Consignada empreitada no Pavilhão 5 do Hospital Sousa Martins

O auto de consignação da empreitada de requalificação do edifício 5 do Hospital da Guarda deverá ser celebrado este mês, disse o presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS), João Barranca.

A empreitada foi adjudicada em janeiro pelo valor de 7,8 milhões de euros, mas ainda não foi consignada porque o segundo classificado no concurso reclamou da decisão e apresentou uma providência cautelar.

“A situação já foi desbloqueada. O Tribunal, felizmente, deu-nos razão. Daqui ao final do mês estaremos prontos a fazer o auto de consignação com o empreiteiro e prosseguir as obras de remodelação do ‘Pavilhão 5’, que toda a gente e este distrito tanto necessitam”, disse à agência Lusa João Barranca.

A ULS adiantou que as obras no edifício conhecido localmente como ‘Pavilhão 5’ (onde funcionou o Serviço de Urgência daquela unidade até à abertura do novo bloco, em 2014) deveriam ficar concluídas “no verão de 2023”.

Segundo a fonte, a requalificação do edifício hospitalar para instalação do Departamento da Criança e da Mulher, com os serviços de Pediatria, Obstetrícia, Urgência Pediátrica e Obstétrica, Neonatologia e Ginecologia, “tem sido um dos objetivos prioritários do atual Conselho de Administração da ULS da Guarda”.

“Não há tempo a perder, sob pena de nós não conseguirmos concluir as obras em 2023 e perdermos, assim, o financiamento”, disse João Barranca.

O responsável vaticinou que, apesar da atual crise internacional, será possível “realizar a obra dentro do valor e do prazo programado”.

“É uma obra muito necessária. Nós já perdemos muitos meses, mas, neste momento, estamos preparados. A ULS já falou com o empreiteiro e estamos preparados e motivados para levar esta obra em frente e não perder mais tempo”, rematou.

Em março, o Governo autorizou a ULS da Guarda a assumir um encargo plurianual referente à empreitada de requalificação do edifício 5 do Hospital Sousa Martins para instalação do Departamento da Criança e da Mulher.

“Tendo sido identificada, pela Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E., a necessidade de executar obras de requalificação do edifício 5 do Hospital Sousa Martins para instalação do Departamento da Criança e da Mulher, e considerando que se prevê que a empreitada se prolongue até 2023, gerando assim encargos em mais de um ano económico, procede-se à respetiva autorização para assunção de compromisso plurianual”, referiu o Governo, numa portaria publicada em Diário da República.

Segundo o texto, o Governo autorizou a ULS a assumir um encargo plurianual referente à empreitada “até ao montante máximo de 8 591 549,06 euros, na condição de ter financiamento europeu com candidatura aprovada e sujeito a financiamento máximo nacional de 4 091 549,00 euros, montantes com IVA incluído à taxa legal em vigor”.

Ginecologia e Obstetrícia do HDS tem nova técnica cirúrgica

A equipa de Uroginecologia do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Distrital de Santarém (HDS) iniciou, no passado dia 3 de maio, uma nova técnica cirúrgica denominada histerectomia vNotes.

Para a realização das três primeiras cirurgias, a equipa contou com a presença do Professor JF Baekelandt do Departement of Obstetrics and Gynaecology do Imelda Hospital, situado em Bonheiden, Bélgica, e detentor de uma vasta experiência nesta técnica.

Segundo a ginecologista responsável pela Consulta de Uroginecologia do HDS, Margarida Estrela, a histerectomia vNotes é uma técnica minimamente invasiva que utiliza um orifício natural (vagina) para aceder ao órgão a operar (útero) por via laparoscópica (sem a incisão inerente a uma cirurgia “aberta”).

De acordo com a médica, “esta técnica é muito vantajosa para as doentes pela inexistência de cicatrizes, pela significativa redução da dor no pós-operatório e no tempo de internamento”.

Esta técnica permite um regresso célere ao domicílio, assim como uma rápida recuperação à vida familiar, laboral e social das utentes, referiu a ginecologista. Também para o cirurgião o posicionamento durante a cirurgia é muito mais confortável e ergonómico, comparativamente à laparoscopia clássica.

“O contributo do Professor JF Baekelandt foi inestimável e permitiu incentivar, aconselhar e complementar a formação realizada (curso prático em modelo) por dois ginecologistas em outubro de 2021, o que permitiu que as cirurgias realizadas tivessem sido um êxito”, destacou.

Margarida Estrela sublinhou que a introdução e desenvolvimento desta técnica foi possível após a apresentação do projeto à Direção Clínica e ao Conselho de Administração do HDS, que o apoiaram desde o início, assim como a aprovação da aquisição do material necessário para este tipo de cirurgia.

Governo vai criar duas unidades especializadas para transexuais

Lisboa e Algarve vão passar a ter duas unidades especializadas para atendimento e acompanhamento de transexuais, cuja abertura está prevista para o final do verão.

A informação foi avançada pelo secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, na audição parlamentar da equipa ministerial da Saúde, no âmbito da apreciação da proposta de Orçamento do Estado para 2022.

O governante sublinhou que “é uma matéria de grande complexidade que exige tempos próprios de tratamento”, explicando que é “um processo muito moroso” relativamente à formação de especialistas e de equipas, que exige várias especialidades como psiquiatria, psicologia, endocrinologia, ginecologia e urologia.

O governante referiu que, até há cerca de um ano, havia apenas uma unidade em Coimbra, que em 2021 operou 54 doentes. Entre janeiro e abril deste ano operou 32 doentes. Segundo o secretário de Estado, esta unidade tem uma lista de inscritos de cirurgia de 129 pessoas, dos quais 47 acima dos tempos médios de resposta garantido.

Há cerca de um ano, foi aberta mais uma nova unidade funcional no Hospital de Santo António, no Porto, que já está a trabalhar e em fase de aceleração.

Até ao final do verão, anunciou, será aberta uma nova equipa no Centro Hospitalar e Universitário de Lisboa Central, de forma a dar “uma resposta com equidade em todo o território nacional” e diminuir “aquilo que é a pressão das pessoas trans sobre as listas de espera”.

No mesmo período será aberta também uma nova unidade no Centro Hospitalar Universitário do Algarve. “É o SNS a dar a resposta nesta matéria a este tipo de patologia, permitindo melhorar o acesso com qualidade na prestação dos serviços”, rematou.

CHEDV adquire novo mamógrafo

O Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga (CHEDV) adquiriu um novo mamógrafo, um equipamento que, além de uma resolução espacial superior, permite a realização de várias técnicas relevantes no rastreio, diagnóstico e intervenção mamária.

Este novo equipamento permite a realização de tomossíntese, uma técnica em que é efetuado um estudo tridimensional da mama, ultrapassando algumas limitações inerentes à mamografia convencional, sem aumento significativo da dose de radiação comparativamente com uma mamografia convencional.

Assim, podem ser evitados exames de vigilância, caracterização por outras técnicas e ainda biópsias desnecessárias, melhorando a precisão diagnóstica e detetando lesões suspeitas mais precocemente.

O novo equipamento permite ainda a realização de mamografia com contraste, semelhante à mamografia convencional, porém realizada após administração de contraste iodado endovenoso.

A mais recente aquisição do CHEDV tem como princípio a neovascularização que ocorre em lesões malignas, sendo comparável em termos de sensibilidade e especificidade à Ressonância Magnética mamária, e tendo como vantagens em relação à mesma a rapidez e conforto de realização, a acessibilidade e o custo.

De acordo com o CHEDV, no futuro será possível a realização de biópsias mamárias assistidas por vácuo, uma técnica que permite a obtenção de fragmentos de maiores dimensões, aumentando a confiança no diagnóstico histológico por maior representação das lesões, evitando repetição de biópsias e, em alguns casos, biópsias excisionais cirúrgicas.

É um procedimento rápido, bem tolerado e minimamente invasivo, com menores custos face a uma intervenção cirúrgica. Atualmente tem também um papel terapêutico, permitindo a excisão de lesões benignas de pequenas dimensões.

Hospital de Bragança tem novo aparelho de Ressonância Magnética

A Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste dispõe de um novo e moderno aparelho de Ressonância Magnética, instalado na Unidade Hospitalar de Bragança, aumentando assim a capacidade de resposta e permitindo a realização de 500 exames por mês.

“Trata-se de um investimento há muito ambicionado, que vem colmatar a inexistência deste equipamento nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde no distrito de Bragança, deixando assim, agora, a ULS do Nordeste de estar dependente de entidades externas para a realização de exames de Ressonância Magnética”, refere a ULS do Nordeste em comunicado.

Considerado fundamental na diferenciação do diagnóstico e no apoio à decisão clínica, este equipamento aumenta a capacidade de resposta da ULS do Nordeste às necessidades, permitindo a realização de 500 exames por mês, quer programados, quer de urgência.

Para a instalação do novo equipamento foram também realizados trabalhos de adaptação do espaço no hospital, integrado no Serviço de Imagiologia, incluindo salas destinadas a apoio técnico e ao recobro dos utentes.

Trata-se, segundo a ULS do Nordeste, de um investimento que se traduz “em maior qualidade, rapidez, eficiência, segurança e conforto, beneficiando quer os utentes, quer os profissionais na prestação de cuidados de excelência”, de acordo com aquela que “é a missão da ULS do Nordeste”.

CHUP aumenta capacidade de colheitas diárias com nova sala

O Centro Hospitalar Universitário do Porto (CHUP) conta com uma nova central de colheitas com 12 postos individuais, o que se traduz num aumento de capacidade de atendimento de 320 para 420 utentes por dia.

De acordo com a diretora do Departamento de Patologia do CHUP, Graça Henriques, com o aumento das instalações, esta estrutura hospitalar poderá chegar a uma capacidade de recolha de 500 utentes por dia, num futuro próximo.

A nova central tem circuitos independentes de entrada e saída de doentes, casas de banho próprias, 12 postos individuais para recolha e sala de espera com 107 lugares sentados.

A sala de colheitas localiza-se no ex-CICAP, polo destinado a consultas externas, na Rua D. Manuel II, no centro do Porto.

Webinar Inovação: “Novas Tecnologias e Soluções para as infraestruturas de iluminação na área hospitalar”

Dando cumprimento ao Plano de Atividades da ATEHP, no âmbito das Ações Formativas, a Direção da Associação – com o intuito de transmitir e partilhar conhecimento – decidiu dar continuidade ao Ciclo de Webinars ATEHP – Inovação, dando a conhecer novas metodologias, inovação tecnológica e/ou novos produtos.

Neste contexto, iremos realizar mais uma ação de formação online, o 8º Webinar ATEHP, subordinada ao tema “Novas Tecnologias e Soluções para as Infraestruturas de Iluminação na Área Hospitalar”, o qual terá lugar no próximo dia 16 de maio, pelas 16:00 horas, cujo Programa encontra-se em anexo.

O Webinar terá uma duração de 90 min e contará com a participação de conceituados Oradores/Colaboradores nossos Associados que, no período de debate final, responderão a perguntas e/ou prestarão esclarecimento de dúvidas técnicas.

A participação é gratuita mas necessita de inscrição, através do site da ATEHP.

Atempadamente a Organização disponibilizará aos inscritos o link de acesso ao Webinar, através da plataforma Colibri-Zoom.

 

Organização
ATEHP – Associação de Técnicos de Engenharia Hospitalar Portugueses

Abertura e apresentação do Ciclo de Webinars ATEHP
António Ribeiro, Presidente da Direção da ATEHP

Moderação / Coordenação
Luís Duarte, Tesoureiro da Direção da ATEHP

Oradores/Colaboradores

Henrique Mota
Engenheiro Eletrotécnico
Diretor Geral – Lledó

Sérgio Costa
Engenheiro Eletrotécnico
Iluminação de Segurança e Controlo – Lledó

Luís Vasconcelos
Engenheiro Eletrotécnico
Iluminação e Soluções Integradas – Lledó

Duração
90 min

Descarregue Programa

Inscrições

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    Inauguradas novas instalações da Medicina Intensiva no São João

    A remodelação de uma das três alas de Medicina Intensiva do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), no Porto, resultou num acréscimo de oito camas e significa “mais qualidade, privacidade e humanização”, disse o diretor do serviço, José Artur Paiva.

    O responsável, que falava perante a ministra da Saúde, Marta Temido, contou que a obra inaugurada a 2 de maio era ambicionada há dezs anos, tendo sido apresentada à tutela na sequência dos incêndios de Pedrógão Grande.

    “Com a covid-19, a necessidade, não só a daqui, mas a nacional, ficou ainda mais evidente. Por isso, isto é muito mais uma batalha do que um sonho e hoje é uma celebração”, disse o diretor.

    Em causa está a remodelação da ala de cuidados intensivos do sexto piso, que acrescenta mais oito camas a um serviço que, dividido por três pisos, passa a dispor de 68 camas no total.

    Quanto aos quartos de isolamento, estes passam de seis para 14.

    “Esta obra acrescenta privacidade e humanização ao serviço”, disse José Artur Paiva, numa intervenção com várias referências aos profissionais da equipa de Medicina Intensiva, bem como aos doentes e às famílias.

    José Artur Paiva destacou ainda as mais-valias da obra para o centro de referência de patologia neurocrítica que também vive neste serviço do CHUSJ.

    A obra custou cerca de 3,5 milhões de euros e demorou nove meses.

    Já o presidente do conselho de administração do CHUSJ, Fernando Araújo, destacou que esta obra também melhora as condições do centro de ECMO (Oxigenação por membrana extracorporal), “um centro de referência nacional”, disse.

    Fernando Araújo dirigiu “uma palavra especial” aos profissionais do serviço e contou que “a obra foi complexa, feita em duas fases e várias etapas de modo a nunca parar o serviço, até porque a empreitada decorreu em momentos de pico, nomeadamente devido à pandemia de covid-19”.

    A inauguração foi presidida pela ministra da Saúde, Marta Temido, que admitiu que, já antes da pandemia da covid-19, estava identificada a necessidade de intervenção em 25 serviços de Medicina Intensiva em todo o país, sendo que, desses, 17 foram intervencionados e “há outros serviços em processo de requalificação”, garantiu.

    De acordo com a governante, as obras identificadas nesta área rondam os 35 e 40 milhões de euros.

    Marta Temido admitiu, no entanto, que, além de ventiladores ou de infraestruturas, “é necessário dotar os hospitais de capacidade de recursos humanos”, o que é, reconheceu, “sempre o mais difícil”.

    “Constatamos com angústia que a parte mais fácil, que é a infraestrutural, está quase feita. A mais difícil são as pessoas que precisam de uma formação muito rigorosa. Há um longo caminho a fazer”, resumiu.

    IPO Lisboa recebe equipamentos no valor de 65 mil euros

    O Rotary Club de Lille e o Rotary Club de Lisboa Internacional vão doar ao Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPO Lisboa) material especializado de tecnologia avançada em laparoscopia, que vai permitir o reforço de meios e contribuir para a qualidade de vida e bem-estar das pessoas com doença oncológica.

    O anúncio da doação deste material, num valor que ultrapassa os 65 mil euros, foi feito numa visita realizada ao IPO Lisboa, na semana passada, com representantes das duas instituições.

    De acordo com o diretor do bloco operatório, Luís d’Orey Manoel, “o reforço do número de instrumentos para laparoscopia nas especialidades de Ginecologia e Urologia vai permitir uma maior facilidade na realização de intervenções, uma vez que a sua utilização não ficará tão dependente da capacidade de esterilização dos atualmente existentes”.

    O especialista acrescentou que a existência de vários conjuntos de instrumentos “permite a realização de várias intervenções sequenciais”.

    Esta cooperação com os Rotary Club de Lille e de Lisboa Internacional compreende outras duas vertentes. Uma prevê a prossecução do intercâmbio com os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, como Cabo Verde, Angola e São Tomé e Príncipe, com vista à formação de equipas médicas e de técnicos daqueles países, que o IPO Lisboa tem vindo a desenvolver ao longo dos anos.

    A outra prende-se com a celebração de um protocolo de cooperação entre o IPO Lisboa e o Centre Oscar Lambret, de Lille, com o objetivo de partilha de informação e boas práticas na utilização de técnicas laparoscópicas, de forma a aumentar a eficiência das equipas cirúrgicas nesta área.