Hospital CUF Santarém adquire equipamento de TAC

O Hospital CUF Santarém adquiriu um equipamento de última geração de Tomografia Computorizada (TAC), “único em Portugal”, que, através de inteligência artificial, torna possível a realização de exames de imagem cardíaca menos invasivos e mais precisos.

“Com esta aposta, a CUF reforça a acessibilidade da população a cuidados de saúde diferenciados”, referiu o grupo CUF em comunicado enviado à redação.

A oferta de exames de Imagiologia do Hospital CUF Santarem passa assim a incluir procedimentos como o TAC Score de Cálcio e o Angio-TAC Coronário, em articulação com a especialidade de Cardiologia. Estes exames permitem a avaliação da anatomia cardíaca, a quantificação da calcificação das artérias coronárias e a avaliação de obstruções nestas artérias.

Para a coordenadora de Cardiologia do Hospital CUF Santarém, Isabel Monteiro, uma das grandes mais valias da realização destes exames, com o novo equipamento, é conseguirem calcular, “de forma muito precisa”, a probabilidade de enfarte agudo do miocárdio, uma das principais causas de morte no país. “Desta forma, podemos agir com a devida rapidez para o prevenir”, acrescentou.

“esta colaboração estratégica entre a imagiologia e a cardiologia, além de permitir diagnosticar doenças cardiovasculares com maior precisão e menos risco para os doentes, também nos permite investigar causas de dor torácica, cardíacas e não cardíacas, com apenas um exame”, disse a coordenadora de Imagiologia do Hospital CUF Santarém, Inês Gouveia Pereira.

“A aquisição deste equipamento inovador, único em Portugal, representa um avanço nos cuidados de saúde disponíveis não só à população escalabitana, como a todos os portugueses. Através destes exames de imagem cardíaca, é possível avaliar com maior exatidão o risco cardiovascular, em determinados casos, sem necessidade de recorrer a procedimentos mais complexos e invasivos, como o cateterismo cardíaco”, lê-se no mesmo comunicado.

O novo equipamento de TAC cardíaca do Hospital CUF Santarém emite uma quantidade menor de radiação, através da inteligência artificial, aumentando a qualidade de imagem e permitindo um diagnóstico mais preciso das doenças do coração.

“As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte, no mundo. Em Portugal, representam um terço da mortalidade total”, recordou a cardiologista da CUF, reforçando que “o diagnóstico precoce e o acompanhamento médico contínuo dos doentes são fundamentais para reduzir o número de mortes provocadas por este grupo de patologias”.

Comissão executiva prepara instalação da ULS da Região de Leiria

Uma comissão executiva está a preparar a instalação da Unidade Local de Saúde (ULS) da Região de Leiria, que deverá entrar em funcionamento a 1 de janeiro de 2024.

“De acordo com o Decreto-Lei n.º 102/2023, publicado no passado dia 7 de novembro, entrou em funções no dia 8 de novembro uma comissão executiva, constituída pelo presidente do Centro Hospitalar de Leiria (CHL), Licínio de Carvalho, o diretor executivo do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) de Pinhal Litoral, Marco Neves, a diretora executiva do ACES do Médio Tejo, Diana Leiria, e o diretor executivo do ACES do Oeste Norte, João Gomes”, revelou o CHL em comunicado divulgado.

A comissão executiva, cujo mandato termina em 31 de dezembro, tem como objetivo “desenvolver todas as diligências necessárias” para que a nova Unidade Local de Saúde da Região de Leiria (ULS RL) inicie o seu funcionamento a 1 de janeiro de 2024.

“Já participámos numa reunião dinamizada pela Administração Central do Sistema de Saúde, onde foram delineados os objetivos de todas as comissões executivas nomeadas para colocar em funcionamento as novas ULS propostas pela Direção Executiva do SNS [Serviço Nacional de Saúde]”, afirmou o coordenador da comissão executiva e presidente do CHL, Licínio de Carvalho, citado na nota de imprensa.

Segundo Licínio de Carvalho, a comissão executiva também se reuniu e já está no terreno a trabalhar para que a abertura da nova ULS seja uma realidade”.

Uma das tarefas desta comissão é a elaboração da lista nominativa do pessoal da ULS RL, “para posterior validação da tutela, bem como a criação do Plano de Desenvolvimento Organizacional para o triénio 2024-2026 e a definição do Contrato-Programa para 2024”.

A Unidade Local de Saúde da Região de Leiria integra o CHL, o ACES do Pinhal Litoral, os centros de saúde de Ourém e de Fátima (atualmente integrados no ACES do Médio Tejo), e os centros de saúde de Alcobaça e da Nazaré (do ACES do Oeste Norte).

“A integração dos ACES, hospitais e centros hospitalares já existentes no modelo das ULS constitui uma qualificação da resposta do SNS, simplificando os processos, incrementando a articulação entre equipas de profissionais de saúde, com o foco na experiência e nos percursos entre os diferentes níveis de cuidados, aumentando a autonomia gestionária, melhorando a participação dos cidadãos, das comunidades, dos profissionais e das autarquias na definição, acompanhamento e avaliação das políticas de saúde, maximizando o acesso e a eficiência do SNS”, lê-se no preâmbulo do Decreto-Lei n.º 102/2023, de 7 de novembro.

Governo cria carreira no SNS de Técnico Auxiliar de Saúde

O Governo concluiu, a 15 de novembro, o processo negocial para criação da carreira de Técnico Auxiliar de Saúde (TAS), cumprido o compromisso assumido no Programa do XXIII Governo Constitucional.

A criação desta carreira, que abrange todos os profissionais que desenvolvem funções nas entidades integradas no Serviço Nacional de Saúde (SNS), independentemente do regime de vinculação, “representa uma valorização para os trabalhadores abrangidos, que se traduz, também, em ganhos para o SNS”, lê-se em comunicado.

Em termos remuneratórios, a transição para a carreira de TAS, traduz-se num acréscimo salarial de cerca de cem euros mensais, correspondente a um aumento de 13 por cento. A remuneração base da carreira passa a situar-se no nível 6 da tabela remuneratória única (TRU), cuja remuneração em 2024 será de 869,74 euros.

“Com esta medida, que abrange cerca de 24 mil trabalhadores que exercem funções na área da prestação de cuidados de saúde, para além dos ganhos para o sistema, valoriza-se de forma inequívoca o papel destes trabalhadores no funcionamento dos serviços de saúde e na prestação de cuidados à população”, refere ainda o SNS no comunicado.

O diploma, que entra em vigor no dia 1 de janeiro de 2024, “representa o reconhecimento, por parte do Governo, da especificidade e exigência das funções desempenhadas por estes profissionais no apoio ao processo complexo que caracteriza a atividade que diariamente é desenvolvida nos serviços e estabelecimentos de saúde pelas equipas multidisciplinares, nas quais se revela essencial o papel dos técnicos auxiliares de saúde”.

Hospital de Braga distinguido na Cirurgia Pediátrica Minimamente Invasiva

O Serviço de Cirurgia Pediátrica do Hospital de Braga foi distinguido com dois prémios de prestígio no Congresso Anual de Cirurgia Portuguesa de Cirurgia Minimamente Invasiva, realizado em Évora nos dias 3 e 4 de novembro de 2023.

O estudo apresentado por Inês Braga, médica interna do Serviço de Cirurgia Pediátrica do Hospital de Braga, comunicou os resultados clínicos e de desempenho da equipa de Cirurgia Pediátrica, de uma técnica inovadora de reparação de hérnia inguinal sem cicatriz, submetida a mil crianças.

A técnica foi implementada, desenvolvida, aperfeiçoada e divulgada pelo Serviço de Cirurgia Pediátrica do Hospital de Braga, ao longo uma década, e “representa um marco no avanço da cirurgia para os mais pequenos e estabelece novos padrões de excelência para o tratamento da hérnia inguinal na criança”, referiu o diretor do Serviço de Cirurgia Pediátrica do Hospital de Braga, Jorge Correia-Pinto.

O segundo prémio, na categoria de melhor vídeo, foi atribuído à apresentação do caso clínico de uma criança portadora de uma rara malformação das vias biliares. A abordagem laparoscópica, realizada por uma equipa multidisciplinar, foi destacada no vídeo editado por Sofia Martinho, médica interna no Serviço de Cirurgia Pediátrica do Hospital de Braga.

O caso apresentado sublinha os benefícios da abordagem inovadora, que resulta da colaboração sinérgica entre diversas especialidades, representando um avanço significativo no tratamento de malformações biliares em crianças.

“As duas distinções são testemunho da dedicação contínua do Serviço de Cirurgia Pediátrica do Hospital de Braga com a excelência e cuidado dedicado aos utentes. O Hospital de Braga reforça, assim, o compromisso na promoção do avanço da Cirurgia Pediátrica, a procura constante por métodos cada vez menos invasivos nos procedimentos cirúrgicos em pediatria, e a liderança e inovação nesta área”, referiu o hospital em comunicado enviado à redação.

Maternidade do CHOeste reabre após requalificação

O Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Oeste (CHOeste) informou que estão concluídas as obras de requalificação do Serviço de Obstetrícia do CHOeste, localizado na Unidade de Caldas da Rainha, que visaram a remodelação do internamento de Obstetrícia e do bloco de partos.

O objetivo passou por melhorar as condições de qualidade, conforto e segurança para utentes e profissionais de saúde.

Aproveitando a concretização das empreitadas de remodelação do bloco de partos e do internamento de obstetrícia, estas duas empreitadas foram antecedidas de outras duas obras – reparação da rede de esgotos e reparação da rede de águas – que, no seu conjunto, conferiram “uma ampla remodelação” ao Serviço de Obstetrícia do CHOeste, refere o centro hospitalar em comunicado.

As quatro empreitadas mencionadas tiveram início a 1 de junho e encontram-se concluídas, estando prevista a reabertura do Serviço para 13 de novembro, retomando o normal funcionamento.

No decorrer desta intervenção, a atividade assistencial do Serviço de Obstetrícia (internamento, bloco de partos e urgência obstétrica e ginecológica) foi assegurada no Centro Hospitalar de Leiria, que acolheu as utentes do CHOeste.

As obras de melhoramento do bloco de partos visaram criar quatro salas de parto, três instalações sanitárias para utentes e uma para profissionais, uma sala de trabalho/posto de vigilância, uma zona de sujos, assim como a instalação do sistema de climatização.

No que concerne à remodelação do internamento de obstetrícia, a empreitada visou dotar a globalidade das salas existentes do internamento de melhores condições de conforto e segurança, com intervenções ao nível do pavimento, paredes, iluminação, portas interiores, caixilharia, calhas hospitalares, e mobiliário.

“Entre os investimentos mais relevantes em termos de equipamentos, destaca-se a aquisição de ecógrafo para obstetrícia, ventiladores neonatais de transporte, CTG, Doppler fetal, camas de parto, berços e monitores multiparamétricos para grávidas e neonatais, reforçando a vigilância do bem-estar materno-fetal”, lê-se no comunicado.

Com um investimento global de 1 347 487,39 euros, dos quais 401 255,60 euros foram financiados no âmbito do programa de Incentivo Financeiro à Qualificação dos Blocos de Partos do Serviço Nacional de Saúde, no âmbito de candidatura apresentada, 725 mil euros financiados pela Câmara Municipal de Caldas da Rainha e 221 231,79 euros suportados pelo CHOeste.

Centro de Reprodução do CHUSJ quase duplica resposta na Procriação Assistida

O Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), no Porto, que criou há quatro meses o primeiro Centro de Responsabilidade Integrada em Medicina de Reprodução (CRI-MR) do país, está “quase a duplicar” a resposta à Procriação Medicamente Assistida.

“Não temos lista de espera para indução da ovulação, para criopreservação da fertilidade e as inseminações intrauterinas. As transferências de embriões criopreservados estão dentro do normal. Estamos a fazer, em produção adicional, a FIV [fertilização in vitro], os ciclos de microinjeção os PGT [Diagnóstico pré-implantação]”, descreveu a diretora do CRI-MR do CHUSJ, Sónia Sousa.

Lembrando que “o problema das listas de espera é um problema geral do país também nesta área”, em entrevista à agência Lusa Sónia Sousa resumiu o desempenho de quatro meses de CRI-MR com otimismo.

“Conseguimos diminuir a lista de espera e quase duplicar tratamentos. Para podermos aumentar ainda mais a resposta precisamos de mais instalações. O [conselho de administração do] hospital sabe isso e está sensível. Com instalações maiores, podemos contratar mais pessoas e fazer mais ciclos”, apelou a responsável.

O CRI-MR do CHUSJ é o primeiro do género em Portugal. Uma das áreas mais procuradas é o do diagnóstico genético pré-implantação, uma vez que este é o único centro no Serviço Nacional de Saúde a fazer este tipo de testes, recebendo, por isso, utentes de todo o país, incluindo Madeira e Açores.

O centro de responsabilidade em causa tem como objetivo dar resposta a casais que têm alguma doença genética ou familiar e pretendem não a transmitir aos filhos.

Sónia Sousa descreveu que neste CRI “é feito um tratamento, os embriões são biopsiados ao quinto dia e as células são analisadas para se ver quais os embriões que não são portadores da mutação responsável pelo gene”.

“Temos uma lista de espera bastante grande, mas neste momento até essa estamos a conseguir diminuir”, referiu.

O Hospital de São João faz este tipo de diagnósticos desde 1998. Os primeiros testes foram a alterações cromossómicas e à paramiloidose. Agora fazem também a outras doenças, como a Machado de Joseph ou a hemofilia.

Alguns destes procedimentos contam com a colaboração da equipa de genética da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

Sónia Sousa destacou o “grande adianto” dado à lista de espera das FIV, sendo objetivo “atingir até menos de um ano de lista de espera”.

“Há um problema que não conseguimos resolver que é o dos casais que têm de recorrer a dador porque é necessário pedir os gâmetas ao banco público e aí a lista de espera é à volta de três anos”, contou a diretora.

Em causa está o facto de o número de dadores ter diminuído sem acompanhar o aumento de procura que aconteceu recentemente, nomeadamente dada a inclusão na lei de acesso dos casais de mulheres e das mulheres sozinhas.

“Não temos autonomia nessa matéria”, disse a responsável do CRI-MR do CHUSJ, apelando ao incremento das ações de sensibilização e divulgação, por exemplo junto das faculdades.

Em tratamentos de primeira linha, com este CRI a resposta do CHUSJ passou a ser imediata. Já em tratamentos de segunda linha, antes da criação do CRI-MR eram 680 os utentes em espera. Com o CRI-ME, a redução da lista de espera supera os 50 por cento (323 utentes em espera).

Quanto a tempo de consulta, antes da criação do CRI-MR a espera rondava os oito meses, o que ultrapassava os Tempos Máximos de Resposta Garantidos (TMRG). “Atualmente não temos nenhum utente fora do TMRG”, referiu Sónia Sousa.

O CRI-MR do CHUSJ tem cinco médicos, seis biólogos, três enfermeiros, dois administrativos e um assistente operacional. “Temos uma equipa muito dedicada. E quantas vezes recebemos visitas de pais para dar a conhecer os bebés”, contou a diretora a apontar para quadros de fotografias e desenhos de crianças, lamentando que a pandemia da covid-19 tenha, no entanto, mudado alguns hábitos.

Hospital Privado das Beiras na Covilhã deverá abrir em 2025

Um consórcio de três empresas vai investir cerca de 20 milhões de euros no Hospital Privado das Beiras (HPB), na Covilhã, com entrada em funcionamento prevista para abril de 2025 e a criação entre 150 e 200 postos de trabalho.

A informação foi adiantada pelo administrador executivo da unidade de saúde, António Sàágua, durante uma visita às obras, no antigo edifício do Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário, em fase de demolições no interior.

Até março de 2024, o HPB pretende abrir uma clínica na Covilhã e até meio do próximo ano outra em Castelo Branco, para começar a prestar cuidados de saúde em ambulatório.

Os promotores do investimento frisaram que o HPB, com duas salas de bloco operatório e 30 gabinetes para consultas externas, terá capacidade para realizar anualmente mais de cem mil consultas, mais de três mil cirurgias, mais de 70 mil exames e tratamentos e terá disponíveis “mais de trinta especialidades”.

O hospital tem projetadas 30 camas, mais 50 na estrutura residencial para pessoas idosas contígua, para funcionar “em articulação próxima com a unidade hospitalar”, com o propósito de oferecer um atendimento complementado “por um suporte clínico mais robusto”, segundo o administrador.

O HPB, salientou o administrador executivo, “é um projeto simples e de grande ambição”, que pretende ser “complementar ao Serviço Nacional de Saúde” e está a perceber “que necessidades há a colmatar”.

Segundo António Sáàgua, além do bloco operatório, a estrutura ficará dotada de unidade de cuidados intermédios, internamento, equipamento de imagiologia de última geração, laboratório, meios complementares de diagnóstico e terapêutica e serviço de atendimento permanente, entre outros serviços.

O investimento é uma iniciativa de um consórcio que integra o fundo MedCapital, dedicado ao desenvolvimento de um grupo de saúde privado de âmbito nacional, com unidades no Algarve, Lisboa e Porto, e dois grupos empresariais locais, o Grupo AFFIS e Grupo FPT Energia.

Para o presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, esta é uma forma de “fortalecer o ‘cluster’ da saúde na Covilhã”.

“A Covilhã vai passar a ser, cada vez mais, uma cidade da saúde”, vincou o autarca, que se afirmou um “intransigente defensor do SNS [Serviço Nacional de Saúde]” e afirmou que existe por parte dos investidores privados no concelho “uma vontade inequívoca” de criar sinergias com as entidades da região na área da saúde.

O presidente do município acrescentou que “as sinergias entre os projetos privados e o serviço público vem atrair mais médicos” para a região.

A 30 de outubro foi apresentado o projeto de uma outra estrutura de saúde privada na Covilhã, o Hospital CUF, com abertura prevista para 2027 e instalações junto ao Complexo Desportivo da cidade, num investimento de 35 milhões de euros.

Lançado concurso para novo Centro de Saúde de Alcains em Castelo Branco

O concurso para a construção do novo Centro de Saúde de Alcains, no valor de 1,7 milhões de euros, já foi lançado, anunciou o presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues.

“É uma obra extremamente importante para a freguesia de Alcains e para um conjunto de outras freguesias cuja população tem ali consultas e o seu médico de família. É um centro de saúde novo, projetado de acordo com aquilo que são as tipologias do Serviço Nacional de Saúde e que dará resposta a um conjunto alargado de cidadãos”, afirmou à agência Lusa Leopoldo Rodrigues.

A construção deste novo equipamento na segunda maior freguesia do concelho de Castelo Branco foi assumida pelo atual presidente do município durante a campanha eleitoral para as autárquicas, em 2021.

“Trata-se de um compromisso que tínhamos assumido. Já abrimos o procedimento de concurso para a realização das obras. Agora têm de decorrer os prazos legais e depois a adjudicação do projeto”, frisou o autarca.

Leopoldo Rodrigues salientou que o atual Centro de Saúde de Alcains tem poucas condições, quer ao nível de espaço para os profissionais de saúde, quer para a própria população.

“É um equipamento com dois pisos, o que torna bastante difícil a acessibilidade. O novo centro terá apenas um piso. Cumpre ainda outro objetivo que é o de requalificar um espaço nobre na vila de Alcains”, sintetizou.

O novo equipamento vai ser construído no antigo ciclo preparatório da vila.

O autarca salientou ainda que a verba, no valor de 1,7 milhões de euros, será suportada, de forma repartida, pelo município de Castelo Branco e por fundos do Plano de Recuperação e resiliência.

Abrantes investe 1,6ME em USF para 11 mil utentes

A Câmara de Abrantes aprovou por unanimidade um projeto para a criação de uma nova Unidade de Saúde Familiar (USF), com capacidade para 11 mil utentes, num investimento de 1,6 milhões de euros.

Em nota informativa, aquele município do distrito de Santarém indicou que foi aprovado, em reunião de executivo, um projeto de “requalificação da Escola Primária de Alferrarede para instalação da Unidade de Saúde Familiar (USF) Norte de Abrantes”, com uma área de abrangência de 210 quilómetros quadrados e um total de cerca de 11 100 utentes, respeitantes às freguesias do norte do concelho.

“É uma intervenção muito robusta e importante para a reorganização dos serviços de saúde no norte do território concelhio e para minimizar o problema da falta de médicos de família, que é um elemento central para a vida das pessoas”, disse o presidente da Câmara de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos, citado na nota informativa.

A futura USF terá como zona de abrangência as freguesias de Abrantes e Alferrarede, Aldeia do Mato e Souto, Carvalhal, Fontes, Martinchel, Mouriscas e Rio de Moinhos, locais onde, atualmente, “a grande maioria destes utentes encontra-se sem médico de família” atribuído.

Para o autarca, este modelo organizativo de gestão das USF, que “amplia a capacidade de captação de profissionais de saúde”, é “a única forma de responder a este problema”.

No âmbito do projeto aprovado, a antiga Escola Primária das Hortas, em Alferrarede, será ampliada, ocupando o terreno do antigo recreio, e será dotada, numa área global de 2 052 metros quadrados, de quatro áreas funcionais compostas por entrada/receção, apoio administrativo, prestação de cuidados de saúde e apoio geral.

Com esta USF, indicou o município, pretende-se atribuir médico de família aos 11 100 utentes inscritos nas freguesias abrangidas, oito mil dos quais na União de Freguesias de Abrantes e Alferrarede, 1 400 no polo de Mouriscas, 1 100 no polo de Rio de Moinhos, e 600 utentes no polo de Carvalhal.

Na nota, a Câmara de Abrantes afirmou que a construção desta USF “não invalida a continuação da atividade dos polos de saúde em funcionamento no norte do concelho, tal como acontece com as duas USF já existentes”.

De acordo com a estimativa de custo, o valor estimado para a obra ascende a 1 647 735 euros, acrescido de IVA à taxa legal em vigor, contando o município com apoios de fundos comunitários na ordem do 1,5 milhões de euros.

Segundo a calendarização indicada à agência Lusa por fonte do município, até ao final deste ano deverá ser aprovado o projeto de execução, seguindo-se, no primeiro semestre de 2024, o lançamento de concurso e adjudicação da empreitada, com previsão de início da obra no último trimestre de 2024.

A obra terá um prazo de execução de 240 dias (oito meses).

Na mesma nota informativa, a vereadora com o pelouro da Saúde, Raquel Olhicas, indicou que o atual polo de saúde de Alferrarede “funcionará com o objetivo de acolher todos os serviços da unidade de recursos assistenciais partilhados, nomeadamente as consultas de higiene oral, medicina dentária, nutrição, psicologia, fisioterapia, cardiopneumologia e serviço social”.

Bloco de partos CHBM tem novas instalações

A urgência obstétrica e ginecológica e o bloco de partos do Centro Hospitalar Barreiro Montijo (CHBM), no distrito de Setúbal, está, desde o dia 23 de outubro, a funcionar em instalações requalificadas e com novos equipamentos.

Segundo o hospital, as novas instalações permitirão melhorar a qualidade dos cuidados de saúde às utentes, bem como as condições de trabalho para os profissionais.

Com um investimento de cerca de 900 mil euros, esta intervenção foi realizada no seguimento da aprovação de candidatura ao Programa de Incentivo Financeiro à Qualificação dos Blocos de Partos do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

De acordo com o CHBM, a obra permitiu, entre outras intervenções, melhorar o acesso e os circuitos no serviço, criar novas áreas, nomeadamente uma zona de SO para as utentes, e remodelar as instalações sanitárias, melhorando a acessibilidade. O secretariado tem agora acesso a partir do exterior, facilitando o atendimento às utentes que recorrem a este serviço.

A unidade hospitalar salientou que foi ainda possível adquirir vários equipamentos médicos, tais como camas de parto, marquesas, mesas de reanimação, mesas de anestesia, incubadora, cardiotocógrafos, monitores de sinais vitais, entre outros equipamentos.

A intervenção tinha previsto um prazo de execução de três meses, com data de conclusão estimada para 31 de outubro. Durante o período de realização da empreitada, o serviço funcionou em instalações próprias noutro local, tendo assegurado a prestação de cuidados a todas as utentes. Ao longo destes três meses nasceram mais de 470 bebés no CHBM, acrescentou o centro hospitalar.

Entre janeiro e setembro de 2023, o serviço de obstetrícia e de ginecologia registou o nascimento de 1 162 bebés, realizou 6 610 consultas médicas e 7 309 consultas de enfermagem e efetuou 5 292 meios complementares de diagnóstico e terapêutica.

Ao abrigo da operação “Nascer em Segurança no SNS”, as urgências de ginecologia e obstetrícia e bloco de partos do CHBM têm funcionado de forma rotativa com outras unidades do distrito de Setúbal, um plano que se vai manter durante o período de inverno por decisão da direção executiva do SNS. Na semana entre 31 de outubro e 5 de novembro o serviço volta a encerrar ao abrigo do programa nacional.

A “Operação Nascer em Segurança no SNS”, que implica um modelo de funcionamento rotativo em vários serviços e urgências de unidades hospitalares da mesma área geográfica, está em vigor em várias regiões do país desde os fins de semana de Natal e final de ano de 2022.