O Hospital Santa Maria, em Lisboa, inaugurou ontem dois novos aceleradores lineares e uma tomografia computorizada de planeamento que permitirão realizar cerca de 40 mil tratamentos de radioterapia por ano, um investimento de cerca de sete milhões de euros.
O novo equipamento pretende dar resposta à totalidade das necessidades internas do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN) e ainda apoio a outras unidades de Lisboa e Vale do Tejo e da região Sul do país.
Presente na cerimónia de inauguração da nova ala do Serviço de Radioterapia do Santa Maria, a ministra da Saúde salientou que estes equipamentos são uma “mais-valia” para os doentes e uma “mais-valia muito grande” para o Serviço Nacional de Saúde.
“São mais 40 mil tratamentos [por ano] dos quais 10 mil suscetíveis de serem disponibilizados a outras instituições que trabalham em rede com o Centro Hospitalar de Lisboa Norte”, disse Marta Temido.
O presidente do Conselho de Administração do CHULN, Daniel Ferro, afirmou, por seu turno, que a nova ala do Serviço de Radioterapia significa que o serviço “não só dispõe de mais capacidade, mas sobretudo de mais diferenciação”.
“O facto de retomarmos a radiocirurgia, de termos uma unidade de braquiterapia renovada e as técnicas todas que agora são permitidas”, permite, além de tratar mais doentes, tratá-los melhor.
Mas, para Daniel Ferro, este não é um ponto de chegada, mas sim de partida, porque o Serviço de Radioterapia, que tem 30 anos, está num “processo de grande necessidade de renovação”, referindo que um dos aceleradores de que o hospital dispõe “já parou e os dois que estão em funcionamento, para que não parem têm de ser renovados num curto espaço de tempo”.
Daniel Ferro disse, contudo, que o CHULN já está em articulação com a ARS de Lisboa e Vale do Tejo e com o Ministério da Saúde para “dar já um primeiro passo” relativamente ao acelerador que está parado e “se possível tentar renová-lo de forma qualitativa e de forma a trazer inovação”, permitindo que se possa ter ao mesmo tempo a radioterapia acompanhada da ressonância magnética nuclear”.