Serviço de Pneumologia do CHL realiza Registo de Sono Noturno

O Serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar de Leiria (CHL) passou a realizar no seu Laboratório do Sono a Polissonografia Nível I (PSG 1), isto é, o Registo Polissográfico de Sono Noturno, nível 1.

De acordo com a técnica de Cardiopneumologia do Laboratório do Sono, Carolina Oliveira, “este exame é realizado durante o sono, em laboratório, indolor e não invasivo, com gravação de áudio e vídeo” e “tem como finalidade avaliar a estrutura do sono através de vários sensores que registam parâmetros neurológicos, respiratórios, cardíacos e movimentos dos membros”.

A PSG Nível 1 é realizada a pessoas maiores de 18 anos e que apresentem dificuldade em dormir ou insónia; dificuldade em permanecer acordado ou hipersónia; existência de episódios de sono em alturas inapropriadas; e episódios comportamentais atípicos durante o sono, tais como movimentos excessivos, dificuldade respiratória, ressonar ou sonambulismo.

Em comunicado, o CHL refere que este mês foi também iniciado o Teste de Latência Múltipla do Sono (TLMS), um exame realizado ao longo de um dia no Laboratório do Sono, que consiste em quatro a cinco sestas, intervaladas por períodos de duas horas em que o utente permanece acordado. Durante as sestas, o utente encontra-se monitorizado, e em cada prova é medido o tempo que demora a adormecer (latência do sono), e se existe a presença do sono REM (fase do sono reparador e de relaxamento muscular).

Os vários exames do sono possibilitam diagnosticar vários tipos de patologias, como a insónia; distúrbios respiratórios do sono, como a apneia do sono; a hipersonolência de causa central, por exemplo, a narcolepsia; distúrbios do ritmo circadiano, como o atraso de fase; as parassónias, por exemplo REM Sleep Behavior Disorder; e distúrbios do movimento relacionado com o sono, como os movimentos periódicos dos membros inferiores.

“Estes estudos do sono (PSG Nível 1 e TLMS) permitem-nos fazer um diagnóstico diferencial das diversas patologias do sono, o que possibilita consequentemente a redução de acidentes rodoviários, o aumento da produtividade laboral, a diminuição do risco de doença cardiovascular, a prevenção do desenvolvimento de perturbações, como a ansiedade e a depressão, e de doenças neurodegenerativas”, destacou Carolina Oliveira

De acordo com a técnica, na vertente mais prática o utente evita a deslocação a outros hospitais afastados da área de residência.

O Laboratório do Sono abriu a sua atividade em 2016, com o objetivo de diagnosticar patologias relacionadas com o sono, executando desde o início polissonografias de nível III e IV e, em 2021, também começou a efetuar a polissonografia de nível II. Conta com uma equipa composta por cinco técnicas de cardiopneumologia e uma médica pneumologista, contando ainda com a colaboração, desde março de 2023, de uma médica neurologista e de uma técnica de neurofisiologia.

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