CHL tem novo espaço para doentes respiratórios

A nova Área Dedicada a Doentes com suspeita de Infeção Respiratória nos Serviços de Urgência (ADR-SU) no Hospital de Santo André já se encontra em funcionamento desde dia 3 de janeiro.

 
A nova estrutura do Centro Hospitalar de Leiria (CHL) permite garantir a resposta adequada ao expectável agravamento da afluência devido ao crescimento epidémico da Covid-19 e ao aumento previsível da incidência de outras infeções respiratórias agudas. Durante o primeiro turno de 24 horas da nova ADR-SU foram admitidos 85 utentes.
 
“A unidade que agora disponibilizamos é uma urgência para doentes respiratórios, que substitui a área que existia na Urgência Geral para o efeito. Desta forma é possível segregar circuitos, com mais condições para fazer um atendimento com maior segurança, quer para os utentes, quer para os nossos profissionais”, destacou o presidente do Conselho de Administração do CHL Licínio de Carvalho.
 
A ADR-SU ocupa parte da área afeta ao Serviço de Medicina Física e Reabilitação, e conta com três gabinetes de consulta, uma sala de tratamento, um gabinete de triagem, uma sala de emergência com capacidade para assistir dois doentes em simultâneo, uma sala de observação com capacidade para dez macas (que pode aumentar, se necessário) e sete cadeirões, uma área de observação com 20 camas e três quartos de isolamento, uma sala de raio-x, e ainda um conjunto de áreas de apoio como armazéns, zonas de espera, secretariado, vestiários, adufas, instalações sanitárias e antecâmara.
 
Esta nova área tem um acesso externo próprio, o que permite a separação dos circuitos dos doentes com suspeita de infeção respiratória aguda face aos restantes.
 

O investimento estimado da nova ADR-SU e do novo internamento Covid é de 570 mil euros, sendo que 470 mil euros são referentes à empreitada de execução e cerca de cem mil euros a equipamentos.

Treze entidades do SNS distinguidas pela Federação Internacional dos Hospitais

Treze entidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS) fazem parte de um total de 103 instituições de 28 países que foram distinguidas pela Federação Internacional dos Hospitais pelos “serviços excecionais” que prestaram no combate à pandemia da Covid-19.

A Federação Internacional de Hospitais (IHF, sigla em inglês) designou 15 de dezembro como um dia mundial de consciencialização para os hospitais e sistemas de saúde que prestaram serviços excecionais no combate à pandemia da Covid-19.

Segundo a IHF, as entidades distinguidas instituíram mudanças na prestação de cuidados de saúde, desde inovações tecnológicas no diagnóstico e tratamento, até a reestruturação dos sistemas de fluxo de trabalho e interações médico-doente.

Das 103 instituições distinguidas pela IFH, fazem parte 13 entidades portuguesas, nomeadamente:

  • Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho
  • Hospital de Cascais
  • Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte
  • IPO de Coimbra Francisco Gentil
  • Unidade Local de Saúde da Guarda
  • INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica
  • Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central
  • Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga
  • Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro
  • Centro Hospitalar Universitário de São João
  • Hospital Arcebispo João Crisóstomo, em Cantanhede
  • SMPS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde em parceria com a Direção-Geral da Saúde.
O Ministério da Saúde adiantou em comunicado que os projetos foram apresentados a concurso no “Programa de Reconhecimento da Resposta à Covid-19” (‘IHF Beyond the Call of Duty for COVID-19’), que reconheceu ações e respostas de prestadores de cuidados de saúde em todo o mundo e que foram “para além do exigível” no combate à Covid-19.

Este reconhecimento foi atribuído a mais de 100 instituições de 28 países que “proactivamente colocaram em prática respostas ou ações organizacionais de excelência e com caráter inovador no combate à pandemia Covid-19, a nível regional ou nacional”, salientou a o Ministério da Saúde.

A distinção resulta da análise de um júri internacional composto por 16 especialistas do setor de saúde, entre os quais o presidente da direção da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar-APDH, membro da IHF.

Os distinguidos irão receber um certificado “Beyond the Call of Duty for Covid-19? e serão conhecidos através de “uma ampla campanha internacional” nos meios de comunicação, adianta o Ministério da Saúde. A lista completa pode ser consultada AQUI.

O diretor executivo da IHF, Ronald Lavater, afirmou citado em comunicado desta instituição, que o “excelente trabalho” em resposta à pandemia está a transformar o futuro da saúde.

“Uma das nossas motivações na criação deste programa de reconhecimento é destacar a diversidade e agilidade da indústria hospitalar na resposta à pandemia Covid-19”, sublinhou Ronald Lavater.

Para o diretor executivo da IHF, “a pandemia obrigou os hospitais a desenvolver, implementar e adotar novas formas de operar e muitas destas mudanças aceleraram a transformação positiva na prestação de cuidados”.

Hospital de Évora adapta espaço para a UCI de doentes Covid

O Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) vai requalificar e a adaptar um novo espaço físico para a Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) Covid, ficando assim com 19 camas. O investimento tem o valor de 300.750 euros, contando com o apoio de fundos comunitários.

Em comunicado, o HESE explicou que a obra arrancou na sexta-feira passada, dia 30 de outubro, e deverá estar concluída antes do final do ano.

“Esta é uma obra essencial até à construção do novo Hospital Central do Alentejo porque permite, no imediato, um aumento da capacidade de resposta nesta área, em que se estima uma procura potencialmente elevada resultante da incidência significativa de doentes com Covid-19 e, posteriormente, um aumento de resposta a doentes com outras patologias que tendem a chegar mais tarde e mais graves ao hospital e, ainda, a recuperação em todas as linhas de atividade assistencial”, afirmou a presidente do Conselho de Administração, Maria Filomena Mendes.

Além disso, esta requalificação permitirá que, num futuro próximo, o HESE expanda a sua Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente com capacidade para 19 camas para doentes críticos, equipadas com a tecnologia exigida para praticar Medicina Intensiva de nível III e II, sendo que atualmente não existem camas de nível II neste hospital.

A empreitada é cofinanciada em 85 por cento pela reprogramação do projeto ReMoTe – Requalificação e Modernização Tecnológica do HESE, no âmbito do programa regional Alentejo 2020, com apoio do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, e pela Administração Central do Sistema de Saúde.

A obra autorizada prevê um espaço físico para a UCI Covid, no piso 4 do Edifício do Espírito Santo, que passará a dispor de mais 11 camas com pressão negativa onde podem ser internados doentes Covid.

Novo dispositivo vai rastrear nível de oxigénio e temperatura

Um grupo de investigadores da Universidade de Aveiro está a desenvolver um novo dispositivo de rastreamento da COVID-19 pelo nível de oxigénio e de temperatura, através de sensores em postos portáteis. 

O projeto “TO2 – Postos de medição sem contacto de saturação de oxigénio e temperatura” visa desenvolver e integrar sensores em postos portáteis para medição, sem contacto, de dois parâmetros fisiológicos indicadores da COVID-19, em locais onde é maior a probabilidade de aglomeração de pessoas. 

Transportes públicos, aeroportos, escolas, empresas, centros comerciais, conferências, eventos, espetáculos, e mesmo hospitais (triagens), estão entre os locais onde é mais difícil assegurar o cumprimento rigoroso das recomendações sanitárias ou de distanciamento social, sendo apresentados como exemplo de possível utilização. 

Os investigadores estão convencidos de que “será possível identificar precocemente potenciais infetados com COVID-19 e atuar mais cedo, diminuindo o risco de transmissão comunitária do novo coronavírus e melhorando a eficácia dos tratamentos. Além disso, a medição sem contacto, aliada ao cumprimento das normas sanitárias das entidades competentes, previne possíveis contágios indiretos através do próprio dispositivo”, lê-se em comunicado divulgado pela instituição. 

Os dois parâmetros a serem medidos pelo novo dispositivo são o nível de saturação de oxigénio (spo2) diminuído e a temperatura corporal elevada. Os pacientes infetados com o novo vírus têm vindo a revelar “níveis extraordinariamente baixos” de oxigénio no sangue (spo2), mesmo sem terem dificuldades respiratórias. 

O projeto, que é coordenado pelo professor do Departamento de Física e investigador do Instituto de Nanoestruturas, Nanomodelação e Nanofabricação (I3N) João Veloso, mereceu parecer positivo do Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento, e tem financiamento assegurado pela Agência Nacional de Inovação (ANI). Este tem a duração de 10 meses e é copromovido pelo Centro Hospitalar do Baixo Vouga e as empresas “RI-TE – Radiation Imaging Technologies” e “Exatronic”.