O Orçamento de Estado para 2011 prevê um corte de 12, 8% no sector da Saúde. Se o documento for aprovado, a despesa total do Ministério da Saúde sofre um decréscimo dos 9.818,88 para os 8.563 milhões de euros. O presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares considera o que OE faz “um bom enfoque” na melhoria das questões de gestão e eficiência, mas é bastante “vago”, esquecendo-se das dívidas acumuladas pelo Serviço Nacional de Saúde.
“No passado o pagamento da despesa corrente foi feita através de um fundo e o valor voltou a acumular-se e o Orçamento do Estado nada diz no sentido de não voltarem a existir estes lapsos”, diz o presidente da APAH, Pedro Lopes.
O administrador não se mostra preocupado com os cortes na despesa da Saúde, acreditando que não irá afectar os cuidados de saúde aos paciente, uma vez que a maioria da poupança está a ser feita no sector do medicamento.
No novo OE é referido que vai passar a haver uma maior exigência na cobrança das taxas moderadoras e na gestão das unidades de saúde, situação que agrada Pedro Lopes, contudo refere: “A questão da avaliação dos profissionais está sempre lá mas depois nunca avança e o documento é vago e não quantifica as poupanças e objectivos pretendidos”.
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