou bicicleta ergonómica), de testes de alergologia ou de colonoscopias.

Para facilitar a vida ao utente, as requisições emitidas podem ser acedidas na aplicação SNS24 ou na Área Pessoal do Portal SNS24 (sns24.gov.pt) e recebidas através de SMS e email.

Apresentado Plano Nacional de Saúde 2021-2030

O Plano Nacional de Saúde (PNS) 2021-2030, apresentado no dia 7 de abril, no âmbito do Dia Mundial da Saúde, pela diretora executiva Fátima Quitério, tem, pela primeira vez, um horizonte a dez anos – de 2021 a 2030. O último foi de 2011 a 2016, com extensão a 2020.

O PNS 2021-2030 coloca o foco principal na Agenda das Nações para a Construção do Desenvolvimento Sustentável, e tem como mote uma “Saúde Sustentável: de tod@s para tod@s onde ganham também relevância “os problemas ligados às alterações climáticas ou às infeções com potencial pandémico ou as catástrofes naturais”.

No plano é referido que este PNS “é mais do que um documento”, é um processo participativo, cocriativo, estruturado e integrador” que parte da identificação conjunta das principais necessidades e expectativas de saúde da população residente em Portugal, e que seleciona “estratégias de intervenção mais adequadas”.

De acordo com a Direção-Geral da Saúde, esta é uma nova tipologia de problemas de saúde que coloca no mesmo patamar de relevância para a intervenção “não só as doenças crónicas (tumores malignos, doenças cerebrocardiovasculares, do foro da saúde mental e outras), mas também problemas atualmente de baixa magnitude, mas com elevado potencial de risco, como a mortalidade infantil ou as doenças preveníveis pela vacinação, que estão hoje controladas, mas que podem voltar a ascender”.

O PNS, que parte da identificação das principais necessidades e expectativas de saúde da população, define as estratégias de intervenção mais adequadas, tendo em vista o alcance de objetivos de saúde sustentável para Portugal, visando, entre outros, a redução das iniquidades.

O PNS 2021-2030 apresenta dez recomendações:

  1. A sua implementação através da participação e das ações “de tod@s para tod@s”;
  2. A sua utilização como um instrumento de alinhamento e de governação em saúde;
  3. A articulação, de um modo integrado, com o planeamento em saúde de nível subnacional;
  4. A adoção de uma nova tipologia de problemas de saúde;
  5. A aplicação de um novo paradigma na abordagem dos problemas de saúde e na intervenção em saúde;
  6. A valorização da informação, da comunicação, da ciência, do conhecimento e da inovação;
  7. A ação trans e multissectorial sobre os determinantes demográfico-sociais e económicos, como fundamental para o alcance de saúde sustentável;
  8. O reforço do investimento, pela sua importância crescente, nos determinantes relacionados com o sistema de saúde e a prestação de cuidados de saúde;
  9. O desenvolvimento de uma nova abordagem ao financiamento e contratualização em saúde;
  10. A construção de um “Pacto Social para a Década”, centrado na saúde sustentável e na redução das iniquidades em saúde.

HFZ-Ovar cria medida pioneira para gestão do bloco operatório

O Hospital Dr. Francisco Zagalo – Ovar (HFZ-Ovar) implementou o agendamento “on time” das cirurgias na especialidade de urologia, uma medida pioneira “com ganhos consideráveis” no processo de gestão do bloco operatório.

De acordo com a diretora do Serviço de Gestão e Admissão de Doentes do HFZ-Ovar, Catarina Meneses, “esta é, no fundo, uma solução mais sustentável que recorre à racionalização de recursos”.

“Os utentes saem da consulta já com todos os exames e cirurgias marcados, podendo até acompanhar este agendamento no Portal do Utente”, refere.

De acordo com a responsável, em termos operacionais este procedimento aporta ganhos de gestão do processo, “que se torna mais ‘cleen’, fluído, previsional e centralizável”, evitando cancelamentos e adiamentos de cirurgias e otimizando, assim, a própria gestão do bloco operatório.

“Por outro lado, é bom para o utente, já que este se organiza pessoal e profissionalmente, tendo a intervenção cirúrgica menos impacto na sua atividade profissional e, do ponto de vista emocional, este processo permite também gerir a natural ansiedade relacionada com a cirurgia”, sublinhou Catarina Meneses.

Para a responsável, este é “um passo importante” e surge na lógica de modernização do Serviço Nacional de Saúde, “aproximando-o, cada vez mais, das pessoas e centrando-o no utente”.

A responsável médica dos serviços cirúrgicos e do bloco operatório, Eulália Sá, é a primeira a reconhecer a importância da medida que resulta de “um processo organizacional diferente” iniciado quando assumiu as novas funções, em novembro de 2021.

“Estamos a facilitar a vida aos doentes e a nossa organização interna é, agora, substancialmente melhor. Já conseguimos esgotar a lista de espera em urologia, mas o objetivo é fazê-lo em todas as especialidades”, salientou.

Segundo o urologista Carlos Ferreira, esta nova estratégia representa uma mais-valia processual, pois é possível prever a data de uma cirurgia e até agendá-la com maior precisão.

Centro de Saúde de Odemira inicia processo de descentralização

O processo de descentralização de análises clínicas nos Centros de Saúde foi iniciado no passado dia 14 de março em Odemira.

Este novo serviço, funcionando como piloto no Centro de Saúde de Odemira, reforça a estratégia da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA) em aumentar a carteira de serviços em cada um dos cinco concelhos da região.

Assim, de acordo com a ULSLA, foi instalado um posto de colheitas no Centro de Saúde de Odemira (provisório até à conclusão das obras de reabilitação do edifício), que funciona de segunda-feira a sexta-feira, das 8 às 11 horas, mediante marcação prévia.

A gestão do serviço é assegurada pelo Serviço de Patologia Clínica da ULSLA, que afeta ao seu funcionamento uma Técnica Superior de Diagnóstico e Terapêutica – Análises Clínicas, e que, em breve, se expandirá para Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Sines.

Segundo o Conselho de Administração, a ULSLA está determinada em implementar projetos que contribuam para minimizar a dispersão geográfica do território.

HFZ-Ovar tem solução inovadora para processo de esterilização

O Hospital Dr. Francisco Zagalo – Ovar (HFZ-Ovar) já tem em funcionamento desde janeiro o “SteriTrace”, uma solução inovadora que permite a informatização e monitorização de controlo da qualidade do processo de rastreabilidade do instrumental cirúrgico, que garante o rastreio e a segurança no processo de esterilização.

“A Unidade de Reprocessamento de Dispositivos Médicos tem uma importância vital na distribuição de instrumental cirúrgico sem risco de contaminação”, afirmou o presidente do Conselho Diretivo do HFZ-Ovar, Luís Miguel Ferreira.

Segundo o responsável, é necessário executar este processo, mantendo “todos os registos dos ciclos de esterilização e identificar cada item, utilizando uma tecnologia que garanta a necessária precisão neste processo crítico para a atividade”.

O “SteriTrace” – desenvolvido pela empresa BIQ – Health Solutions – monitoriza todas as fases do ciclo de reprocessamento dos instrumentos cirúrgicos, processo de esterilização, com uma dinâmica e interface inovadora que permite ao profissional o acompanhamento de cada momento do ciclo.

Esta solução garante o protocolo de validação das medidas de qualidade, em conformidade com os parâmetros usados pelo hospital. Uma das suas principais vantagens tem a ver com a eficiência, onde sobressai o facto de o processo ser informatizado, a validação do instrumental cirúrgico é realizada e o processamento ser efetuado sem recurso a “check-list” intermináveis em papel, uma vez que é possível validar toda a informação sem necessidade de imprimir qualquer informação.

De acordo com o HFZ-Ovar, o projeto “Hospital do Futuro: A interoperabilidade digital”, que enquadra esta solução, foi cofinanciado pelo SAMA2020: Sistema de Apoio à Modernização e Capacitação da Administração Pública (POCI-05-5762-FSE-000265), visando reforçar a capacidade institucional e uma administração pública eficiente.