Novo dispositivo vai rastrear nível de oxigénio e temperatura

Um grupo de investigadores da Universidade de Aveiro está a desenvolver um novo dispositivo de rastreamento da COVID-19 pelo nível de oxigénio e de temperatura, através de sensores em postos portáteis. 

O projeto “TO2 – Postos de medição sem contacto de saturação de oxigénio e temperatura” visa desenvolver e integrar sensores em postos portáteis para medição, sem contacto, de dois parâmetros fisiológicos indicadores da COVID-19, em locais onde é maior a probabilidade de aglomeração de pessoas. 

Transportes públicos, aeroportos, escolas, empresas, centros comerciais, conferências, eventos, espetáculos, e mesmo hospitais (triagens), estão entre os locais onde é mais difícil assegurar o cumprimento rigoroso das recomendações sanitárias ou de distanciamento social, sendo apresentados como exemplo de possível utilização. 

Os investigadores estão convencidos de que “será possível identificar precocemente potenciais infetados com COVID-19 e atuar mais cedo, diminuindo o risco de transmissão comunitária do novo coronavírus e melhorando a eficácia dos tratamentos. Além disso, a medição sem contacto, aliada ao cumprimento das normas sanitárias das entidades competentes, previne possíveis contágios indiretos através do próprio dispositivo”, lê-se em comunicado divulgado pela instituição. 

Os dois parâmetros a serem medidos pelo novo dispositivo são o nível de saturação de oxigénio (spo2) diminuído e a temperatura corporal elevada. Os pacientes infetados com o novo vírus têm vindo a revelar “níveis extraordinariamente baixos” de oxigénio no sangue (spo2), mesmo sem terem dificuldades respiratórias. 

O projeto, que é coordenado pelo professor do Departamento de Física e investigador do Instituto de Nanoestruturas, Nanomodelação e Nanofabricação (I3N) João Veloso, mereceu parecer positivo do Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento, e tem financiamento assegurado pela Agência Nacional de Inovação (ANI). Este tem a duração de 10 meses e é copromovido pelo Centro Hospitalar do Baixo Vouga e as empresas “RI-TE – Radiation Imaging Technologies” e “Exatronic”.

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