Hospital de Beja volta a ter especialidade de otorrinolaringologia

Cerca de dois anos depois, o Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, volta a ter a especialidade de otorrinolaringologia.

A Unidade Local de Saúde (ULS) do Baixo Alentejo garante de segunda a sexta-feira o pleno funcionamento da especialidade nesta unidade hospitalar incluindo, para além das consultas, bloco operatório e apoio ao internamento.

De acordo com a ULS do Baixo Alentejo, a solução encontrada permite devolver à população o acesso a cuidados de uma especialidade com muita demanda e que era uma carência que há muito importava suprir.

ULS de Amadora/Sintra monitoriza insuficiência cardíaca à distância

Mais de uma dezena de doentes com Insuficiência Cardíaca Crónica receberam formação no Hospital Fernando Fonseca no âmbito do programa de telemonitorização domiciliária que a Unidade Local de Saúde (ULS) Amadora/Sintra tem neste momento a decorrer na sua área de atuação.

Neste momento, existem dois programas de telemonitorização distintos em curso na ULS: um em Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica, sob responsabilidade do Serviço de Pneumologia, e um segundo em Insuficiência Cardíaca Crónica, sob orientação do Serviço de Cardiologia.

Segundo a ULS de Amadora/Sintra, a telemonitorização Domiciliária de Insuficiência Cardíaca tem atualmente 26 doentes ativos, cumprindo-se assim a atividade programada em 2024.

Já a Telemonitorização Domiciliária de Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica tem atualmente 11 doentes ativos em programa, estando o Serviço de Pneumologia a ultimar a entrada de novos doentes para cumprir a meta de ter 24 doentes em programa do decurso do presente ano.

“A Insuficiência Cardíaca é uma das “epidemias” cardiovasculares do nosso tempo. Dados recentes mostram que um em cada seis portugueses tem Insuficiência Cardíaca, sendo que 90 por cento não foi ainda diagnosticado. Estes números tornam a Insuficiência Cardíaca um problema de saúde pública, sendo a principal causa de internamento hospitalar em doentes com mais de 65 anos de idade, e um dos principais motivos de admissão no Serviço de Urgência”, refere a ULS em comunicado divulgado­.

A telemonitorização tem como objetivo melhorar a qualidade de vida dos pacientes, facilitar o trabalho dos profissionais de saúde e promover um sistema de saúde mais eficiente e acessível. A solução desta ULS utiliza avanços tecnológicos, como inteligência artificial, análise de dados e dispositivos conectados, para criar soluções personalizadas e eficazes.

“Aproveitando a tecnologia digital, pretende-se aumentar as capacidades dos profissionais de saúde, permitindo a monitorização dos sinais vitais do paciente a partir da casa do paciente. A telemonitorização visa fortalecer a comunidade médica e o vínculo com o paciente, garantindo atendimento contínuo e personalizado que evolui de acordo com as necessidades do paciente”, lê-se no mesmo comunicado.

A eficácia da telemonitorização está na redução de internamentos hospitalares devido a doenças crónicas – em média 55 por cento – e na redução de dias de hospitalização – em média 45 por cento –, demonstrando “as vantagens tangíveis desta abordagem de cuidados de saúde tecnologicamente melhorada, mitigando a carga dos serviços de saúde pública e ao mesmo tempo alargando e intensificando o alcance dos profissionais médicos e eficácia”, conclui a ULS.

Abertas candidaturas ao Prémio de Boas Práticas em Saúde

O prazo de candidaturas para a 17ª edição do Prémio de Boas Práticas em Saúde, promovido pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar (APDH), já abriu e decorre até 17 de maio.

Esta edição do Prémio centra-se na temática “Sistema de Saúde: Antecipar Ações Face aos Cenários Futuros”, com foco nos seguintes subtemas:

  • Políticas de retenção dos profissionais
  • Modelos de liderança adequados ao futuro
  • Crise climática e seu impacte na Saúde
  • Transformação digital para a otimização de cuidados
  • Integração de cuidados de saúde e otimização de recursos

O Prémio de Boas Práticas em Saúde tem como principal objetivo dar a conhecer as boas práticas em saúde a nível nacional, no âmbito da qualidade e inovação, com vista a replicar as mais-valias para o bom desempenho do Sistema de Saúde.

As candidaturas podem ser submetidas através de um formulário disponibilizado online, na área reservada do site www.boaspraticasemsaude.com.

Lançada linha de financiamento para serviços de Gastrenterologia do SNS

A Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS), nos termos do Despacho nº 3635/2024, de 4 de abril, e de acordo com o plano de investimento previsto, publicou o regulamento de candidatura a financiamento para a qualificação dos Serviços de Gastrenterologia do Serviço Nacional de Saúde

O objetivo passa por promover maior segurança, dos doentes e profissionais, qualidade e humanização na prestação de cuidados aos cidadãos.

“Após em 2023 se ter privilegiado um pacote de investimento em blocos de partos, de cerca de 30 milhões de euros, que abrangeu a rede dos serviços de obstetrícia/ginecologia das instituições do SNS, dos quais a maioria já está concluído, resultando numa melhoria da qualidade, segurança e humanização do SNS, este ano a aposta da DE-SNS será o investimento nos serviços de gastrenterologia”, lê-se em comunicado divulgado.

Segundo a DE-SNS, consideram-se elegíveis no âmbito do presente programa as despesas na aquisição de equipamentos para os serviços de gastrenterologia, nomeadamente equipamentos médicos considerados indispensáveis para a prestação de cuidados de saúde de qualidade, estudos e projetos de intervenção infraestrutural nos serviços de gastrenterologia e intervenções infraestruturais para cumprimento dos programas funcionais aprovados.

“Este investimento, considerado estratégico, deverá resultar numa melhoria das condições da prestação de cuidados de saúde, numa diferenciação tecnológica de equipamentos complexos, que permitirá diagnosticar e tratar mais doentes, cativar profissionais para o SNS e aumentar a satisfação de toda a comunidade do SNS”, refere o DE-SNS no comunicado.

De acordo com o diretor executivo do SNS, Fernando Araújo, “a aposta na requalificação dos serviços de gastrenterologia, é um investimento numa das áreas mais relevantes da medicina e assegura condições para melhorar não apenas o rastreio oncológico, quer do cancro colorretal, quer do cancro gástrico, como o seu diagnóstico e efetivo tratamento’’.

O trabalho em rede entre as equipas de instituições hospitalares e dos cuidados de saúde primários – agora integrados num único modelo de gestão/organização, através das unidades locais de saúde – assim como o planeamento estratégico atempado da resposta, são algumas das missões centrais da DE-SNS.

Leiria aprova projeto para Unidade de Saúde de Santa Eufémia e Boa Vista

A Câmara Municipal de Leiria aprovou, em reunião, o projeto de execução para a construção de uma Unidade de Saúde na União das Freguesias de Santa Eufémia e Boa Vista.

A erguer em terreno localizado em terreno junto ao entroncamento da Avenida D. João Pereira Venâncio e a Rua Padre António Reis, em Santa Eufémia, o novo estabelecimento de saúde terá 595 metros quadrados de construção e será composto por uma receção, oito gabinetes médicos e de enfermagem, salas de tratamentos e uma área de apoio.

No exterior, serão criados 28 lugares de estacionamento para utentes e profissionais de saúde, num investimento que chega quase aos 1,5 milhões de euros, financiados pelo PRR – Plano de Recuperação e Resiliência.

Na mesma reunião, foram também aprovados os protocolos com a Administração Regional de Saúde do Centro para execução das obras de construção da Unidade de Saúde dos Pousos e da Unidade de Saúde da Barreira.

ULSGE inaugura novo internamento de ortopedia com 32 camas

O novo internamento de Ortopedia B da Unidade Local de Saúde Gaia e Espinho (ULSGE), no Hospital Eduardo Santos Silva (HESS), foi inaugurado a 3 de abril, deixando assim as suas instalações provisórias no Piso 1 do hospital, onde se encontrava desde a mudança do Hospital de Gaia para o HESS.

O internamento, agora localizado no Piso 3 do Edifício B (Entrada B1) do Hospital Eduardo Santos Silva, dispõe de 32 camas, “oferecendo assim um ambiente moderno e adequado para o tratamento dos pacientes ortopédicos”, lê-se em comunicado divulgado pela ULSGE.

O diretor do Serviço de Ortopedia da ULSGE, Rui Lemos, expressou a sua satisfação com esta transição que, de acordo com o próprio, “era há muito aguardada”. Deixou ainda o seu agradecimento a toda a equipa, e em especial ao CA “pela iniciativa em realizar esta transição, tão importante para profissionais e utentes”.

O presidente do Conselho de Administração da ULS Gaia e Espinho, Rui Guimarães, elogiou “a resiliência demonstrada durante todo o processo de transição, que apesar de demorado, hoje se conclui”.

Rui Guimarães enfatizou ainda “o compromisso contínuo da ULSGE em melhorar os serviços de saúde”, deixando a promessa de que “até o final do ano a consulta externa também será transferida para o HESS”.

Já a diretora Clínica para os Cuidados Hospitalares da ULSGE, Diana Mota, congratulou o serviço de ortopedia pelo novo internamento. “Relativamente à taxa de execução em patologias da anca somos, atualmente, os melhores do nosso grupo (D), conquista que reflete não apenas o sucesso da ortopedia, mas sim o trabalho conjunto de toda a organização”, salientou.

Hospital de Beja recebe equipamento de ressonância magnética

O secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, inaugurou o novo equipamento de ressonância magnética no Hospital de Beja, um investimento de 1,5 milhões de euros financiado por verbas comunitárias do Portugal 2020.

Beja era o único distrito do país sem esta tecnologia, completando-se a dotação dos hospitais nesta área e ficando garantida a “cobertura plena” no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Em fase de testes, o equipamento deverá começar a funcionar a partir desta semana, evitando que os utentes da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) tenham de deslocar-se a Évora ou Lisboa para fazer exames.

Anualmente, a ULSBA encaminhava cerca de cinco mil utentes por ano para ressonância magnética, estimando que será possível internalizar 70 por cento dos exames. “Com este investimento temos ganhos pessoais, ganhos de diagnóstico e ganhos na gestão do SNS”, afirmou o secretário de Estado da Saúde.

“A região de Beja era a única do país que ainda não tinha este serviço disponível para a população e, portanto, desde logo, vem colmatar uma necessidade que existia neste distrito, que agora fica coberto com esta valência”, acrescentou Ricardo Mestre, apontando vantagens também na fixação de profissionais.

Uma das aspirações é que a ULSBA recupere a idoneidade formativa na especialidade de imagiologia: o hospital deixou de receber internos desta área há mais de uma década por ser obrigatória a formação em ressonância magnética e, por isso, este é um aspeto central para o recrutamento de jovens médicos para a região.

O investimento na modernização tecnológica prossegue com 117 milhões de euros do PRR canalizados para esta área, com os quais está prevista a aquisição e substituição de 82 equipamentos pesados para os hospitais, entre os quais 18 Ressonâncias Magnéticas; 25 Tomografias Computorizadas; 13 Angiógrafos; 8 Câmaras Gama e 11 Aceleradores Lineares. Vão ser ainda instalados nos hospitais do SNS mais seis robôs cirúrgicos, passando a um total de 13.

Serviço de Urgência de Águeda tem novas instalações

O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, inaugurou, a 27 de março, as novas instalações da Urgência Básica do Hospital Conde de Sucena, em Águeda.

Depois de um investimento de 1,6 milhões de euros, financiado pelo PT2020, o Serviço de Urgência que serve a população de Águeda, Anadia, Albergaria e Sever do Vouga tem novas condições para os utentes e melhores acessibilidades.

A presidir a inauguração, o ministro da Saúde sublinhou que é essencial manter a resposta de proximidade no SNS, de que é exemplo esta unidade. “Precisamos de centralizar nas áreas mais diferenciadas, em que isso nos permite obter melhores resultados, mas não podemos nunca perder a escala da proximidade”, afirmou.

O governante insistiu na necessidade de consolidar mudanças importantes no setor da saúde em Portugal, nomeadamente diminuir o recurso evitável aos serviços de urgência em situações não urgentes e investir cada vez mais na promoção da saúde, “que poderá ser a grande conquista deste século”.

Manuel Pizarro sublinhou que a criação das ULS e o trabalho que está em curso é uma oportunidade nesse sentido, a par do maior envolvimento das autarquias com a descentralização de competências na área da saúde, que abrange 189 municípios.

“O SNS é uma construção extraordinária da democracia portuguesa”, afirmou o ministro da Saúde, defendendo a importância de unir esforços para preservar e reforçar o serviço público de saúde.