Governo vai criar duas unidades especializadas para transexuais

Lisboa e Algarve vão passar a ter duas unidades especializadas para atendimento e acompanhamento de transexuais, cuja abertura está prevista para o final do verão.

A informação foi avançada pelo secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, na audição parlamentar da equipa ministerial da Saúde, no âmbito da apreciação da proposta de Orçamento do Estado para 2022.

O governante sublinhou que “é uma matéria de grande complexidade que exige tempos próprios de tratamento”, explicando que é “um processo muito moroso” relativamente à formação de especialistas e de equipas, que exige várias especialidades como psiquiatria, psicologia, endocrinologia, ginecologia e urologia.

O governante referiu que, até há cerca de um ano, havia apenas uma unidade em Coimbra, que em 2021 operou 54 doentes. Entre janeiro e abril deste ano operou 32 doentes. Segundo o secretário de Estado, esta unidade tem uma lista de inscritos de cirurgia de 129 pessoas, dos quais 47 acima dos tempos médios de resposta garantido.

Há cerca de um ano, foi aberta mais uma nova unidade funcional no Hospital de Santo António, no Porto, que já está a trabalhar e em fase de aceleração.

Até ao final do verão, anunciou, será aberta uma nova equipa no Centro Hospitalar e Universitário de Lisboa Central, de forma a dar “uma resposta com equidade em todo o território nacional” e diminuir “aquilo que é a pressão das pessoas trans sobre as listas de espera”.

No mesmo período será aberta também uma nova unidade no Centro Hospitalar Universitário do Algarve. “É o SNS a dar a resposta nesta matéria a este tipo de patologia, permitindo melhorar o acesso com qualidade na prestação dos serviços”, rematou.

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