Ampliação do Centro de Saúde em Oliveira do Hospital vai custar 2,5ME

A Câmara Municipal de Oliveira do Hospital aprovou, no dia 16 de fevereiro, em reunião de Câmara, por unanimidade, a abertura de concurso público para a empreitada de ampliação e requalificação do edifício do Centro de Saúde.

Em causa está um investimento na área da saúde de cerca de 2,5 milhões de euros, que será financiado a cem por cento pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

O presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, José Francisco Rolo, destacou o papel da câmara municipal nas negociações com o Ministério da Saúde, porque, conforme explicou, o financiamento deste equipamento, que inicialmente era de sensivelmente 1,2 milhões de euros, foi aumentado em mais de um milhão de euros.

“Estamos a dar um passo muito importante para a concretização de um investimento altamente estratégico na área da saúde, pois o projeto de modernização e ampliação do Centro de Saúde criará novas condições de atendimento aos utentes e melhores condições de trabalho para os profissionais de saúde”, sublinhou o autarca.

O futuro Centro de Saúde de Oliveira do Hospital, cujo projeto foi apresentado em reunião de câmara pelo gabinete de arquitetura responsável pela sua conceção, contemplará a ampliação (a norte) daquele equipamento, através da construção de um novo edifício com três pisos.

De acordo com o comunicado divulgado pelo município, com esta empreitada, que tem um prazo de execução de 548 dias, vão ser criadas condições de conforto e segurança para os utentes e profissionais de saúde, assim como o aumento da eficiência energética do edifício e a melhoria dos aspetos relacionados com a acessibilidade.

Estas obras de remodelação e ampliação do centro de saúde vão cumprir com as normas de dimensionamento e organização definidos pelo Ministério da Saúde, e, nesse sentido, conforme frisou o presidente da câmara, passará a ser possível, no âmbito das novas políticas de saúde programadas para a ULS Coimbra, acolher em Oliveira do Hospital, médicos estagiários e em fase de internato para a especialidade.

Relativamente ao problema da falta de médicos, que conforme referiu José Francisco Rolo é um problema à escala nacional, o autarca garantiu que continuará a fazer todos os esforços para encontrar soluções que deem resposta ao nível da prestação de cuidados de saúde para toda a população. “Essa é a nossa grande prioridade”, sublinhou.

O presidente da Câmara frisou ainda que, no âmbito do processo de transferência de competência na área da saúde para os municípios, está também sinalizada no PRR uma verba de 900 mil euros para obras de melhorias em extensões de saúde do concelho, estando já a ser elaborados os respetivos projetos.

Governo reforça capacidade e autonomia dos Centros de Investigação Clínica do SNS

O Governo determinou a criação de um conjunto de medidas que dotam os Centros de Investigação Clínica do Serviço Nacional de Saúde (SNS) de maior capacidade e autonomia, um “passo determinante”, há muito reclamado pelo setor, para o desenvolvimento e crescimento do número de Ensaios Clínicos realizados no nosso país.

A realização de Ensaios Clínicos e Investigação Clínica permite induzir nas unidades de saúde boas práticas que se traduzem em ganhos para estas instituições, que reforçam a sua capacidade de investigação e a ligação à ciência, e em benefícios clínicos para os doentes envolvidos que têm, por esta via, acesso a opções terapêuticas inovadoras que são decisivas.

“Acresce que a Investigação e os Ensaios Clínicos valorizam e completam o ciclo da inovação, estimulam e melhoram a motivação e o desempenho dos profissionais e são uma importante fonte de receita para as unidades de saúde, ao contribuírem decisivamente para um clima de atratividade do investimento estrangeiro nesta área”, lê-se em comunicado divulgado pelo SNS.

Este passo foi dado, com reconhecido sucesso, em diversos países europeus, como Espanha, Bélgica ou Dinamarca.

Assim, a possibilidade destes centros poderem evoluir para outros modelos organizativos, como Centros de Responsabilidade Integrados ou associações sem fins lucrativos, foi a resposta preconizada pelo Grupo de Trabalho “Mais Economia e Saúde” – criado pelo Despacho n.º 4613/2023, sendo que o Despacho agora publicado (n.º 1739/2024) confere as condições operacionais necessárias para a sua concretização.

Este é um dos resultados do Grupo de Trabalho “Mais Economia e Saúde”, criado em abril de 2023 por iniciativa do ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, em estreita articulação com a ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, e com o ministro da Saúde, Manuel Pizarro.

Este grupo inclui representantes do INFARMED – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, da Administração Central do Sistema de Saúde, da Direção Executiva do SNS, e contou com a participação do Health Cluster Portugal, que envolve várias associações e personalidades de referência do setor.

Braga vai investir 12ME na criação e requalificação de unidades de saúde

A Câmara Municipal de Braga anunciou que prevê um investimento de cerca de 12 milhões de euros na adaptação das instalações de unidades de saúde no concelho, a ser executado até 2026.

De acordo com o comunicado divulgado pelo município, mais de dez milhões de euros deste investimento são provenientes do Plano de Recuperação e Resiliência e 1,5 serão investimento da Câmara.

“O valor irá incidir na construção da Unidade de Saúde de Campos Vilar e da Unidade de Saúde de Esporões, assim como nas requalificações da USP de Braga, da Unidade de Saúde Carandá, da Unidade de Saúde de Ruães, da Unidade de Saúde de São Lourenço, da Unidade de Saúde de Tebosa e da Unidade de Saúde Paulo Orósio”, lê-se no comunicado.

Para além do melhoramento físico dos edifícios, será efetuado pela autarquia um esforço adicional em termos de reforço dos recursos humanos afetos aos mesmos.

O presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, e a vice-presidente Sameiro Araújo, reuniram com o Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde de Braga, que reúne mais de quatro mil profissionais e serve cerca de 317 mil utentes dos municípios de Braga, Amares, Póvoa do Lanhoso, Terras de Bouro, Vieira do Minho e Vila Verde.

“Esta reunião com a ULS de Braga foi extramente importante para debater problemas, encontrar soluções conjuntas e criar as bases para uma parceria que se quer duradoura e de sucesso. No âmbito da descentralização de competências, o município assume agora um conjunto grande de responsabilidades nesta área e pretendemos ter uma influência muito positiva, assegurando que o serviço prestado à população é cada vez mais eficiente, de qualidade e de proximidade, promovendo a coesão no território”, afirmou Ricardo Rio.

O autarca garantiu ainda que os municípios têm um “amplo conhecimento” da realidade dos problemas que afetam a população e devem ser “verdadeiros parceiros” na promoção da saúde e combate à doença.

Região de Saúde do Norte instalou 23 novos Gabinetes de Saúde Oral

Com o apoio do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a Região de Saúde do Norte instalou 23 novos Gabinetes de Saúde Oral, passando a ter um total de 92 consultórios. Com estes novos gabinetes foi possível reduzir em 25 por cento o número de utentes por gabinete.

A saúde oral é uma componente essencial da saúde em geral e um índice elevado de saúde oral é um direito humano fundamental. No entanto, de acordo com o barómetro da Saúde Oral, 4,3 por cento dos portugueses referem nunca terem realizado consulta de Saúde Oral e 22,6 por cento apenas o fizeram numa situação de urgência.

“Até 2025, e com o investimento de dois milhões de euros, pretende-se obter um rácio de um gabinete de saúde oral para 25 mil utentes, contribuindo para assegurar o acesso e utilização de cuidados básicos de saúde oral”, lê-se em comunicado divulgado pelo governo.

ULS Leiria cria Unidade de Patologia da Coluna Vertebral

A Unidade Local de Saúde (ULS) da Região de Leiria criou a Unidade de Patologia da Coluna Vertebral, que disponibiliza a prestação de cuidados médico-cirúrgicos na área de patologia da coluna vertebral, em colaboração com profissionais dos cuidados de saúde primários e hospitalares, das especialidades de Ortopedia, Anestesiologia, Imagiologia e Medicina Física e Reabilitação.

De acordo com os assistentes hospitalares de Ortopedia e responsáveis pela nova Unidade, a criação desta resposta permitirá “realizar o estudo, seguimento e tratamento cirúrgico de patologia traumática e degenerativa da coluna vertebral, através de cirurgia minimamente invasiva ou convencional, com o compromisso de realizar um tratamento precoce e atempado de forma a reduzir complicações ocorrentes”.

Segundo os responsáveis, haverá também uma aposta no “tratamento precoce e atempado, de forma a reduzir complicações” das intervenções.

Além da atividade assistencial, a nova unidade irá também assegurar a formação contínua de médicos internos, bem como promover atividades formativas para outros profissionais de saúde, informou a ULS da Região de Leiria em comunicado.

Nova unidade hospitalar da Lusíadas Saúde abre portas em Vilamoura

O Hospital Lusíadas Vilamoura abriu portas ao público a 9 de fevereiro, reforçando a oferta de cuidados de saúde a sul do país.

De acordo com a entidade, esta unidade é a primeira dedicada à cirurgia de ambulatório na região do Algarve. Com atendimento 24 horas, o hospital tem mais de 20 gabinetes de consultas, salas de tratamentos, bloco operatório, sala de pequena cirurgia, unidade de Gastrenterologia e área de Imagiologia.

“O Hospital Lusíadas Vilamoura diferencia-se pelo seu projeto clínico, transversal a todas as especialidades médicas e cirúrgicas mais relevantes, e introduz novas valências e unidades multidisciplinares diferenciadoras no mais extenso e populoso município algarvio”, lê-se no comunicado enviado à redação.

Estes projetos são assegurados por um corpo clínico especializado e experiente e por equipamentos tecnológicos de vanguarda, tais como ressonância magnética, tomografia computorizada (TAC), Raio-X, mamografia ou ecografia, promovendo a prevenção, diagnóstico e tratamentos inovadores.

“O compromisso com a saúde dos portugueses e com o futuro da saúde em Portugal faz parte da visão da Lusíadas Saúde. Ao investirmos na criação de uma nova unidade hospitalar nesta região do país, onde já temos uma forte presença, estamos a reforçar este nosso compromisso com a saúde e bem-estar quer da população nacional, quer dos estrangeiros a residir no Algarve, e a concretizar mais um passo importante no projeto de expansão do nosso Grupo”, referiu o CEO da Lusíadas Saúde, Vasco Antunes Pereira, citado no comunicado.

“O Hospital Lusíadas Vilamoura vem, desta forma, melhorar o acesso à saúde e vai, seguramente, contribuir para o desenvolvimento socioeconómico desta região, de uma forma duradoura e sustentável”, acrescentou o responsável.

Construído de raiz, o hospital exigiu um investimento de dez milhões de euros e envolve a criação de cerca de 250 novos empregos. Na criação desta unidade, a Lusíadas Saúde reabilitou o edifício Lusotur, da Vilamoura World, desenhado pelo arquiteto Francisco Keil do Amaral.

O Hospital Lusíadas Vilamoura pretende garantir a humanização e a excelência na prestação de cuidados de saúde, mantendo os mais elevados padrões internacionais de qualidade, segurança e satisfação dos clientes, transversal a todas as unidades da Lusíadas Saúde.

A estratégia de expansão do Grupo Lusíadas Saúde contempla a abertura de unidades em novas localizações geográficas, assim como o reforço da resposta das unidades já existentes. Além do investimento em Santa Maria da Feira, em Paços de Ferreira, em Monsanto (Lisboa), em Alenquer, e agora a abertura em Vilamoura, o Grupo já anunciou a aquisição das Clínicas Dr. Well’s.

Radioterapia da ULSAR tem novo acelerador linear no valor de 2,1ME

Com um investimento de 2,1 milhões de euros, o Serviço de Radioterapia da Unidade Local de Saúde do Arco Ribeirinho (ULSAR) conta com um com um novo acelerador linear, adquirido ao abrigo do Programa de Substituição de Equipamentos Médicos Pesados e Modernização e Inovação Tecnológica nos Estabelecimentos Hospitalares, previsto na Lei de Orçamento de Estado de 2021.

De acordo com a ULS do Arco Ribeirinho, o Serviço de Radioterapia tem vindo a implementar novas técnicas, tendo regularmente em funcionamento dois aceleradores lineares.

Este novo equipamento substitui o acelerador linear instalado em 2010, permitindo manter as funcionalidades de controlo respiratório, já instaladas no equipamento anterior, e aumentar a precisão dos tratamentos através da utilização de uma mesa de tratamento 6D.

A ULS recordou em comunicado que, em outubro de 2021, ao abrigo do programa Lisboa2020, substituiu-se o primeiro acelerador, instalado em 2005, o que permitiu acompanhar o desenvolvimento de novas técnicas de tratamento com a melhoria da eficácia e qualidade dos cuidados prestados ao doente oncológico.

Atualmente, são realizados tratamentos de radioterapia externa com técnicas 3DConformacional, de IMRT/ VMAT (intensidade modulada) e de SBRT (Radioterapia Estereotáxica).

Cuidados de saúde primários das ULS vão receber 16 mil computadores

A distribuição de computadores que vão modernizar os cuidados de saúde primários das Unidades Locais de Saúde (ULS) de todo o país iniciou-se a 2 de fevereiro, na Unidade Local de Saúde (ULS) de Gaia Espinho, que recebeu 120 equipamentos informáticos.

De acordo com a SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, prevê-se que a entrega dos novos equipamentos de informática às várias Unidades Locais de Saúde do país fique concluída até ao final do primeiro trimestre deste ano.

A ULS de Gaia/Espinho foi a primeira a receber 120 equipamentos informáticos, no âmbito do plano de modernização dos postos de trabalho dos profissionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência, na sua componente da Transição Digital na Saúde, coordenado pela SPMS.

Trata-se de um investimento superior a dez milhões de euros, que vai substituir o parque informático dos Cuidados de Saúde Primários do SNS por equipamentos e dispositivos atuais, mais modernos e funcionais.

No total, são cerca de 16 mil novos portáteis e desktops, que vão permitir às instituições melhorarem as condições de trabalho dos profissionais, designadamente no acesso e tratamento da informação.

Segundo a presidente do Conselho de Administração da SPMS, Sandra Cavaca, este investimento visa melhorar as condições de trabalho de quem está no terreno e “aumentar a segurança, melhorar o desempenho e a utilização das aplicações e dos sistemas de informação”.

Já para o presidente do Conselho de Administração da ULS de Gaia/Espinho, Rui Guimarães, “esta renovação permite que os profissionais estejam dotados de melhores meios, o que possibilita uma melhor resposta aos utentes, pois as soluções de mobilidade vão ao encontro da dinâmica” que pretendem nos cuidados de saúde primários, agora dotados de equipamentos que “permitem ir ao encontro dos utentes”.

Aberto novo Centro de Saúde de Alcântara

Situada na rua 1º de Maio, em antigas instalações da Carris, a Unidade de Saúde de Alcântara foi inaugurada a 19 de janeiro e vai servir cerca de 15 mil utentes.

O novo centro de saúde terá disponível uma Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados, assim como consultas de Nutrição, Psicologia, Saúde Oral, Terapia da Fala, entre outras.

Esta unidade teve um investimento superior a 4,6 milhões de euros, com financiamento do Município de Lisboa e do Plano de Recuperação e Resiliência.

Durante a inauguração, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, destacou que nos últimos anos houve “um investimento de 20 milhões de euros” na construção de centros de saúde e, “até 2027, vão ser mais 40 milhões”.

A cerimónia teve a presença do presidente da Junta de Freguesia de Alcântara, Davide Amado, e do diretor executivo do agrupamento de saúde Lisboa Ocidental e Oeiras, Rafic Nordin.

Novo mamógrafo na ULS Almada-Seixal permite diagnóstico mais preciso

No âmbito do plano de renovação e melhoramento tecnológico, o Hospital Garcia de Orta, da Unidade Local de Saúde Almada-Seixal, conta com um novo mamógrafo que permite um diagnóstico mais preciso do cancro da mama.

Este mamógrafo permite a realização de Tomossíntese (3D) de terceira geração e a realização de mamografia com contraste e biópsias guiadas por estereotaxia e tomobiópsia, garantindo uma qualidade de imagem superior, essencial para diagnósticos mais precisos.

Graças aos mais recentes algoritmos de Inteligência Artificial, o equipamento possui ferramentas que constituem um auxiliar na deteção de lesões mamárias e análise e distribuição da densidade mamária, referiu o Hospital Garcia de Orta em comunicado.

“A rapidez da aquisição das imagens, em conjunto com compressores específicos, adaptados à anatomia da mama, permite a redução da ansiedade e do desconforto associados a este tipo de exames, o que também se traduz numa mais-valia para as nossas utentes”, disse ainda o hospital.

Com foco na humanização dos cuidados e no bem-estar da mulher, todo o espaço da área da imagiologia mamária foi alvo de intervenção e remodelação, obtendo-se um espaço mais ergonómico e funcional, que permitirá, quando concluída a intervenção, a melhoria e otimização de fluxos de trabalho, bem como um aumento da privacidade e do conforto das utentes.

Neste âmbito, destaca-se o investimento realizado no terceiro trimestre de 2023, com a aquisição de um ecógrafo de alta-definição para mamografia, que, em conjunto com o novo mamógrafo, dota esta ULS de “um espaço de excelência dedicado à imagiologia mamária”.

De acordo com o Hospital Garcia de Orta, o cancro da mama é o tipo de cancro mais comum entre as mulheres, e em Portugal todos os anos são detetados cerca de sete mil novos casos.