Novo acelerador linear em Vila Real reforça resposta na radioterapia

A unidade de Vila Real da Unidade Local de Saúde de Trás-os-Montes e Alto Douro (ULSTMAD) conta com um novo acelerador linear, tendo a inauguração do equipamento decorrido a 14 de março e contado com a presença do secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre.

O novo acelerador linear representa um investimento de modernização do Hospital de Vila Real que ascende a cinco milhões de euros e que vai permitir reforçar os tratamentos de radioterapia no centro oncológico desta região. A aquisição foi financiada pelo Programa Norte 2020.

De acordo com o comunicado do Serviço Nacional de Saúde, o equipamento vai também permitir ampliar de forma muito significativa a capacidade de atendimento aos doentes com diferentes tipos de patologia oncológica, estimando-se que seja possível garantir um total de 15 mil tratamentos por ano.

Na cerimónia de inauguração deste segundo acelerador linear da ULSTMAD, o secretário de Estado da Saúde lembrou que este equipamento há muito tempo que era solicitado e que vai agora permitir tratar em proximidade, com qualidade, eficácia e mais rapidez um importante número de cidadãos.

Criada no início de janeiro, a ULSTMAD integra 59 unidades funcionais de cuidados de saúde primários, em 23 centros de saúde, que em conjunto com as três unidades hospitalares (Vila Real, Chaves e Lamego) dão resposta a uma população de cerca de 369 mil habitantes.

Inaugurada a primeira USF do distrito de Bragança

O secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, inaugurou a 15 de março a Unidade de Saúde Familiar (USF) Tua Saúde, no Centro de Saúde de Mirandela I, no âmbito de uma visita à Unidade Local de Saúde do Nordeste.

Trata-se da primeira USF constituída no distrito de Bragança e na área de abrangência da ULS do Nordeste, integrando o Departamento de Cuidados de Saúde Primários. Faz parte das 222 novas USF a nível nacional que, atendendo aos índices de desempenho positivos, transitaram este ano para modelo B – o mais avançado nesta área de cuidados.

“Com uma equipa constituída por médicos, enfermeiros e assistentes técnicos, a USF Tua Saúde garante uma resposta moderna e de proximidade aos seus utentes, assegurando que todos têm acesso a médico e enfermeiro de família”, lê-se em comunicado divulgado pelo Serviço Nacional de Saúde.

A cerimónia de inauguração foi presidida pelo secretário de Estado da Saúde, acompanhado pela secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira, pelo presidente da ULS do Nordeste, Carlos Vaz, e pela presidente da Câmara Municipal de Mirandela, Júlia Rodrigues.

Durante as intervenções, a opinião foi unânime quanto às vantagens deste modelo de organização dos Cuidados de Saúde Primários para a população, numa ótica de proximidade e de articulação de cuidados, dando assim uma resposta célere e de qualidade às suas necessidades. Neste sentido, foi igualmente enaltecido e aplaudido o empenho dos profissionais que integram a USF Tua Saúde, que assumem um papel importante no fortalecimento dos serviços de saúde da região, em particular, e do Serviço Nacional de Saúde, em geral.

“No acolhimento ao utente na USF, os profissionais valorizam as boas práticas clínicas e de atendimento em saúde, procurando a melhoria contínua dos indicadores associados à saúde e bem-estar de cada pessoa”, refere o mesmo comunicado.

Integrado na reforma dos Cuidados de Saúde Primários, este modelo de cuidados pretende dar resposta, com autonomia funcional e técnica, às necessidades em saúde dos utentes, assegurando cuidados atempados e de qualidade à população, valorizando, ao mesmo tempo, o empenho dos profissionais que integram estas equipas, através da atribuição de incentivos remuneratórios pelo seu desempenho.

A USF Tua Saúde funciona também aos sábados, no período entre as 9 e as 14 horas, permitindo, este horário complementar, aumentar a resposta ao nível da consulta programada e de situações de doença aguda.

ULS de Braga inicia processo de renovação da Certificação ISO 9001

A Unidade Local de Saúde (ULS) de Braga iniciou o processo de renovação da Acreditação Global e Certificação ISSO 9001 do Hospital de Braga para 2024-2027, por parte do Caspe Healthcare Knowlodge System (CHKS).

A reacreditação da instituição de saúde avalia e reconhece os processos e padrões de qualidade, de acordo com as melhores práticas reconhecidas internacionalmente.

Durante todo o processo de reacreditação e certificação, que decorrem até final de novembro de 2024, serão avaliados mais de dois mil critérios, envolvendo mais de 65 serviços clínicos e não clínicos.

De acordo com o comunicado enviado à redação pela ULS de Braga, ao longo de todo o período, realizar-se-ão dois momentos de auditoria interna relacionadas com processos/circuitos, de forma a avaliar as práticas regulares do tratamento ao utente, que servirão de teste para o momento de auditoria de avaliação externa, prevista para final de novembro.

“A renovação da acreditação Global do Hospital de Braga cumpre o oitavo ciclo, e vem reforçar a posição de excelência do hospital na área da saúde, agora integrado na ULS de Braga”, referiu o coordenador do Gabinete de Qualidade do Serviço de Qualidade, Segurança e Epidemiologia da ULS de Braga, Marco Sameiro, citado no comunicado.

O enfermeiro diretor da ULS de Braga, Gonçalo Alves, realçou o impacto positivo que a reacreditação pode trazer à instituição, assegurando o sentimento de pertença de todos os profissionais, que serão envolvidos desde logo.

“O compromisso coletivo é possível pelo esforço de todos, que terão um papel fundamental no desenvolvimento deste processo, fomentado pelo rigor e espírito crítico de todos, com vista a boa construção dos pilares que edificam a nossa instituição”, disse Gonçalo Alves.

O primeiro processo de acreditação iniciou-se em 2001, tendo sido obtido em 2004, na altura no Hospital de S. Marcos, atribuída pelo King’s Fund, atualmente CHKS.

Governo regulamenta dispensa de medicamentos hospitalares em proximidade

O Governo concluiu a regulamentação do novo programa de dispensa de medicamentos hospitalares em proximidade, que poderá beneficiar cerca de 150 mil utentes que atualmente fazem deslocações frequentes aos hospitais para levantamento de medicação.

Duas portarias publicadas a 14 de março, em Diário da República, estabelecem as condições e os termos de financiamento deste novo regime, que representará uma maior articulação entre os serviços hospitalares das Unidades Locais de Saúde e as farmácias comunitárias.

Com a publicação destes dois diplomas – Portarias nº 104/2024/1 e n.º 106/2024/1, de 14 de março – são garantidas as condições para a operacionalização desta medida, de acordo com o previsto no Decreto-Lei n.º 138/2023, de 29 de dezembro, que procedeu à criação da dispensa em proximidade de medicamentos e produtos de saúde prescritos para ambulatório hospitalar, no âmbito dos estabelecimentos e serviços do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Assim, fica agora estabelecido que todos os utentes a quem é prescrita medicação de dispensa hospitalar são potencialmente elegíveis para este regime, mediante avaliação das equipas e consentimento dos próprios. Os utentes poderão escolher e alterar o local de dispensa e esta modalidade implicará que cada unidade hospitalar implemente medidas que garantam o eficaz acompanhamento farmacoterapêutico e a salvaguarda da segurança do doente.

Em termos de financiamento, os encargos da dispensa de medicamentos em proximidade são da responsabilidade das unidades que seguem os doentes, sendo estabelecido um mecanismo centralizado de financiamento, a cargo da Administração Central do Sistema de Saúde.

A dispensa da medicação nas farmácias terá a remuneração fixa de 11,96 euros por parte do Estado, não havendo lugar a qualquer pagamento por parte dos utentes.

“A organização deste programa de dispensa de medicamentos em proximidade resulta de um trabalho longo de preparação técnica e jurídica, que contou com a participação de várias entidades do SNS e de parceiros essenciais para o sucesso desta medida, com destaque para o Infarmed, SPMS, SUCH, ANF, ADIFA e hospitais”, lê-se em comunicado divulgado pelo SNS.

“Com base em experiências locais prévias, foi possível definir uma arquitetura assistencial que permitirá a uniformização desta resposta a nível nacional, promovendo-se o acesso aos medicamentos e diminuindo desigualdades e assimetrias regionais, com benefício para a adesão terapêutica”, refere o mesmo documento.

Para o SNS, além de maior comodidade para os utentes, muitas vezes portadores de condições crónicas já com elevado impacto na qualidade de vida e bem-estar, a existência de um mecanismo centralizado de armazenamento e de distribuição de medicamentos hospitalares é também suscetível de otimizar a despesa do SNS com estes tratamentos que são, frequentemente, muito dispendiosos.

Porto quer construir e requalificar 11 centros de saúde

A Câmara Municipal do Porto prevê submeter, até ao final do mês, 11 candidaturas ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a reabilitação e construção de centros de saúde, representando um investimento de 19,5 milhões de euros.

Em reunião de Executivo, a vereadora com o pelouro da Saúde, Catarina Araújo, disse que a autarquia definiu como prioritária a apresentação de 11 candidaturas, alertando que as candidaturas a financiamento do PRR, além de terem prazos curtos – terminam no final de março – primarem pela “ausência de informação da parte das entidades de saúde”, obrigando o município a “definir prioridades, de uma forma responsável e muito pragmática”.

Apostando “nas obras de maior envergadura e que exigiam maior investimento”, o município tem “seis candidaturas apresentadas e acreditamos que, até ao final do mês, que é o prazo limite, vamos conseguir apresentar as outras cinco para cumprir com o propósito a que nos propusemos”, disse a vereadora.

Os seis projetos apresentados são o da construção da unidade de saúde de Azevedo Campanhã – cujo financiamento de 600 mil euros já está aprovado –, Carvalhido e Garcia de Orta / Homem do Leme, ambos com uma verba de 3,5 milhões de euros.

Para requalificação estão já submetidos os projetos da unidade de saúde de Aldoar (1,5 milhões de euros), Porto Douro (1,1 milhões) e Foz (450 mil euros). As restantes – a construção em Santos Pousada e as requalificações do Cerco, Vale Formoso, Serpa Pinto e CDP – aguardam elementos.

“As outras infraestruturas são em número residual e de investimento residual. Não são prioritárias, não há nenhuma situação que nos preocupe sobremaneira”, assegurou Catarina Araújo.

Obras no Serviço de Urgência de Abrantes começam este mês

O Tribunal de Contas (TdC) concedeu visto prévio favorável à empreitada de requalificação e ampliação do Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica da Unidade Hospitalar de Abrantes, após os esclarecimentos enviados pela Unidade Local de Saúde do Médio Tejo (ULS Médio Tejo).

Assim, estão reunidas todas as condições para se dar início à obra, o que deverá ocorrer até ao final do mês, informou a ULS Médio Tejo em comunicado enviado à redação.

A intervenção de requalificação e ampliação da Urgência do Hospital de Abrantes da ULS Médio Tejo visa reorganizar o espaço existente, dotá-lo de melhores condições de funcionamento, através da sua ampliação e modernização.

“As novas instalações da Urgência vão permitir prestar um melhor serviço aos cidadãos, mas igualmente para dotar os profissionais de melhores condições de trabalho”, lê-se no comunicado.

Segundo a ULS Médio Tejo, os trabalhos de requalificação e ampliação da Urgência do Hospital de Abrantes estão orçados em 3,6 milhões de euros e vão decorrer de forma faseada durante o próximo ano e meio – ou seja, até ao final do terceiro trimestre de 2025, envolvendo uma área de intervenção de mais de 1 200 metros quadrados.

A primeira fase dos trabalhos vai decorrer exclusivamente no local onde estava localizada a antiga Consulta Externa da Unidade Hospitalar de Abrantes, área essa que se encontra presentemente desativada.

“É objetivo da ULS Médio Tejo executar a empreitada de forma faseada, mantendo o Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica em pleno funcionamento e com o mínimo constrangimento possível durante todo o processo. Tal visa não comprometer a prestação de cuidados urgentes aos 11 concelhos servidos e, também, aos concelhos limítrofes, no âmbito da assistência em rede que caracteriza o Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, afirmou a ULS Médio Tejo.

Neste momento, o serviço de urgência da ULS encontra-se com limitações estruturais face ao número de população servida. Em alturas de grande afluência, o espaço torna-se insuficiente, interferindo na capacidade de resposta da instituição, dos seus profissionais de saúde e no conforto e bem-estar oferecido aos utentes.

A concretização deste projeto vai permitir o exercício de uma medicina mais segura, moderna e diferenciada pelas equipas de profissionais de saúde da ULS Médio Tejo aos seus utentes. A Urgência de Abrantes ficará assim dotada de meios e instalações mais modernos e que potenciem a sua atratividade e competitividade na missão atribuída ao SNS.

Aberto serviço de internamento em Psiquiatria em Peniche

A Unidade de Internamento de Psiquiatria e Saúde Mental do Hospital de Peniche entrou em funcionamento esta semana, após uma remodelação de uma ala de enfermaria, anunciou a Unidade Local de Saúde (ULS) do Oeste.

Esta nova unidade de internamento na região do Oeste tem uma lotação de 15 camas, permitindo melhorar a acessibilidade e proximidade aos cuidados de saúde mental, descentralizar os serviços e melhorar a integração com os cuidados de saúde primários, famílias e comunidade, evitando as transferências de utentes para internamento em Lisboa, a deslocação das famílias e a sobrelotação nos hospitais centrais.

A criação da valência de internamento no Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental da ULS do Oeste implicou a remodelação de uma ala de enfermaria da Unidade Hospitalar de Peniche.

“A ULS do Oeste ganha uma nova valência (Internamento em Psiquiatria e Saúde Mental) e a Unidade Hospitalar de Peniche ganha uma centralidade no conjunto desta entidade, disponibilizando internamento psiquiátrico, o qual, no presente, não é disponibilizado em nenhum dos outros polos hospitalares da mesma entidade”, referiu a ULS do Oeste em comunicado.

Em simultâneo, “este investimento de remodelação permitiu recuperar um espaço inoperacional e com alguns níveis de degradação, criar condições dignas de utilização dos espaços existentes e contribuiu para a requalificação do edifício desta unidade hospitalar”, acrescentou.

A empreitada e o equipamento respetivo traduziram-se num investimento de 733 843,29 euros (acresce IVA) suportado financeiramente pelo Programa de Recuperação e Resiliência, inserido no Plano Nacional de Saúde Mental.

A equipa é composta por médicos psiquiatras, enfermeiros, psicólogo, terapeuta ocupacional, técnico superior de psicomotricidade, assistentes operacionais e assistente técnico.

Hospital de Estarreja aumenta resposta da consulta de Nefrologia

A consulta de proximidade de Nefrologia do Hospital de Estarreja aumentou o tempo de atendimento para dois períodos semanais desde o dia 21 de fevereiro, o que possibilita a realização de novas quatro primeiras consultas.

Segundo a Unidade Local de Saúde da Região de Aveiro (ULS RA), este aumento, na prática, significa uma duplicação de atividade realizada até então, naquela Unidade Hospitalar.

Esta decisão foi tomada imediatamente após a criação da recém ULS RA, que, para além de integrar todos as instituições do antigo Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Vouga (ACES BV) e do Centro Hospitalar do Baixo Vouga (Hospitais de Aveiro, Águeda e Estarreja), integra agora o Hospital Dr. Francisco Zagalo, de Ovar.

Assim, esta estratégia tem como base a melhoria da resposta aos pedidos provenientes da área norte da ULS RA – como por exemplo, Estarreja, Murtosa e Ovar –, facilitando a deslocação para uma unidade mais próxima.

A ULS RA recorda que, em janeiro deste ano, a Consulta de Nefrologia abriu no Hospital de Águeda, para garantir uma maior proximidade da prestação de cuidados especializados aos utentes dos concelhos de Águeda, Anadia, Mealhada, Oliveira do Bairro e Sever do Vouga.

“Os doentes renais crónicos constituem um grupo com elevado grau de complexidade e um acompanhamento clínico mais próximo e integrado – cuidados hospitalares e cuidados de saúde primários – melhorará, seguramente, a sua condição, sendo que integração de cuidados e proximidade são, justamente, duas mais valias do modelo de gestão das Unidades Locais de Saúde”, refere a ULS RA em comunicado divulgado.

Com este acréscimo de disponibilidade de atendimento no Hospital de Estarreja, os médicos da área dos cuidados de saúde primários dos concelhos supracitados e dos Hospitais de Águeda, Estarreja e de Ovar, podem referenciar os doentes para a Consulta de Nefrologia da ULS RA, “com a garantia de uma resposta célere”, concluiu.