Prof. Doutor José Joaquim Nogueira da Rocha – Falecimento

A Direção da ATEHP vem comunicar o falecimento do Senhor Prof. Doutor José Joaquim Nogueira da Rocha, facto que lamentamos profundamente.

O Senhor Prof. Doutor Nogueira da Rocha era colaborador assíduo da ATEHP e da TecnoHospital – TH, a nossa revista, na qual mantinha uma coluna.

Foi, em 2018, por ocasião da Cerimónia Comemorativa do 25º aniversário da TH, agraciado com o Título de Associado Honorário da ATEHP.

A Direção da ATEHP apresenta os mais sentidos pêsames à família do Senhor. Prof. Doutor Nogueira da Rocha.

Santa Maria da Feira vai construir unidade de saúde por 2ME

A Câmara de Santa Maria da Feira definiu os termos do acordo com a ARS Norte que lhe permitirá recorrer ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a construção de uma unidade de saúde de dois milhões de euros em Fiães.

Segundo revelou à agência Lusa o presidente dessa autarquia do distrito de Aveiro, Emídio Sousa, em causa está o contrato-programa aprovado por unanimidade em reunião de Câmara que permitirá ao executivo avançar com o projeto para criação de um edifício que substitua a atual Unidade de Saúde Familiar (USF) e Unidade de Cuidados à Comunidade (UCC) da referida freguesia, e candidatar a obra ao PRR.

“Na prática, vamos substituir-nos ao Estado na construção de um edifício que devia ser ele a criar, mas a única solução é ser a Câmara a tratar do assunto porque, de outra forma, a obra nunca mais aparecia e a população de Fiães continuava com uma unidade de saúde que está muito degradada e não tem as condições que se exigem a serviços destes”, disse Emídio Sousa.

As atuais USF e UCC estão instaladas num edifício da antiga Casa do Povo de Fiães que “tem mais de 50 anos” e apresenta “problemas infraestruturais”, como infiltrações de água, mau funcionamento do quadro elétrico e falta de condições de acessibilidade.

Segundo a ARS Norte, “as atuais instalações, para além de exíguas, estão a funcionar num edifício muito antigo, não correspondendo à qualidade necessária para a prestação de cuidados que as equipas aí instaladas oferecem diariamente”.

Recuperar o imóvel que acolhe ambas as unidades de saúde não foi, por isso, considerada uma medida eficaz, como a direção da ARS justificou ao realçar que só com um novo espaço se poderá proceder ao devido “acolhimento das equipas, que têm crescido em quantidade e em número de valências”.

O objetivo é também acomodar melhor os utentes, considerando que, como referiu a ARS Norte, “a USF de Fiães serve uma população de cerca de 10 500 inscritos e a Unidade de Cuidados na Comunidade Feira Norte serve uma comunidade de cerca de 57 mil habitantes”.

Quanto ao destino do imóvel atual, Emídio Sousa adiantou que “é para demolir” e acrescentou que, após esse procedimento, na mesma morada será criado “estacionamento para servir o pavilhão desportivo da Casa do Povo, que é muito frequentado mas não tem oferta suficiente” de aparcamento.

A USF nova, por sua vez, irá ocupar 2 154 metros quadrados de terrenos que a autarquia já disponibilizou para o efeito e que estão avaliados em mais de 370 mil euros.

Emídio Sousa disse esperar obter para a obra a comparticipação máxima de 85 por cento.

O contrato-programa com a ARS Norte prevê, aliás, que, a intervenção da Câmara Municipal fique dependente de apoio comunitário ao abrigo do PRR, pelo que, como se lê no documento, não sendo aprovado o financiamento das obras de construção necessárias à implementação da unidades de saúde e à aquisição dos respetivos equipamentos, “as partes acordam desde já na revisão dos termos do contrato, com o intuito de, por acordo, se procurar encontrar soluções alternativas”.

O projeto de arquitetura da nova infraestrutura de Fiães já está a ser executado e, se tudo correr dentro dos prazos normais, o presidente da Câmara espera “poder arrancar com a empreitada no final de 2024”. Uma vez no terreno, os trabalhos deverão depois ficar concluídos “no período de um ano”.

Entretanto, a autarquia tem em andamento outros projetos e obras relativos à renovação e ampliação de unidades de saúde nesse concelho, nomeadamente os que se destinam a servir as comunidades de Milheirós de Poiares, Canedo e, em conjunto, Nogueira da Regedoura e São Paio de Oleiros.

Centros de saúde da ARS Alentejo recebem novos aparelhos de radiologia

Os centros de saúde de Montemor-o-Novo, Vendas Novas e Reguengos de Monsaraz, no distrito de Évora, estão a ser equipados com novos aparelhos de radiologia, num investimento superior a meio milhão de euros.

Em comunicado, a Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo indicou que foram investidos 553 500 euros, com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), na aquisição de três equipamentos, um para cada centro de saúde.

“A ARS do Alentejo pretende dar cumprimento ao objetivo do PRR e com estes equipamentos de radiologia assegurar a qualidade, precisão e resposta de proximidade às populações destes concelhos e concelhos limítrofes”, sublinhou, no comunicado.

Contactada pela agência Lusa, a presidente da ARS do Alentejo, Maria Filomena Mendes, salientou que, no caso dos centros de saúde de Montemor-o-Novo e de Vendas Novas, os aparelhos de radiologia “encontravam-se desatualizados”, pelo que vão ser substituídos.

Já o Centro de Saúde de Reguengos de Monsaraz não dispunha, até agora, deste tipo de aparelhos e já “foi equipado com um novo”, adiantou a mesma responsável.

Segundo a presidente da ARS do Alentejo, o aparelho de radiologia para o Centro de Saúde de Reguengos de Monsaraz foi o primeiro dos três agora adquiridos a ser instalado e esteve a semana passada em “processo de monitorização”.

“É um processo faseado”, referiu, acrescentando que o raio-X de Montemor-o-Novo tem o início da sua instalação prevista para o dia 24.

Maria Filomena Mendes destacou que os novos equipamentos são “tecnologicamente mais evoluídos” em relação aos que existiam e permitem “melhor qualidade de imagem e menos radiações”, além de “menores consumos de eletricidade”.

“Esta oferta de exames radiológicos visa dar uma melhor resposta à população e um maior acesso aos serviços de saúde no caso dos cuidados de saúde primários”, vincou.

A responsável notou que estes aparelhos vão permitir que “os utentes com prescrições dos médicos de família” possam realizar os exames “na área do seu município ou, porque também serve os concelhos limítrofes, mais perto da sua área de residência”.

De acordo com a ARS do Alentejo, cada equipamento de radiologia implicou um investimento no valor de 184 500 euros.

Gastrenterologia do CHL realiza estudos funcionais digestivos

O Serviço de Gastrenterologia do Centro Hospitalar de Leiria (CHL) iniciou, em janeiro, a realização de estudos funcionais digestivos: a manometria esofágica de alta resolução, a phmetria e a manometria anorretal de alta resolução.

Em comunicado, a diretora do Serviço de Gastrenterologia do CHL, Helena Vasconcelos, explicou que “estas técnicas permitem o estudo de doenças tão comuns como as doenças da motilidade do esófago, a doença de refluxo gastroesofágico ou a disfunção do pavimento pélvico”.

A manometria esofágica é um exame que utiliza uma sonda que monitoriza as pressões esofágicas e a progressão de líquidos e sólidos entre a cavidade oral e o estômago, estando indicada no estudo de sintomas como disfagia.

Já a manometria anorretal utiliza a mesma técnica, mas permite avaliar a resposta muscular e sensitiva do reto e canal anal, estudando sintomas como obstipação e incontinência.

Por último, a phmetria permite monitorizar a quantidade de refluxo ácido ao longo de 24 horas.

Todos estes exames permitem o diagnóstico de doenças funcionais do sistema digestivo, que se estima que afetem mais de 20 por cento da população mundial.

“Este investimento representa mais um passo na diferenciação do Serviço de Gastrenterologia, que tem crescido nos últimos anos”, destacou Helena Vasconcelos, acrescentando que “os exames são realizados em regime de ambulatório e a sua existência no CHL representa um ganho para os doentes que, até então, realizavam os exames noutros centros, com todos os custos inerentes”.

De acordo com a responsável, a equipa que inicia a técnica após formação na área em dois centros de referência é composta por duas médicas e três enfermeiras

A equipa de Gastrenterologia estima a realização de mais de 150 exames anuais, o que permitirá o diagnóstico e o tratamento precoces de várias patologias digestivas.

CHUSJ desenvolve protótipo de monitorização de dados vitais dos utentes na Urgência

Médicos do Centro Hospitalar Universitário São João (CHUSJ) e engenheiros do Instituto Superior Técnico associaram-se para desenvolver um projeto cujo objetivo é tornar o atendimento do Serviço de Urgência do CHUSJ mais seguro, através da monitorização, em tempo real, de sinais vitais no período de permanência no hospital.

Trata-se do protótipo de uma pulseira que regista alguns sinais vitais (numa primeira fase, oxigenação do sangue e pulsação) dos utentes, levando à emissão de alertas em caso de desvio dos valores normais. O protótipo poderá abranger, em breve, outras áreas clínicas e passar a registar mais dados clínicos.

“Desde a entrada das pessoas na urgência até serem observadas por um médico, existe um espaço temporal em que a informação disponível relativamente ao estado de saúde dos utentes é mais escassa. É esta população e este período de tempo que nos preocupa e que motivou o desenvolvimento deste projeto cujo objetivo é tornar a estada dos nossos utentes mais segura”, explicou o diretor da Unidade Autónoma de Gestão de Urgência e Medicina Intensiva do CHUSJ, Nelson Pereira.

Este projeto resultou de uma parceria entre o Centro de Tecnologia e Inovação CEiiA, o Instituto Superior Técnico e o CHUSJ.

Governo investe 10ME para requalificação de blocos de partos

O Governo vai lançar uma linha de financiamento de dez milhões de euros para requalificação de blocos de partos, obras a executar este ano mediante candidatura das unidades hospitalares, avançou o diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

O despacho que definirá as regras para atribuição de financiamento será publicado “nos próximos dias”, disse à agência Lusa Fernando Araújo que lidera a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS).

“Existem blocos de partos do SNS com várias dezenas de anos nunca intervencionadas. As condições, quer de humanização de cuidados, quer de segurança para os profissionais, têm limitações e constrangimentos e temos de as melhorar”, referiu o diretor.

Fernando Araújo anunciou o investimento de dez milhões de euros, uma medida que se enquadra, disse, na estratégia que está a ser levada a cabo no país de melhoramento das condições assistenciais dadas às grávidas no SNS.

“Quando falamos em blocos de partos e olhamos para fechos e quando falamos de escalas de equipas, devemos também ver que há um conjunto de estratégias e medidas que estão a ser delineadas para, em conjunto, trazer mais capacidade de resposta ao SNS”, disse.

Já no despacho que será publicado, e ao qual a Lusa teve acesso, lê-se que esta linha de financiamento surge no âmbito da criação da Comissão de Acompanhamento da Resposta em Urgência de Ginecologia/Obstetrícia e Bloco de Partos que foi criada em junho do ano passado.

O despacho é acompanhado do Regulamento do Programa de Incentivo Financeiro à Qualificação dos Blocos de Parto do SNS. As obras a realizar terão de ser efetuadas durante 2023 e serão privilegiados os locais que tenham piores condições.

“Esta é uma medida emblemática. É a primeira aposta específica em blocos de partos em muitos anos”, considerou Fernando Araújo.

Convidado a dar exemplos práticos que podem resultar desta medida, o médico contou que visitou o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, um “hospital diferenciado e com profissionais excelentes”, mas que tem “um bloco de partos com 50 ou 60 anos”.

“Isso em nada beneficia os cuidados de saúde que sofreram uma enorme evolução nas últimas décadas. Temos de apostar seriamente nas requalificações”, acrescentou.

Outro exemplo dado foi o do Hospital do Algarve que tem, considerou Fernando Araújo, “condições muito complexas”.

Mas, salvaguardando que esta linha de financiamento é para todo o país, o diretor da DE-SNS referiu que as candidaturas terão de ser apresentadas pelos conselhos de administração dos hospitais e que sabe já que alguns têm “projetos feitos e ideias para melhorar, mas faltava-lhes capacidade de investimento”.

“Aqui está [com este investimento] a mola impulsionadora de que precisavam”, sublinhou.

Fernando Araújo espera receber propostas ainda este mês e no início de fevereiro, prometendo “respostas muito céleres”.

Os 10 milhões de euros advêm do Orçamento do Estado. Questionado se este valor chega para fazer face a todas as necessidades, Fernando Araújo disse apenas: “Para as necessidades mais urgentes é um valor extremamente interessante”.

Já para responder à pergunta sobre se este investimento em obras poderá ser acompanhado de investimento em recursos humanos, o médico regressou ao exemplo do Hospital de Santa Maria.

“Nesse hospital poderemos aumentar o número de salas de parto para responder com dignidade à procura. Vamos dar melhores condições às equipas porque os recursos existem e se tiverem mais salas e mais condições, poderão trabalhar de forma mais adequada. Trata-se de adequar a rede à procura que temos neste momento”, explicou.

Segundo Fernando Araújo o modelo de candidaturas por iniciativa dos próprios hospitais insere-se na lógica de “dar autonomia e responsabilidade” aos conselhos de administração.

A melhoria dos blocos de partos serve, ainda, para ir ao encontro das exigências cada vez mais atuais que as futuras mães têm na hora de ter um filho.

“Antigamente as salas de bloco de parto eram mais próximas de salas de bloco operatório, muito frias. Agora, cada vez mais, queremos salas humanizadas e com espaço suficiente para o pai ou acompanhante que a grávida decida que vai estar durante todo o tempo a assistir ao parto. As exigências são diferentes e temos de as acompanhar para dar qualidade a quem nos procura e concorrer com o que existe em outros locais do ponto de vista privado”, concluiu.

Mais 28 USF transitam para modelo B em 2023

O Governo vai reforçar, no primeiro semestre de 2023, a criação de Unidades de Saúde Familiar (USF), melhorando desta forma a resposta dos Cuidados de Saúde Primários, área prioritária no desenvolvimento do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Nos primeiros seis meses deste ano farão a transição para USF modelo B um total de 28 unidades, o maior número desde 2010.

Estas unidades correspondem a pequenas equipas multiprofissionais, reunindo médicos, enfermeiros e secretários clínicos, que contratualizam com os respetivos Agrupamentos de Centros de Saúde a resposta a dar a uma determinada população, garantindo cobertura total de médico e enfermeiro de família aos seus utentes.

Um despacho conjunto do Ministério das Finanças e do Ministério da Saúde autoriza assim a criação de 28 novas USF-B, a última etapa do desenvolvimento das USF.

Os profissionais das USF deste modelo assumem uma maior responsabilização pelo acesso a cuidados de saúde e pelos resultados em saúde da população, a que corresponde um incentivo materializado num reforço da remuneração.

Até 30 de junho de 2023 terá também lugar um processo de revisão do modelo de pagamento pelo desempenho em vigor nestas unidades, que visa ajustar o modelo à melhoria contínua da prestação de cuidados aos utentes.

“O Governo, com este despacho, reitera o compromisso de reforçar o acesso a equipas de saúde familiar e a aposta neste modelo, que tem sido exemplo de uma organização que coloca o utente no centro dos cuidados de saúde e do acesso à resposta do SNS”, lê-se em comunicado divulgado pelo SNS.

Atualmente, as 604 USF do SNS (290 USF-A e 314 USF-B) abrangem 65 por cento da população portuguesa, tendo sido traçado o objetivo de atingir uma cobertura de 80 por cento no final da legislatura, “para o qual serão dados passos decisivos em 2023”. Esta classificação de 28 novas USF-B permitirá atribuir médico de família a mais 30 mil utentes.

Em paralelo, em 2023 haverá um aumento do número de profissionais que trabalham em USF modelo B, que deverão ultrapassar a barreira dos oito mil, consolidando-se a valorização, no SNS, das múltiplas profissões e da remuneração com base nos resultados, “um caminho indissociável do compromisso de garantir uma cada vez melhor resposta às necessidades em saúde dos portugueses”, conclui o comunicado.

Fórum “DESPERDÍCIO EM SAÚDE – CONTROLO E COMBATE”
Coimbra (Centro Congressos CHUC) | 8 março 2023

Face às dificuldades e contextura que atravessamos, a Associação de Técnicos de Engenharia Hospitalar Portugueses (ATEHP) vai, em conjunto com a Revista TecnoHospital, organizar o Fórum “Desperdício em Saúde – controlo e combate”.

Este evento terá lugar no Centro de Congressos dos Hospitais da Universidade de Coimbra – CHUC, no dia 08 de março de 2023.

 

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Imagiologia do CHBM tem novo equipamento de Tomografia Computorizada

O Centro Hospitalar Barreiro Montijo (CHBM) instalou um novo equipamento de Tomografia Computorizada no Serviço de Imagiologia, situado no Hospital de Nossa Senhora do Rosário – Barreiro, tendo já realizado o primeiro exame no passado dia 20 de dezembro.

Com um investimento superior a 635 mil euros, o novo equipamento tem capacidade e características tecnológicas que permitem uma atividade mais diferenciada, eficiente e de elevada performance assistencial em radiologia do corpo, incluindo colonoscopia virtual, estudos cardíacos e angiográficos, neurorradiologia e intervenção guiada.

Durante o período em que decorreram as obras de instalação do novo equipamento, o CHBM colocou no exterior, junto ao Serviço de Urgência Geral, um equipamento de Tomografia Computorizada móvel, tendo sido realizados, entre 21 de novembro e 20 de dezembro, um total de 1 695 exames a doentes provenientes do Internamento, Consulta Externa, Urgência Geral e Urgência Pediátrica.

Plano de 7,5ME vai renovar parque informático dos cuidados de saúde primários

A renovação e modernização do parque informático afeto aos cuidados de saúde primários vai arrancar no próximo ano, num investimento a rondar os 7,5 milhões de euros, beneficiando quase 30 mil profissionais de saúde.

À margem de uma sessão em Évora, o presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), Luís Goes Pinheiro, afirmou aos jornalistas que este projeto, que envolve “a renovação e a modernização dos equipamentos dos profissionais de saúde nos cuidados primários, nunca será inferior a 7,5 milhões de euros”.

“Vivemos tempos de alguma instabilidade do ponto de vista dos preços e, portanto, é algo que poderá ser aqui uma condicionante relativamente ao valor final”, admitiu, mas a “expetativa é ser um investimento que nunca será inferior a 7,5 milhões de euros”.

Luís Goes Pinheiro falava aos jornalistas à margem do terceiro encontro das eHealth Sessions, que decorreu no Palácio de D. Manuel, na cidade alentejana, no qual foi apresentado o Plano para Modernização dos Postos de Trabalho dos Profissionais de Saúde.

Segundo o mesmo responsável, os SPMS estão, atualmente, “a finalizar o processo de avaliação das existências” dos equipamentos informáticos. “E a perceber até que ponto é que alguns dos equipamentos, ainda que não sejam passíveis de ser totalmente transferidos, [podem] ser reutilizados com alguns ‘upgrades’”, acrescentou.

Os SPMS pretendem, com este projeto, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência, abranger “a totalidade dos profissionais dos cuidados de saúde primários”, ou seja, “muito próximo dos 30 mil profissionais”.

Em alguns casos, tal pode significar “terem equipamentos novos, de outro perfil”, mas, noutros casos, “pode significar, por exemplo, ficarem com equipamentos que estavam a ser usados por outros colegas”, indicou.

“Este é um projeto absolutamente essencial para um conjunto vasto de objetivos, desde logo para elevar o desempenho dos próprios sistemas de informação” e, por essa via, conseguir “um aumento da produtividade dos profissionais”, precisou.

O presidente do SPMS exemplificou que o plano visa ainda “elevar a segurança”, porque o projeto não passa apenas pela aquisição de equipamentos, mas também “pela modernização e pela centralização da gestão desses mesmos equipamentos”.

“E, depois, também não escondemos, tem um aspeto muito relevante de elevação da autoestima dos profissionais que, sendo também acarinhados por esta via, havendo mais atenção aos seus instrumentos de trabalho, também estarão mais disponíveis para a gestão da mudança necessária quando estamos a mudar os sistemas de informação”, acrescentou.

O projeto, “que se pretende estar concluído até 2024”, tem como primeira fase os cuidados primários, mas “o passo seguinte” será renovar e modernizar o parque informático dos hospitais, admitiu.

As eHealth Sessions, cujos primeiros dois encontros decorreram em outubro e novembro, servem como lançamento da 5ª edição do eHealth Summit Portugal, que vai ter lugar, nos dias 14 e 15 de março de 2023, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.