Reunião da ATEHP com o Secretário de Estado da Saúde

No passado dia 1 de julho de 2021 a Direção da ATEHP reuniu com o Secretário de Estado da Saúde, Dr. Diogo Serras Lopes. Participaram nesta reunião a Dra Leonor Abecassis do Gabinete do SES, o Dr. Vitor Herdeiro, Presidente da ACSS e a Arquiteta Sofia Coutinho, responsável pelo Núcleo de Instalações e Equipamentos da ACSS. Pela ATEHP participaram o Engº Abraão Ribeiro, Presidente da Direção, o Professor Torres Farinha e o Engº Durão Carvalho, membros da Direção.

No fundamental foram apresentadas pela ATEHP as debilidades dos serviços de engenharia existentes no Ministério da Saúde, a nível local, regional e central, relativamente a recursos humanos, particularmente quanto a engenheiros, tendo sido salientado a redução ocorrida após 2001, data do inicio do processo de extinção da DGIES que se traduziu numa perda de capacidade e do saber acumulado, durante quase 60 anos, em planeamento, programação e projeto de construção hospitalar.

Foi referido e apresentado um documento da ATEHP sobre os investimentos no SNS, já do conhecimento da ACSS, do qual constam investimentos em instalações de saúde e em equipamentos aprovados por Resoluções do Conselho de Ministros e em Orçamentos de Estado, nos anos 2019, 2020 e 2021, totalizando mais de mil milhões de euros, mas com uma taxa de execução particularmente reduzida. Nesta matéria foi referido como positivo o despacho do SES distribuindo o equipamento pesado, aprovado no OE2021, por diversos hospitais. Ainda sobre investimentos e respetivo planeamento o Engº Abraão Ribeiro perguntou se o Despacho nº 7128/2020, da ex-SEAS, prevendo a criação de um grupo de trabalho para elaboração de uma proposta de plano plurianual de investimentos do MS, bem como propor medidas com vista à gestão eficiente da rede de equipamentos e instalações do SNS, tinha tido algum desenvolvimento e se ainda se encontrava válido, o que não teve resposta.

Por último, face á baixa execução dos investimentos, ao reduzido número de quadros técnicos e de estruturas existentes do Ministério da Saúde e ao facto dos investimentos aprovados na Assembleia da República não serem da iniciativa do Governo, mas sim dos Partidos Políticos, foi salientada a incapacidade do Ministério para planear, programar e projetar.

Dada a pertinência dos assuntos levantados, o Senhor Secretario de Estado sugeriu a realização de uma iniciativa/Conferência sobre as instalações e equipamentos no SNS, organizada pelo Ministério da Saúde/ACSS e pela ATEHP, com formato e data a decidir, mas durante o mês de setembro. Os Membros da Direção da ATEHP presentes manifestaram o total apoio a esta iniciativa.

CHTMAD tem novo equipamento para diagnóstico do cancro da mama

Os Serviços de Cirurgia e Imagiologia do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) têm um novo equipamento para marcação do gânglio sentinela, um exame que possibilita a avaliação e definição do diagnóstico clínico em doentes com cancro da mama.

Em comunicado, o CHTMAD explicou que este equipamento “aumenta o conforto e acessibilidade aos cuidados de saúde, uma vez que deixa de ser necessária a deslocação ao Porto, no dia da cirurgia, para realizar este exame”, numa estimativa de cerca de 150 doentes por ano.

Entre as vantagens estão também uma maior flexibilização e rentabilização do agendamento semanal destas intervenções, diminuindo os tempos de espera para a cirurgia.

A aposta neste equipamento constitui, também, um contributo importante para a atividade de outras especialidades, proporcionando uma contínua prestação de cuidados de saúde de qualidade à população e o reforço da política de proximidade, refere a nota.

Unidade de Saúde do Corvo tem novo equipamento de raio-X

A Unidade de Saúde do Corvo, na ilha do Corco, nos Açores, vai dispor de um novo digitalizador do equipamento de raio-X, anunciou o gabinete de imprensa do Governo Regional.

De acordo com uma nota de imprensa, o secretário Regional da Saúde e Desporto, Clélio Meneses, e o Conselho de Administração da Unidade de Saúde da Ilha do Corvo, assinaram um contrato de investimento destinado a financiar a aquisição do digitalizador do equipamento de raio-X, uma vez que “o equipamento existente sofreu uma avaria e está descontinuado”.

Citado na nota, Clélio Meneses salientou que “este é mais um ato que visa assegurar meios adequados para promover a saúde dos açorianos”, sendo que “ora através de equipamentos, ora de instalações e, sempre com os meios humanos, pretende-se dotar o Serviço Regional de Saúde da capacidade necessária e adequada para fazer face às necessidades do setor”.

O governante considera ainda que “em ilhas sem hospital, como é o caso do Corvo, estes equipamentos são essenciais e os meios digitais decisivos para a leitura e transmissão da informação determinante para o correto diagnóstico”.

Além disso, Clélio Meneses reiterou o “compromisso de realização de obras de intervenção estrutural” no Centro de Saúde do Corvo, cujo projeto “já se encontra em andamento”.

Leiria com novo serviço de Cirurgia Geral

O Centro Hospitalar de Leiria (CHL) criou recentemente o Serviço de Cirurgia Geral, que resulta da fusão dos Serviços de Cirurgia I e Cirurgia II, que agora integra equipas e recursos dos dois serviços.

Miguel Coelho dos Santos, assistente graduado sénior de Cirurgia Geral, é o novo diretor do recém-formado Serviço de Cirurgia Geral, avança o Portal do SNS.

De acordo com o Presidente do Conselho de Administração do CHL, Licínio de Carvalho, «esta decisão surge da necessidade de diferenciar a especialidade de Cirurgia Geral, eliminando as redundâncias no tratamento de doentes de subespecialidades diferentes existentes nos dois serviços, e permite a criação de condições para a abordagem e tratamento de patologias e doentes complexos».

O CHL pretende, assim, reforçar o perfil da Cirurgia Geral, diferenciando ainda mais esta área clínica e consolidá-la junto dos seus utentes.

Farmácia de Ambulatório do HFF com novas instalações

A Farmácia de Ambulatório do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF) conta com novas instalações, localizadas no hall da entrada principal do hospital.

Este novo espaço tem como objetivo melhorar o conforto e a segurança dos utentes que diariamente recorrem a este serviço, evitando que tenham de se deslocar pelo interior das instalações hospitalares para proceder ao levantamento da medicação, esclarece o Portal do SNS.

A Farmácia de Ambulatório está integrada no Serviço de Farmácia, que tem por objetivo assegurar a terapêutica necessária ao tratamento dos doentes com qualidade, segurança e eficácia, monitorizando os resultados e a satisfação dos doentes e dos profissionais envolvidos.

Para o diretor deste serviço, Vasco Rodrigues, «as especificidades do funcionamento da Farmácia de Ambulatório foram contempladas nestas novas instalações, quer ao nível da funcionalidade do espaço, quer ao nível dos requisitos técnicos necessários».

A nova Farmácia de Ambulatório dispõe de quatro gabinetes de atendimento, armazém e respetivo posto de trabalho, ocupando uma área total de cerca de 70 metros quadrados.

«Além da comodidade para os utentes, que podem recolher os seus medicamentos de ambulatório num local de fácil acesso, as novas instalações dispõem também de melhores condições de privacidade, pelo que o HFF dá mais um pequeno passo para melhorar o serviço que presta aos seus utentes», diz Vasco Rodrigues, citado pelo Portal do SNS.

O investimento realizado foi de cerca de 65 mil euros, em obras e equipamento. As novas instalações «inserem-se num plano de melhoria das instalações que o hospital tem vindo a implementar de forma faseada, visando a melhoria das condições proporcionadas aos utentes, mas também aos profissionais que aqui trabalham», refere Joana Chêdas, vogal do Conselho de Administração do HFF.

Teleconsultas devem crescer 80%, a nível mundial, até 2025

Um estudo da consultora britânica Juniper Research concluiu que o número de teleconsultas realizado a nível global irá chegar aos 765 milhões em 2025, comparativamente aos 422 milhões de 2021, o que representa um aumento de 80 por cento. As teleconsultas permitem aos doentes e aos prestadores de cuidados interagir remotamente através de apps de saúde e videochamadas.

As conclusões da consultora indicam também que o principal fator que leva à adoção de serviços de teleconsulta entre prestadores e pacientes é a maior eficiência proporcionada aos primeiros e a melhoria de cuidados aos segundos. O estudo realça, contudo, que o funcionamento destes sistemas requer uma estrutura técnica significativa, o que inclui, por exemplo, uma ligação de banda larga robusta.

O subcontinente indiano será a região a registar mais teleconsultas até 2025, uma região onde este sistema já é popular.

Em média, cada pessoa recorrerá à teleconsulta 3,6 vezes por ano, mas estes números deverão ser mais elevados em países com sistemas de saúde universais ou naqueles onde haja um reembolso completo destas consultas.

CHL reestrutura quartos de isolamento no Serviço de Medicina Intensiva

O Centro Hospitalar de Leiria (CHL) reestruturou recentemente três quartos de isolamento no Serviço de Medicina Intensiva (SMI), localizado no Hospital de Santo André, em Leiria, que funcionam nos regimes de proteção (pressão positiva) e de contenção (pressão negativa), conforme as necessidades.

“A obra de remodelação garante as condições de tratamento dos doentes imunocomprometidos ou portadores de doenças infeciosas, permitindo a sua segurança e a dos profissionais do Serviço”, informou o centro hospitalar.

Os três quartos de isolamento do SMI estão devidamente equipados para funcionar nos regimes de proteção e de contenção.

No regime de proteção, o utente que se encontra internado no quarto está imunocomprometido, ou seja, tem uma baixa resistência quando exposto a um antígeno, havendo a necessidade de o proteger para não ser contaminado por partículas potencialmente perigosas transmitidas por outras pessoas, como outros doentes, visitantes ou profissionais de saúde. Assim, o fluxo de ar é realizado do quarto para o exterior, e o ar proveniente do exterior para dentro do quarto passa por um filtro que retém as pequenas partículas, que podem conter antigénios ainda mais pequenos.

Já o regime de contenção protege todos os profissionais e utentes que se encontrem fora dos quartos das partículas infeciosas transportadas por via aérea, que estão dentro do quarto de isolamento, tais como sarampo, tuberculose, SARS, MERS, Covid-19, entre outros. Esta proteção é possível pois o fluxo do ar ocorre das zonas não contaminadas para a zona contaminada: em todas as pequenas aberturas, o fluxo de ar ocorre sempre de fora para dentro, e posteriormente todo o ar contaminado é extraído e encaminhado para o exterior, depois de passar por um filtro que tem a tarefa de reter as pequenas partículas, que trazem agarradas a elas os vírus também de tamanho reduzido.

A obra de reestruturação incluiu alterações no sistema de ventilação e na substituição das portas de acesso dos quartos, de forma a assegurar os diferenciais de pressão estabelecidos.

A empreitada teve um investimento de cerca de 223 mil euros, dos quais 206.518 euros foram atribuídos pelo Programa Financiamento Centralizado da Administração Central do Sistema de Saúde, para reforço da resposta de Medicina Intensiva no âmbito da pandemia Covid-19 – infraestruturas.

“Esta obra de reestruturação permite disponibilizar mais e melhores condições para os nossos utentes, de acordo com as necessidades que temos vindo a registar, nomeadamente com esta pandemia por Covid-19”, referiu o presidente do Conselho de Administração do CHL, Licínio de Carvalho.

“O Serviço de Medicina Intensiva fica assim mais capacitado para tratar doentes com diferentes especificidades e condição clínica”, concluiu.

Hospital do Montijo abre espaço renovado no Departamento de Psiquiatria

O Hospital do Montijo conta, a partir desta segunda-feira, com uma nova área do Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental. Com as obras de beneficiação das antigas instalações do Serviço de Medicina Interna finalizadas, tem início esta semana a atividade de Hospital de Dia de Pedopsiquiatria e de Consulta Externa de Psiquiatria num espaço totalmente renovado.

O novo espaço, que contou com um investimento de 250 mil euros, encontra-se dividido em duas áreas assistenciais. A Consulta Externa de Psiquiatria conta com quatro gabinetes de consulta (Médico e Psicologia) e dois gabinetes de enfermagem. O Hospital de Dia de Pedopsiquiatria tem quatro gabinetes (multidisciplinares), uma sala de atividades, uma copa e um refeitório.

As consultas externas de Psiquiatria destinam-se aos utentes dos concelhos do Montijo e de Alcochete. O Hospital de Dia de Pedopsiquiatria terá como público-alvo os utentes dos quatro concelhos da área de influência do Centro Hospitalar Barreiro Montijo e, inicialmente, será dedicado aos adolescentes, entre os 13 e os 18 anos, começando a atividade no próximo dia 5 de agosto.

“A Psiquiatria da Infância e Adolescência tem como objetivo a promoção da autonomia e individuação, a capacitação para resolução de conflitos e problemas do quotidiano, o treino de competências sociais e a facilitação de reintegração nos diferentes sistemas de vida do jovem, trabalhando em conjunto com as famílias”, informou o Hospital do Montijo em comunicado.

Esta nova especialidade será sustentada por uma equipa multidisciplinar vocacionada para a Saúde Mental Infantojuvenil, composta por pedopsiquiatra, enfermeiro, psicólogos e assistente social, que irão contribuir para melhorar a prestação de cuidados numa população com grandes vulnerabilidades e risco de descompensação psiquiátrica.

Além disso, o hospital pretende que esta valência esteja mais próxima da comunidade, promovendo-se uma articulação com outras infraestruturas como a Administração Regional de Saúde e Vale do Tejo, o Agrupamento de Centros de Saúde Arco Ribeirinho, Instituições Particulares de Solidariedade Social, escolas, entre outros.

O Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental pretende ainda abrir este ano outra valência, no mesmo espaço, destinada à população adulta num conceito de Hospital de Dia / Área de Dia, aproveitando algumas sinergias com o Hospital de Dia de Pedopsiquiatria, dando resposta a adultos com perturbações psiquiátricas graves e que requeiram uma continuação de cuidados na comunidade, com vista à manutenção da sua estabilidade clínica e prevenção de recaídas.